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Saudações Leitores!
Como já falei em outras postagens aqui no blog, a Farol Literário começou o ano com tudo e já anunciou muitos lançamentos de tirar o fôlego de qualquer leitor. Agora, neste post, você fica por dentro de mais alguns livros esperados para esse primeiro semestre:


Vocês podem saber mais acessando o blog da Farol: Aqui.

Notinha 29#: Novas Livros da Farol Literário para o primeiro semestre

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Saudações Leitores!
Nessa semana a Farol Literário anunciou a capa e a sinopse do terceiro e último livro da trilogia Os Defensores: Caminho Selvagem. Aqui no blog temos a resenha dos dois primeiros livros: Os Defensores: Museu de Ladrões e Os Defensores: Cidade de Mentiras, ambos os livros são muito, muito, muito bons e portanto, para quem acompanha a trilogia deve estar ansiosos pelo terceiro volume. Caso ainda não acompanhe, não perca tempo: leiam!

Nesta nova aventura, a cidade de Jewel, que havia ficado para traz no segundo livro, está em perigo nas mãos do Orientador e somente Goldie poderá evitar a sua destruição. Para isso, ela deve enfrentar uma de suas tarefas mais difíceis: passar pelo Caminho Selvagem – secreto e perigoso, ninguém nunca voltou de lá... Uau! que frio na barriga, hein!?

E as novidades da Farol Literário não param por aí, o primeiro semestre de 2014 vem cheio de novidades, aguardem!


Notinha 28#: Os Defensores - Caminho Selvagem

sábado, 25 de janeiro de 2014

Saudações Leitores!
A Farol Literário, editora parceira do DLL divulgou na sexta-feira uma ótima notícia para 2014, que será a publicação de mais um volume da série As Crônicas do Herdeiro, da escritora Cinda Williams Chima.
Desse modo os fãs já podem comemorar, pois além dos três primeiros livros lançados: O Herdeiro Guerreiro, 512 páginas (4.2 no skoob), O Herdeiro Mago, 544 páginas (4.3 no skoob) e O Herdeiro Dragão, 614 páginas (4.2 no skoob) vem aí, no próximo semestre, o quarto livro The Enchanter Heir. Sendo assim, se você ainda não acompanha a série, dá tempo de ler todos os livros e esperar o quarto volume.

No blog da Farol Literário tem um post (aqui) falando sobre esse novidade, mas deixo abaixo mais alguns detalhes retirados de lá para vocês conferirem: 

"Depois de Jack (“O herdeiro guerreiro”), Seph (“O herdeiro mago”), Jason (“O herdeiro dragão”), é a vez de Jonas Kinlock, que aos dezessete anos se tornou o assassino mais mortal em Nightshade, uma rede que caça os mortos-vivos, protagonizar mais essa fantástica série.
Se os livros anteriores da série você já amava, segura esta: em “The Enchanter Heir” o enredo  se desenrola no Brasil. Mas de onde veio a inspiração para nome do quarto título? É que o talento especial de Jonas é a morte, mas ele tem um lado encantador irresistível e suas vítimas o encaram com alegria absoluta , encantadas com sua beleza e charme, pouco antes de desaparecer. Irresistível, mas mortal! Sentiu arrepios aí?

Se ainda está achando poucos os motivos para encarar a série, fechamos este post com a opinião da coluna especializada em literatura do jornal  Cleveland Plain Dealer, de Ohio, Estados Unidos: “A autora é adepta da cultura jovem. Ela se move sem esforço a partir de referências à trilogia “O senhor dos anéis” às obras de Shakespeare. Isso fortalece tanto a voz narrativa e diálogo de seus personagens como acrescenta sutilmente a estrelinhas morais da série”.
Segurem os ânimos e preparem um lugar na sua estante para os tomos da série “Os herdeiros”. O quarto volume chega no próximo semestre!"


