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Saudações Leitores!
Depois de me encantar com a escrita de Chevy Stevens em Identidade Roubada agarrei com todas as forças a oportunidade de ler É Melhor Não Saber (para saber mais sobre o mesmo, clique AQUI), agora, compartilho com vocês as minhas considerações.


É Melhor Nem Saber, Chevy Stevens, São Paulo: Arqueiro, 2013, 320 pág.
Traduzido por Maria Clara de Biase

Never Knowing (2011), no Brasil publicado com o título É Melhor não Saber foi escrito pela canadense Chevy Stevens autora também de outro livro já resenhado aqui no blog: Identidade Roubada.

Chevy Stevens tem um estilo interessante de contar suas histórias, tal como em Identidade Roubada, em É Melhor Não Saber encontramos uma narrativa em primeira pessoa, onde a personagem - Sara - está contando a história para sua terapeuta, portanto, a partir de cada sessão de terapia ficamos a par dos acontecimentos.


Quando eu era criança, pensava que, se eu fosse boa o suficiente, meus pais biológicos voltariam. Tinha medo de que descobrissem caso eu me metesse em encrencas. Todas as boas notas na escola foram para que eles soubessem que eu era inteligente. Na vez em que meu pai me olhou como se estivesse tentando descobrir quem tinha permitido que eu entrasse na casa dele, disse a mim mesma que meus pais de verdade estavam vindo. Quando o vi carregar Melanie e Lauren nos ombros depois de me dizer que estava muito cansado, disse a mim mesma que eles estavam vindo. Quando ele levou as meninas para a piscina e me deixou cortando grama, disse a mim mesma que eles estavam vindo. Mas eles nunca vieram. (p.31)

Sara vive em crise pois desde criança sente-se rejeitada por ser adotada e negligenciada por seu pai que dá mais atenção a suas outras duas irmãs (que são filhas biológicas), ela tem sérios problemas em não se sentir realmente parte de sua família e acredita estar sempre afastada.

Já adulta, com casamento marcado com Evan e com uma filha pequena ela começa a se questionar sobre seus pais biológicos e vê a oportunidade de saber quem é sua mãe verdadeira. Após encontrar a mãe biológica que não quer vê-la de maneira nenhuma acaba se desenrolando uma pesquisa em que ela tenta descobrir quem é o pai e péssimas revelações vão vir daí.

Sara acaba por descobrir que sua mãe foi vítima de estupro e que conseguiu fugir do serial killer conhecido como Assassino do Acampamento. Tudo bem, a notícia foi um choque, foi triste e ela começa a se preocupar se herdou algum traço de crueldade desse pai, no entanto, se ninguém descobrisse tudo voltaria ao normal.


Ao longo da minha infância, nos meus aniversários, eu ficava me perguntando o que minha mãe verdadeira estaria fazendo, imaginando se ela ao menos se lembraria da data. Agora o que me pergunto é se durante todos aqueles anos em que comemorei o dia do meu nascimento Júlia estaria sendo torturada pelas memórias: lembranças de uma criança _eu_ lutando para sair de seu corpo é John lutando para entrar nele. (p.91)

Seria pedir demais, não acham? Que tudo ficasse em segredo? Alguém sempre tem que dar com a língua nos dentes e a história acaba se espalhando pela mídia até que o próprio Assassino do Acampamento descobre que tem uma filha e entra em contato. É aí que começa o inferno na vida de Sara.

Sara passa a viver em constante medo por sua vida, de sua filha e seus familiares, começa a se arrepender de ter tentado descobrir quem eram seus pais. Tem medo toda vez que o telefone chama pois pode ser seu pai biológico que tenta chantageá-la para que não volte mais a matar.

A polícia passa a grampear todas as ligações de Sara, a escoltá-la, a protegê-la e ao mesmo tempo fazer com que ela aceite se encontrar com o Assassino do Acampamento para que eles possam prendê-lo.


Nesse ínterim o relacionamento de Sara com Evan começa a ter sérios problemas: brigas, ciúmes, desconfianças. Eu juro que estava vendo a hora os dois cancelarem o casamento e eu ficava pensando "Sara se você perder esse homem, você merece morrer!", Não é normal: Evan é o homem mais encantador, paciente e compreensivo do mundo literário. Sério. Tudo o que o coitado teve que aguentar... tadinho.

Diversas vezes eu tive vontade de estapear a Sara, a mulher simplesmente não sabia o que queria e era absolutamente irritante e teimosa. Não escutava Evan, nem seus pais e tampouco suas irmãs. Sério, Sara é uma das personagens mais insuportáveis que já vi.

Ok, ok. Ela também tem pontos positivos, aliás a coitada é psicologicamente fragilizada, mas soube lidar bem com a tensão, com o medo e soube agir com precisão nos momentos em que teve necessidade. Ela sem dúvida foi bastante corajosa por aguentar o que aguentou.


