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Saudações Leitores!
Novamente essa coluna volta com mais um livro que não caiu nas minhas graças. Até permito que um livro não me agrade porque eu não posso amar todos, mas detesto quando ele me desagrada completamente então, venho aqui, desabafar.


O livro que me custou ler foi O Começo do Adeus, de Anne Tyler (tem resenha dele no blog: AQUI). Em outras palavras foi quase uma tortura a leitura, não consegui me encontrar e a monotonia me acompanhou sinistramente por cada uma das 208 páginas. Por sinal o livro é bem pequeno e com letras grandes, mas demorei quase um século para terminar a leitura [há um pouco de exagero, não foi um século, mas chegou perto!].
O primeiro ponto negativo que tenho para salientar é o enredo super chato e maçante, basicamente deveria ser um drama e fazer o leitor refletir, se emocionar, mas não cumpre com o que promete. As palavras não carregam emoção nenhuma e durante a história você não consegue aceitar o fato de tanto sofrimento já que aparentemente não existe o amor verdadeiro, para mim, isso ficou claro ao desenrolar dos fatos.
O segundo ponto desagradável na história são os personagens caretas, quadrados e fora de moda. Suas aparências são reais, mas sabe as atitudes? Beiram ao incoerente. O personagem principal (Aaron) que tem 36 anos age e pensa como um adolescente de 16. Sei que ele deve estar sofrendo (durante a narrativa fiquei sempre me perguntando: será que está mesmo?) mas nada justifica sua cabeça-dura e falta de atitude. Por ter uma atitude tão infantil todos que estavam a sua volta o tratavam com um cuidado exacerbado, como se a qualquer momento ele fosse desmoronar. Isso é patético! Não conheço ninguém no mundo que trate pessoas adultas como crianças a não ser que elas tenham disturbios ou coisa parecida.
O terceiro ponto a salientar é a forma de escrita da autora: fria demais e sem emotividade. O tema exigia muito mais, com certeza! Os personagens mereciam, pelo menos, serem legais, mas a autora conseguiu o grande feito de não me fazer gostar de nenhum. Que pena!
Tenho certeza que algumas pessoas (aquelas já leram o livro) não irão concordar com o que escrevi e fico realmente feliz por isso, pois significa que a leitura não foi tão torturante quanto foi para mim. Não desejo esse tipo de sentimento para ninguém, principalmente no início, no meio e no fim de uma leitura.

Camila Márcia

Acidez Literária 3#: O Começo do Adeus

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Saudações Leitores!
Sinceramente até pensei na possibilidade de não resenhar esse livro, pois simplesmente não saberia o que falar, mas aí percebi que deveria resenhar, resenha literária é isso: dar a opinião sobre um determinado livro, seja ela boa ou ruim. Então minha opinião está expressa na resenha e embora saiba que alguns irão discordar devo me manter fiel a minha concepção, aos meus sentimentos. Aviso: pode haver spoiller na resenha abaixo.


O Começo do Adeus. Anne Tyler, Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito, 2012, 208 pág.
Tradução de Ana Paula Corradini.

Quem costuma ler sinopses de livros notará que O Começo do Adeus tem uma sinopse bem interessante e que a proposta do livro é tentadora, aparentemente ele vai ser quase um drama e quem gosta desse tipo de livro [no caso eu] vai ficar curioso. Ledo engano!
A narrativa acontece toda em primeira pessoa e temos o narrador personagem chamado Aaron, que por uma fatalidade do destino perde a sua esposa, Dorothy, em um acidente. A partir desse momento o homem se torna antissocial, amargurado e tenta se esconder e esconder seus sentimentos de todas as pessoas. O que é compreensível, dado a situação. Entretanto ela, a esposa morta, começa a aparecer para ele. O que estraga tudo é que as aparições não tem sentido algum a não ser atormentar o pobre do já atormentado Aaron, o fantasma da mulher simplesmente começa a jogar coisas na cara dele e desaparece sem deixá-lo se defender.

Mas agora eu queria as dores e as delícias de uma vida normal. Queria que minhas consoantes interrompessem minhas vogais ao falar, meus pés tocando os dela durante um abraço, meu nariz cutucando o dela durante um beijo. Eu queria a realidade, mesmo que fosse imperfeita e repleta de falhas. (p.163)

Mas quando Aaron começa a destrinchar sua história, não consegui ver nenhum sentimento avassalador entre ele e a esposa que justificasse a atitude aversiva que ele estava tendo, pelo contrário eu considero a união dos dois como um escape da solidão e não um sentimento verdadeiro. Principalmente quando ele começa a falar de Dorothy e ficamos conhecendo-a um pouco, percebemos que ela era uma mulher sem graça e até certo ponto egoísta demais e cheia de defeitos irritantes [essa parte é legal, já que ninguém é perfeito], mas por que Aaron estava sofrendo tanto? Na narrativa não dá pra sentir nenhum sentimento entre eles. Só frieza. Indiferença. Daí me surpreende o fato de tanto sofrimento da parte de Aaron.

De certa maneira, é como se a dor tivesse sido coberta por um tipo de cobertor. Ainda está ali, mas as pontas mais afiadas estão... acolchoadas, ou algo assim. Então, às vezes, eu levanto uma ponta do cobertor, só para checar e - uau! É como se fosse uma faca! Não sei se isso vai mudar um dia. (p.142)

Além disso, aparentemente todo mundo ao redor de Aaron era atencioso e carinhoso com ele, mas ele ignorava a todos e os tratava mal, mas essa é a perspectiva do próprio Aaron, já que é ele que narra a história. É por isso que não consigo entender: como todos gostavam dele se ele destratava todo mundo? Inconcebível. Além disso era irritante o fato de todos tratarem ele, um homem de 36 anos como um bebê.

Em suma, a narrativa não conseguiu me envolver, o enredo fraco para mim se tornou sem sentido, entretanto confesso que teve um final razoável e interessante. Isso foi surpreendente afinal o livro todo foi muito cansativo e me deparar com um final bem elaborado foi surpreendente.

Às vezes, parece que os momentos mais recentes aconteceram há tanto, tanto, tempo! (p.44)

Simplesmente acho que se você, caro leitor, quiser ler vai ser por seu próprio risco. Eu particularmente, não apreciei a leitura, não sei se por não estar preparada para uma leitura tão depressiva, ou por não ter conseguido ver sentimento em nenhuma das palavras do livro. Uma leitura que definitivamente não transpirou emoção alguma para mim e que beirou ao monótono. Passo longe de uma futura releitura.

Camila Márcia

Ps.: Apesar de ter achado a capa desse livro bonita, para mim, ela não tem NADA a ver com a história.

Resenha: O Começo do Adeus - Anne Tyler

domingo, 13 de janeiro de 2013

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