Notinha 25#: As Crônicas do Herdeiro

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Saudações Leitores!
Acredito que os que acompanham o blog de longas datas ou mesmo me conhecem já me ouviram falar do quanto gosto da trilogia O Monstrologista e eu ficava na espera louca pelo lançamento dos volumes, enfim esse ano pude concluir a leitura e digo, já estou com saudade da escrita e da história assustadora que povoou todas as páginas dos três livros. Obrigada a  Editora Farol Literário por ter me enviado este exemplar para resenha, foi maravilhoso concluir essa jornada com Will e Pellinore...


A Ilha de Sangue, Rick Yancey, São Paulo: Farol Literário, 2013, 616 pág.
Traduzido por Ana Carolina Mesquita

The Isle of Blood foi publicado originalmente em 2011, pelo escritor americano Rick Yancey, trata-se do terceiro e último volume da trilogia O Monstrologista, composta pelos livros O Monstrologista, A Maldição de Wendigo e este último A Ilha de Sangue. Rick Yancey já escreveu outros livros (que torço para serem publicados também no Brasil) e é ganhador de vários prêmios literários.
Como de praxe nessa trilogia, Rick Yancey, incia falando que o que irá narrar foi tirado dos diários de Will Henry e que após várias pesquisas para ter certeza se a história é verídica ou a alucinação de um homem que para fugir da realidade ou monotonia inventou tudo o que está escrito nos cadernos encontrados.
Tudo começa numa noite em que um visitante inesperado aparece na casa do dr. Pellinore Warthrope e Will Henry com uma encomenda secreta enviada pelo d. John Kearns: um nidus. O entregador atordoado, assustado e ameaçado pelo John Kearns pensa que foi envenenado, de fato foi, mas não pelo que supunha tê-lo envenenado, mas pelo pwder ser, após tocar o nidus ele foi contagiado e se transforma no monstro.
Como todos os livros da trilogia, Pellinore se sente instigado a encontrar o Typhoeus Magnificum, aquele que não pode ser visto, então a primeira precaução do monstrologista é colocar o nidus num local seguro: na sociedade de monstrologia em Londres, parte para lá e confessa suas suspeitas da Abram Von Helrung, seu antigo mestre e presidente da sociedade.

"Suponho que não possamos evitar. Somos, todos nós, caçadores. Somos, na falta de uma palavra melhor, monstrologistas. Nossa presa varia dependendo da nossa idade, sexo, interesses, energia. Alguns caçam a coisa mais simples ou tola - o aparelho eletrônico mais recente ou a próxima promoção, ou o garoto ou garota mais atraente da escola. Outros caçam fama, poder, riqueza. Algumas almas mais nobres perseguem o divino ou o conhecimento, ou o aprimoramento da humanidade. No inverno de 1889, eu persegui um ser humano. Você pode estar pensando que estou falando do dr. Pellinore Warthrop. Não. A pessoa era eu." (p.192)

É em Londres que conhece Tomas Arkwright um aficionado pelos trabalhos monstrologicos de Pellinore, que como não é modesto encanta-se com o talento peculiar do aprendiz e acaba deixando Will em Londre e sai em busca do Typhoeus Magnificum ao lado de Arkwright.
Muitos contratempos e descobertas virão à tona neste momento, muitas mudanças de personalidade e a luta pela sobrevivência vão transformar irrevogavelmente Pellinore, Will e todos a sua volta. Perigo, morte, sangue [muito sangue], viagens e a tal famosa Ilha de Socotra ou Ilha de Sangue onde supostamente é o ancoradouro do Typhoeus Magnificum vão modificar o significado do humano, desumano e monstrológico. Uma mudança na estrutura.