Gostei bastante de É Melhor Não Saber e levantou uma questão que eu nunca tinha parado para pensar a respeito e foi minunciosamente trabalhado no enredo. No entanto, se for para escolher prefiro Identidade Roubada pois a história foi mais crua. 

É Melhor Não Saber teve um final fechadinho e a solução e explicação de todos os mistérios que foram propostos, tal como: quem divulgou para a imprensa, quem disponibilizou os contatos de Sara, quem estava mexendo os pauzinhos e manipulando Sara propositalmente, mas de maneira absolutamente sutil.

Realmente gostei do livro e se você gosta de livros policiais, com suspense, assassinatos e serial killer vale a pena dar uma chance a essa leitura.


Passei nove meses dentro de uma mulher que se sentia constantemente apavorada. A ansiedade dela passou para meu sangue, para minhas moléculas. Eu nasci com medo. (p.59)

Resenha: É Melhor Não Saber - Chevy Stevens

terça-feira, 5 de julho de 2016

Saudações Leitores!
Eu amo histórias que mexem comigo, então eu já sabia que ia gostar de Identidade Roubada* antes mesmo de começar a ler. Acertei em cheio. Cinco estrelas para esse livro porque ele merece. A história foi incrível, envolvente, tensa, angustiante, revoltante... pensei - devo ter falado também - muitos palavrões durante a leitura. Uma palavra para descrever esse livro? Seria: Inquietante.


Identidade Roubada, Chevy Stevens, São Paulo: Arqueiro, 2011, 256 pág.
Traduzido por José Roberto O’Shea

Still Missing publicado originalmente em 2010 foi escrito pela escritora canadense Chevy Stevens, é importante frisar que Identidade Roubada já foi vendido para mais de vinte países e se tornou best-seller nos Estados Unidos e na Alemanha.
Fazia muito tempo que queria ler esse livro, então finalmente tive a oportunidade de tê-lo em mãos e ‘devorá-lo’, não vou me fazer de doida, eu sabia o que esperar da leitura, pois a sinopse já prova o quanto o livro é tenso, dramático e traz um assunto muito cruel, portanto, é óbvio afirmar que me emocionei com essa história.
"Tenho certeza de que tem gente que fica tão esmagada, quebrada, que nunca deixará de ser um fragmento humano." (p.99)
A narrativa de Identidade Roubada é bastante diferente dos outros livros que já li e que abordam a temática, a técnica usada é a que cada capítulo é uma sessão de terapia com a psicóloga de Annie, nossa personagem principal.
Através das sessões de terapia sabemos que Annie é uma corretora de imóveis que é sequestrada durante o trabalho e passa mais de um ano desaparecida e sendo abusada sexualmente, violentada, escravizada e martirizada pelo sequestrador que a coloca numa cabana (prisioneira) numa montanha remota e isolada da civilização.
"Fiquei ali deitada com aquele maluco nu me abraçando, querendo que a cama se abrisse e me engolisse inteira. Meu braço doía, meu rosto doía, meu coração doía. Chorei até pegar no sono." (p.33)
Cada sessão Annie abre seu coração e sua mente para reviver os traumas, perdas, danos e consequências de tudo o que passou, seus medos tudo está escrito neste livro e tudo é muito a flor da pele. Em diversos momentos Chevy Stevens é bem minuciosa e realista que é devastador acompanhar tudo pelo que Annie passou.
Um ponto bastante interessante em Identidade Roubada é que ao passo que vamos acompanhando as lembranças do que aconteceu com Annie nas montanhas e em seu cativeiro, ficamos a par também dos acontecimentos que a levaram a fugir do cativeiro, e de toda a investigação policial para descobrir quem estava por trás do sequestro. De fato, o sequestrador era doentio, mas o desenrolar dos fatos e a descoberta que visualizamos através das investigações são muito assustadoras também.
"Quando finalmente gozou, eu queria jogar água sanitária na minha vagina e me esfregar com água quente até sangrar, mas não podia sequer sair da cama para me lavar." (p.51)
Identidade Roubada é um livro perturbador e inquietante, me fez lembrar em muitos momentos o livro Quarto (Emma Donoghue), e sem dúvida é o tipo de livro que angustia o leitor, que tem que parar para recuperar o fôlego para seguir a leitura.
Nunca tinha lido nada de Chevy Stevens, mas esta escritora acabou de ganhar meu respeito com esse livro, vale muito a pena conhecer essa história, no entanto, vale uma ressalva: é um livro muito triste, então se você não gosta do tipo é melhor não arriscar, mas se gosta, esta é leitura obrigatória!

"Por dentro, morri." (p.44)


*Esse livro foi cortesia da Editora Arqueiro, para saber mais sobre o mesmo, clique AQUI.

Resenha: Identidade Roubada - Chevy Stevens

terça-feira, 29 de março de 2016

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