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Saudações Leitores!
Vamos lá para mais uma resenha? Trago a Graphic Novel Habibi que me foi concedido pela Editora Companhia das Letras e vocês podem conhecer mais sobre ele AQUI.


Habibi, Craig Thompson, São Paulo: Companhia das Letras (Quadrinhos na Cia), 2012, 672 pág.
Traduzido por Érico Assis

Habibi foi uma Graphic Novel que desejei ler assim que terminei a leitura de Retalhos, também do mesmo quadrinista: Craig Thompson. O interessante em Habibi é que ele tem sofrido diversas críticas, tanto positivas quanto negativas o que o torna aquele livro que você precisa ler para tirar suas próprias conclusões.


As críticas dizem mais respeito a questão como a cultura Oriental é abordada no livro, alguns acham que há uma sátira a religião, outros dizem que o autor está tentando humanizar os árabes para os norte-americanos, mas o próprio quadrinista refutou tudo e disse que Habibi deveria ser visto como um conto de fadas, pois foi com esta intenção que ele o escreveu.


Não quero entrar nesses detalhes profundos e acadêmicos, mas acho válida toda e qualquer crítica: positiva ou negativa. O que pretendo com esta resenha é falar sobre o enredo e o que senti ao ler, o que achei dessa Graphic Novel.


Bem, desde que comecei a ler quadrinhos percebi que eu estava completamente enganada na minha ideia de que esse tipo de literatura era rasa e vazia e, pois a cada GN ou HQ que leio me deparo com uma profundidade enorme que muitas vezes não encontro em romances. Sim, já achei que quadrinhos era coisa para criança. Ledo engano.


Habibi é mais uma Graphic Novel que tem profundidade e emociona o leitor. Trata-se da história de Dodola e Zam, dois escravos, que por destino se encontraram e cresceram juntos, se apaixonaram, mas que também por força do destino foram separados e viveram vidas completamente distintas.


Enquanto Dodola tornou-se prostituta, Zam tornou-se eunuco. Tinham que viver constantemente à margem da sociedade e tendo seus próprios sofrimentos, no entanto, mesmo com o passar de vários anos o sonho de cada um era voltar a se encontrar. Ficarem juntos.


De fato, em Habibi temos uma história de amor incrivelmente forte. Vejam bem, eu disse forte e não bonita. É uma historia imensamente triste, cheia de dor, sofrimento e perdas. É difícil e doloroso acompanhar certas partes da Graphic Novel, há cenas chocantes e tristes. Por vezes me deparava com sentimentos que não sabia descrever, que me envolviam e que me faziam parar a leitura e tomar fôlego.


É incrível o quanto Dodola e Zam tiveram que passar quando estiveram separados, o quanto mesmo se conhecendo e se amando eles tiveram que se começar o processo do zero, pois ambos estavam absolutamente mudados. O quanto eles tiveram que aprender a se amarem, para amarem mais completamente um ao outro.


Particularmente amei Habibi e recomendo a leitura, também quero dizer que o trabalho gráfico da Companhia das Letras está fabuloso, cada detalhe: na mudança de capítulos, nas páginas trazendo todo o sentimento que as ilustrações abordavam, capa, tradução, tudo está absolutamente enriquecendo mais e mais a obra. Dá gosto.


Habibi é uma das Graphic Novels que podem ser vistas como um conto de fadas, mas é mais que isso: é uma GN que transforma nossa visão de ver os sentimentos e os seres humanos. É bom pegar um livro que tem a capacidade de nos mudar.


Resenha: Habibi - Craig Thompson

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Saudações Leitores!
Esse ano eu experimentei me "jogar" em estilos literários diferentes do que comumente leio, e foi assim que descobri um novo 'amor": HQs, a cada uma que leio fico mais e mais empolgada e hoje trago a resenha de Retalhos* que não é uma graphic novel fisicamente bonita, mas tem uma história real e bela... Confiram:


Retalhos, Craig Thompson, São Paulo: Companhia das Letras (Quadrinhos na Cia), 2009, 592 pág.
Traduzido por Érico Assis

Blankets publicado originalmente em 2003 é uma referência em se tratando de Graphic Novel e foi escrita pelo desenhista de quadrinhos Craig Thompson. Esse HQ também é uma autobiografia do artista e já ganhou inúmeros prêmios literários.
Aos poucos estou sendo fisgada por esse novo ‘planeta’ de HQs e estou me encantando cada vez mais, portanto, me deparar com Retalhos foi uma experiência incrível e que me deixou com a pergunta: “Como eu demorei tanto tempo para conhecer essa obra?”, muitas vezes obras maravilhosas passam desapercebidas pelos melhores leitores, por isso amo os blogs que sempre me apresentam a experiências novas.
"É sempre mais fácil suportar VERGONHA se você tem com quem DIVIDI-LA." (p.398)
Retalhos conta a história de Craig, desde sua infância à sua idade adulta e durante os quadrinhos somos apresentados a família dele altamente devota, o relacionamento distante entre o irmão mais novo e o primeiro amor de Craig.
Durante toda a obra nos deparamos com questionamentos que fazem parte do processo de crescimento de qualquer pessoa e é bastante atemporal, a gama de sentimentos aos quais somos inseridos nos fazem relembrar de nossa própria vida.
"Às vezes, ao acordar, as sombras do sonho são mais atraentes que a realidade, e relutamos em abrir mão. Você sente um fantasma por um tempo... intangível, talvez, incapaz de tocar no ambiente ao seu redor. Ou talvez, seja o sonho que o persegue. Você fica com a promessa do próximo. Mas o ato de acordar depende da lembrança." (p.572)
Pode parecer desinteressante um livro que trate bastante da fé, mas em Retalhos ficamos face a face com questionamentos, dúvidas, medos, a fé em diversos sentidos e o crescimento pessoal e espiritual do personagem, o ponto auge desse livro é a forma delicada e sensível com que o autor nos apresenta toda a história e o crescimento humano. Como situar os sentimento e como aceitar a si mesmo, se perdoar por pensar da forma como pensa.
O trabalho gráfico de Retalhos também é maravilhoso, a editora caprichou, além disso, o próprio traçado do ilustrador é de um talento e sensibilidade enormes que nos faz quase sentir o que vemos ao virar de páginas.
"Como é bom deixar uma marca na superfície branca. Fazer um mapa dos meus passos... mesmo que seja temporário." (p.581)

Sem dúvida alguma essa Graphic Novel tem um lugar cativo no meu coração e com certeza, merece ser lida por todos que apreciam literatura e não apenas por fãs de graphic novel. 


*Esse livro foi cortesia da Editora Companhia das Letras, para maiores informações acesse: AQUI.

Resenha: Retalhos - Craig Thompson

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

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