"Quando e era jovem, sempre me perguntava se a monstrologia trazia à tona a escuridão no coração dos homens ou se ela atraía homens com corações cheios de escuridão. Hoje penso que não é a natureza da monstrologia, e sim a natureza do homem." (p.276)

A Ilha de Sangue é um livro explendido, mas que tem um começo diferente e segue um curso inesperado e bem diferente dos dois primeiros livros e apenas bem depois da metade do livro ele segue o padrão dos outros, por ser um livro volumoso a leitura não é rápida, isso se deve também ao fato das muitas informações que há no livro, afinal, são os detalhes que tornam essa obra fabulosa.
Não sei se foi apenas impressão minha, mas eu achei as características do Typhoeus Magnificum muito similares as dos zumbis [a infecção por contato, a fome de carne, o corpo se decompondo, a falta de racionalidade – a morte do cérebro].
Só posso dizer que o final de A Ilha de Sangue foi fabuloso e que nesse livro conhecemos um pouco mais sobre o Will Henry e toda a sua propensão de servir o dr. Warthrope. O epílogo em que o Rick Yancey volta a aparecer para concluir os cadernos de Will Henry, afirma que há outros cadernos, mas que ele não tem coragem de ler ou escrever sobre eles porque tem medo do que vai encontrar, ele segue aquele pensamento de que há coisas que é melhor não saber, até porque mesmo que tudo seja uma ficção ele encontrou jornais e alguns documentos que comprovam partes da história.
Rick Yancey dá um final magistral e ao mesmo tempo aberto para que ele possa voltar a escrever mais volumes sobre a trilogia, embora eu ache que isso não vai acontecer. Não obstante, essa trilogia assustadora é fantástica e se você, caro leitor, tiver a oportunidade de ler, leia. Vale a pena. Já estou com saudade.

Camila Márcia

Resenha: A Ilha de Sangue (O Monstrologista, Vol.3) - Rick Yancey

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Saudações Leitores!
Há um tempo atrás li o livro O Monstrologista, publicado pela Farol Literário, na época eu não tinha ideia de que ele fazia parte de uma trilogia, mas quando o li fiquei completamente aterrorizada e encantada com o livro, ficava me questionando o quanto o autor era impressionantemente capaz de colocar tanto terror em páginas de um livro, até então nunca tinha lido um livro que me desse tanto medo. Então, é claro que não deu em outra, fiquei louca para ler a continuação e comprei esse segundo volume, agora que o li vocês podem conferir o que achei, espero que gostem da resenha.


A Maldição do Wendigo, Rick Yancey, São Paulo: Farol Literário, 2012, 480 pág.
Traduzido por Ana Carolina Mesquita

The Curse of Wendigo (2010) ou como foi publicado no Brasil: A Maldição do Wendigo é o segundo volume da trilogia O Monstrologista, escrita pelo americano Rick Yancey. O primeiro livro, O Monstrologista, dá inicio a uma história de horror e suspense extremamente maravilhosa.
O enredo desse livro segue a linha do primeiro volume da trilogia, inicia-se com Rick Yancey fazendo o tradicional suspense em afirmar que a história que ele narrará faz parte dos diários, do século XIX, de Will Henry e que mesmo achando surpreendente a história não sabe dizer se ela é real ou fictícia.
A narrativa começa com o mesmo cenário já conhecido: a velha mansão de Pellinore Warthrop, quando numa tarde chuvosa Muriel chega a residência do monstrologista e lhe pede socorro, que encontre seu marido John Chanler – um dos melhores amigos de Warthrop – que está desaparecido em Rat Portage após ter ido atrás do que chamam Wendigo.

"É chamado de Atcen... Djenu... Outiko... Vindiko. Possui uma dúzia de nomes em uma dúzia de terras, e é mais antigo que as montanhas, Will Henry. Come, e quanto mais come, mais faminto se torna. Tem fome mesmo enquanto se empanturra.É a fome que não se sacia.Na língua dos algonquinos, seu nome significa, literalmente, "aquele que devora toda a humanidade"."(p.35)

O dr. Warthrop muito cético, esnoba Muriel, sua ex-noiva, e ignora a atitude de John Chanler, pois acha inadmissível um autêntico monstrologista ir atrás de um mito, pois segundo o doutor, o Wendigo não existe. Não obstante, Warthrop acaba saindo em busca de seu amigo e leva Will Henry consigo, obviamente que na viagem em busca de Chanler coisas estranhas e assustadoras acontecem, mas nada se compara ao que está pela frente, ao encontrarem Chanler num estado degradante e que os nativos de Rat Portage afirmam estar possuído pelo Wendigo.

"Nós nos esforçamos nos lugares públicos para afastar a morte de lado, para destinar-lhe um canto poeirento, mas na natureza ela está sempre presente. Os membros sensuais e entrelaçados do predador e da presa, o grito de morte orgásmico, o espasmódico fluxo de sangue derradeiro, até mesmo a inseminação inaudível da terra pela árvore caída e pela folha despedaçada; estas são as carícias da amante da vida, da outra indispensável." (p.140-141).

Tudo fica assustador e gira um suspense enorme para o leitor descobrir se o Wendigo é um monstro real ou um mito como o dr. Warthrop insiste em afirmar, enquanto isso, todos, absolutamente todos correm perigo e é assustador e brutal ver os personagens irem pouco a pouco morrendo e você fica sem saber realmente o que Chanler se tornou: ficou louco ou realmente tornou-se um Wendigo? Garanto que, no final do livro, você – leitor – se surpreende como o desfecho que, para uns pode ser irritante e para outros, fabuloso, para mim, Rick Yancey continua magnificamente fabuloso em sua forma de narrar. 
Em suma, se você curte livros de terror deve com certeza ler A Maldição de Wendigo, esse é um daqueles livros que ficariam ótimos se adaptados cinematograficamente. Que venha A Ilha de Sangue, terceiro e último volume da trilogia!!!

Camila Márcia

Resenha: A Maldição do Wendigo (O Monstrologista, Vol.2) - Rick Yancey

sábado, 30 de novembro de 2013

Saudações Leitores!
Com vocês a resenha do segundo livro da trilogia Os Defensores, trilogia que muito tem me alegrado e cativado, e este segundo volume só veio me apaixonar ainda mais, agora já quase não consigo suportar a espera do terceiro livro! Obrigada a Farol Literário por me enviar o exemplar para resenha e, assim, ter me concedido a oportunidade de conhecer essa maravilhosa história. Confiram a resenha e não deixem de comentar peoples!!!


Os Defensores II: Cidade de Mentiras, Lian Tanner, São Paulo: Farol Literário, 2013, 312 pág.
Traduzido por Ana Ban
Ilustrado por Sebastian Ciaffaglione

Cidade de Mentiras é o segundo livro da trilogia Os Defensores, escrita por Lian Tanner, escritora australiana. Esta trilogia é composta pelos livros Museu de Ladrões, Cidade de Mentiras e Caminho Selvagem (ainda não publicado no Brasil).
Esse segundo livro da série vai contra todas as expectativas do leitor, quando chegamos ao final do primeiro livro Museu de Ladrões imaginamos que o cenário da narrativa será o mesmo encontrado lá, mas a surpresa é muito grande em Cidade de Mentiras e, garanto, não é uma surpresa ruim, pelo contrário, é uma surpresa incrivelmente fantástica e ainda mais surreal que o primeiro livro.
Cidade de Mentiras inicia seis meses depois dos acontecimentos do primeiro livro, a cidade de Jewel ainda está tentando se adaptar as inúmeras mudanças culturais e sociais que aconteceram, mas nem toda a população da cidade apoia as decisões da Protetora. E também, logo no princípio do livro, nas mãos da querida protagonista Godie Roth está à árdua decisão de se tornar ou não a guardiã do Museu de Dunt, já que o museu a escolheu como guardiã. Mas Godie se vê entre a cruz e a espada por não querer se afastar de Ma e Pa, que estão doentes e ela se julga culpada.
Então, certa noite, Godie e Toadspit vão ao Museu de Dunt dizer à decisão que Goldie tomou de não se tornar guardiã e são seguidos por Bonnie, irmã de Toadspit, e nesta fatídica noite Bonnie é raptada e Goldie e Toadspit vão perseguindo os sequestradores para tentar salvá-la. É assim que eles vão parar a bordo de um navio e são levados a cidade de Spoke.
Eis a grade surpresa: o universo mágico encontrado em Museu de Ladrões ainda está muito presente em Cidade de Mentiras, mas a surpresa maior é o deslocamento da narrativa, os leitores que esperavam a continuação ainda na cidade de Jewel e dentro do Museu de Dunt se surpreenderam com essa viagem marítima. Na cidade de Spoke acontece a temporada do Festival das Mentiras em que toda grande mentira pode se tornar realidade e esse ambiente mágico e surreal acompanha a narrativa.
Também somos apresentados a novos personagens como Mouse e Pounce e a muitos mistérios envolvendo personagens e a própria cidade de Spoke, além do mais neste segundo livro da trilogia o ritmo é mais frenético e cada página há uma aventura e um perigo a espreita. Mesmo com a narrativa principal sendo desenvolvida em Spoke, Lian Tanner, também nos proporciona uma narrativa secundária com os acontecimentos na cidade de Jewel e no Museu de Dunt, com o reaparecimento o Orientador e as manipulações dele e as ações da Protetora, Sinew, Olga Ciavolga, Herro Dan, Broo e Morg.
Como aconteceu no primeiro livro, o segundo termina de uma maneira singular e com um gancho incrível para novas aventuras, dessa vez em Jewel, que se tornou um caos ainda mais saliente que a cidade de Spoke e toda a sua áurea de mentiras. Definitivamente a curiosidade e a vontade de ler o terceiro e último volume da trilogia é grande e voraz.
Para concluir só posso dizer que essa trilogia conseguiu me cativar desde o primeiro livro que me introduziu nesse universo mágico da cidade de Jewel e do Museu, tenho grandes expectativas para o terceiro volume e digo a todos os leitores que caso tenham a oportunidade de ler leiam ou proporcionem a si mesmos a oportunidade de ler Os Defensores, trata-se de um infantojuvenil impressionante e cativante.

Camila Márcia

Detalhes do segundo livro da trilogia, que felizmente segue o padrão do primeiro e está lindo!

Resenha: Cidade de Mentiras (Os Defensores, vol. 2) - Lian Tanner

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Saudações Leitores!
Estou sofrendo de paixão por este livro e apesar de ter tentado fazer uma resenha coerente e sucinta creio que não consegui porque tem muito sentimento envolvido e eu quis passar todos eles para vocês e isso pode gerar confusão, só digo uma coisa: se eu realmente pudesse eu daria um exemplar desse livro para todos vocês! Acredito que todos mereciam ler um livro tão fantástico, encantador e maravilhoso como esse. Ok, parei, o restante do que penso vocês podem conferir na resenha, mas antes, quero agradecer a Farol Literário por ter me enviado o exemplar, sou uma leitora mais feliz por vocês terem me concedido a honra de conhecer essa livro.


Os Defensores I: Museu de Ladrões, Lian Tanner, São Paulo: Farol Literário, 2012, 344 pág.
Traduzido por Ana Ban
Ilustrado por Sebastian Ciaffaglione

Museu de Ladrões é o primeiro livro da trilogia Os Defensores, escrita por Lian Tanner, escritora australiana. No Brasil já foram publicados os dois primeiros da trilogia: Museu de Ladrões e Cidade de Mentiras, já o terceiro e último livro, Caminho Selvagem, ainda não foi publicado.
Essa trilogia nos apresenta um mundo novo e de certa forma podemos associá-lo com o mundo num futuro muito distante. A história se passa em Jewel, uma cidade tirânica em que toda a população é submissa a Protetora, que é a autoridade máxima, nessa cidade as crianças são tratadas como bebês e não lhes é permitido fazer nada para que não se machuquem e por isso elas vivem acorrentadas aos Guardiões Abençoados até o Dia da Separação.

"Mas havia um outro tipo de medo, o medo de você nunca ter permissão para ser quem é na verdade. O medo de que o seu verdadeiro eu teria que permanecer esmagado, como um passarinho engaiolado, pelo resto da vida. Esse medo era pior do que qualquer soldado." (p.195)

A narrativa em terceira pessoa permite ao leitor visualizar as cenas e observá-las sob diversos ângulos. Outro ponto que engrandece o livro são os personagens cativantes, até mesmo os antagonistas são encantadoramente incríveis, os personagens maléficos são realmente maléficos!
Goldie é uma das crianças que estão acorrentadas, mas ela vive desobedecendo as regras e acaba ficando de castigo, entretanto, no Dia da Separação, que foi diminuída para a idade de 12 anos ela se vê na esperança de se libertar, mas uma bomba explode em Jewel e causa um transtorno onde o Orientador dramaticamente surge e apavora todos os moradores da cidade, fazendo com que a Protetora desista de libertar as crianças das correntes e isso faz com que Goldie roube uma tesoura do tenente-marechal e fuja, atitude completamente inesperada e considerada um crime.

"Eles tentaram paralisar a vida. Eles queriam estar completamente seguros e serem felizes o tempo todo. O problema é que o mundo não é assim. Não é possível que montanhas altas existam sem vales profundos. Não é possível ter grandes alegrias sem grandes tristezas. O mundo nunca está imóvel. Passa de uma coisa à outra, para frente e para trás, como uma borboleta que abre e fecha suas asas." (p. 214-215)

Goldie assustada se esconde enquanto todos procuram por ela e depois perambula pela cidade tentando sair de Jewel e ir para Spoke, mas acaba indo parar num Museu supreendente e diferente, algo jamais imaginado por ela. O Museu parece ter vida e acolher de forma graciosa os ladrões – essa questão de ladrões é bem explicada no livro e diferencia-se um pouco de nosso significado – lá é como todo Museu: há coisas antigas e que não existe mais, isto é, tudo o que foi abolido de Jewel como violência, pragas, bichos, insetos e grandes perigos estão guardados no museu que vive em constante mudança.

"As salas pareciam não terminar nunca mais. Goldie sabia que o museu não tinha como ser assim tão grande, mas ele continuava se estendendo a sua frente. As portas em que eles passavam eram tão largas quanto bulevares. As vitrines formavam fileiras infinitas." (p.86)

Como todo o museu há pessoas responsáveis por cuidar dele, mas esse museu, por ser diferente e guardar coisas ainda mais surpreendentes, há Os Defensores: Sinew, Olga Ciavolga e Herro Dan além de outro menino fugido: Toadspit e o museu aceita Goldie como sua defensora também. Todos estes personagens são incríveis e cativam os leitores, além é claro do Brizzlehound (uma espécie de cachorro) chamado Broo e do Slaugtherbird (uma espécie de pássaro) chamado Morg.

"_Claro que eu não estou dizendo que seja uma boa coisa dar responsabilidades tão pesadas a uma criança. Elas precisam ter o direito de ter infância. Mas também precisam ter a possibilidade de encontrar sua coragem e sua sabedoria e aprender quando enfrentar e quando fugir. Afinal de contas, se não tiverem permissão para subir em árvores, como vão poder enxergar o mundo tão grande e maravilhoso que se estende bem na sua frente?" (p.200-201)

Sei que parece estranho e confuso tudo o que falei nesta resenha, mas simplesmente não conseguiria explicar sucintamente esse livro. Os Defensores – O Museu de Ladrões é um livro surreal, mas convence o leitor e nos teletransporta para esse novo mundo, de tal forma que as estranhezas nos parecem naturais e aceitáveis. Lian Tanner escreve de maneira encantadora e indubitavelmente viciante.
Ao fim da leitura só posso afirmar categoricamente que O Museu de Ladrões tornou-se um de meus livros infantojuvenis favoritos – há muito tempo não lia algo tão viciante – e tenho certeza que essa trilogia terá cem por cento de minha aprovação. Já estou ansiosa e me preparando para ler o segundo livro Cidade de Mentiras, pois o final do primeiro livro me deixou extremamente curiosa. Se vocês tiverem oportunidade de ler, por favor, não deixem a oportunidade passar esse livro é ótimo!!!

Camila Márcia

Olhem que livro lindo, gente! Dá gosto de ver e ler e ter e amar e querer e.... ahhhh vocês entenderam: vocês precisam desse livro também!

Resenha: Museu de Ladrões (Os Defensores, vol.1) - Lian Tanner

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

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