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Saudações Leitores!
Tem escritores que nos marcam profundamente, isso aconteceu com Jodi Picoult, então, quando soube do lançamento de As Vozes do Coração* não poderia deixar de ler e a leitura ocorreu como previ, foi maravilhosa, mas me deixem falar um pouco mais desse livro para vocês...


As Vozes do Coração, Jodi Picoult, Campinas, SP: Verus, 2014, 392 pág.
Traduzido por Sandra Martha Dolinsky

Songs of the Humpback Whale, cuja tradução literal do título não tem nada a ver com o título brasileiro As Vozes do Coração [que na minha humilde opinião ficou bem melhor], foi escrito pela americana Jodi Picoult, escritora best-seller que também escreveu A Guardiã da Minha Irmã que sofreu adaptação cinematográfica: Uma Prova de Amor. As Vozes do Coração não é um livro novo, foi publicado originalmente em 1992, entretanto, apenas agora foi traduzido para o Brasil.
As Vozes do Coração é um livro lento que visa nos fazer entender psicologicamente várias situações e emoções que os personagens viveram, mas é bom deixar claro que mesmo ele sendo lendo não significa que seja ruim ou monótono. Jodi Picoult tem um dom incrivelmente fabuloso de encantar seus leitores com suas narrativas e independente de algumas repetições de um mesmo fato sob a visão de vários personagens de cada uma dessas 'repetições' ficamos sabendo de algo mais - algo que só aquele personagem percebeu - o que é interessante porque, na medida em que as mesmas pessoas estejam no mesmo local e vivendo a mesma situação elas a vivem de forma diversa.
"A maçã, digo-lhes, veio antes de Adão e Eva na história da Criação. Deve ter sido pelo menos três anos antes, porque esse é o tempo que leva para uma nova árvore dar frutos, imagine então conhecimento carnal." (p.69)
O livro é narrado em primeira pessoa sob a visão de seus personagens: Jane, Oliver, Rebecca, Joley, Hardley e Sam, personagens que não são particularmente especiais, mas que tem suas vidas cruzadas e são incrivelmente humanos e impressionantes à medida em que a narrativa se desenvolve.
Jane e Oliver são casados, mas vivem um casamento nublado: cheio de mágoas, compromissos e abandonos. É como na medida em que os anos passavam o amor fosse diminuindo e morrendo por falta de cultivo. Os dois tem uma filha Rebecca, com 15 anos, ela guarda mágoa do pai por ele não dar atenção a sua família, por estar ausente e não participar de sua vida. Rebecca vive na companhia da mãe. E quando Jane resolve fugir de casa, por muitos motivos, Rebecca foge com a mãe, elas viajam por cidades até chegarem ao pomar de Sam, onde Joley, irmão de Jane e tio de Rebecca, trabalha e mora. O trajeto até o pomar é uma descoberta de vida para Jane que terá que aprender a viver e conhecer seus sentimentos, isto é, descobrir-se. 
"Apesar disso tudo, Oliver tem alguma coisa. Você sabe do que estou falando - ele foi o primeiro homem que realmente me tirou o fôlego, e às vezes ainda consegue. É a única pessoa com quem me sinto à vontade o suficiente para partilhar uma casa, uma vida, uma filha. Ele consegue me fazer voltar quinze anos no tempo só com um sorriso. Apesar das diferenças, Oliver e eu temos Oliver e eu." (p.14)
Quando chegam ao pomar de Sam, Jane o conhece como ninguém jamais o conheceu e o faz confrontar seus medos e os dois desabafam suas mágoas até se verem apaixonados e vivendo uma avassaladora paixão. Talvez estivesse escrito este sentimento, talvez não, mas ambos aprenderam muitas coisas juntos, inclusive, perdoarem-se.
Nesse ínterim, Rebecca descobre o amor, por Hardley e os dois vivem intensamente cada momento, mesmo Hardley sendo dez anos mais velho que Rebecca. Hardley é como se fosse um porto seguro para Rebecca, ele não carrega os problemas do abandono do pai, os sofrimentos da mãe e os dois desabafam. Fica evidente a importância dele na vida de Rebecca.
"Não sei como manter unida uma família, especialmente uma que parece um vaso de relíquia, quebrado, mas que foi colado porque é bonito, e ninguém menciona que dá para ver as rachaduras, tão claras como o dia." (p.37)
Contudo, Oliver se vê desolado ao perceber que não conseguiria viver sem sua mulher e sua filha, apesar de achar que isso fosse possível, então parte em busca delas para tentar convencê-las a voltar, mas em sua trajetória ele também vai se descobrir e descobrir os motivos de querer que Jane e Rebecca voltem a fazer parte de sua vida, ele terá que aprender a perdoar e sobretudo, pedir perdão.
"Não vou procurá-las enquanto não souber que dizer. Não vou aparecer sem ter nada para mostrar. Tenho muita coisa a fazer, mas, neste momento, estou agindo puramente por instinto. É terrivelmente difícil, mas eu as deixo ir." (p.226)
Cada personagem é maravilhosamente delineado e cada história e fato narrado leva a um fim que nem sempre será o que nós mesmos escolheríamos, mas é plausível quando se analisa toda a história ao redor não só de Jane, Oliver e Rebecca, mas de todos os personagens. É impressionante como Jodi Picoult escreveu As Vozes do Coração de uma forma harmônica e singela, a história é cruel e ao mesmo tempo mágica, além do mais Jodi segue seu padrão de tratar em seus livro de temas fortes e marcantes, neste ela traz temas como violência família e sexual a tona. Há um choque de emoção em cada página e uma mensagem incrível quando percebemos que boa parte da história se passa num pomar onde todos estão rodeados do fruto proibido.
"O problema é que, quando temos idade suficiente para realmente encontrar uma alma gêmea, já estamos carregando todo um excesso de bagagem. Como onde crescemos, e quanto dinheiro ganhamos, e se gostamos, e se gostamos do interior ou da cidade. E, às vezes, na maioria das vezes, nós nos apaixonamos profundamente por alguém que simplesmente não podemos comprimir dentro dos limites de nossa vida. A questão é: quando o coração define nossa visão sobre alguém, não consulta a mente." (p.380)
Em suma, este livro é incrível e não posso deixar de indicá-lo além de dizer que toda a trajetória dos personagens é também uma trajetória de descobrimento do leitor. Eu sou fã da Jodi Picoult e creio que é difícil não se tornar apaixonado por sua escrita quando se lê algo dela. 


*Este livro foi cortesia da Editora Verus, para saber mais sobre ele acesse aqui.

As Vozes do Coração - Jodi Picoult (resenha)

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Saudações Leitores!
Fazia algum tempo que queria ler esse livro. Para falar a verdade, desejei ler esse livro no momento em que assisti ao filme e soube que era adaptação de um livro. A Editora Verus me concedeu a oportunidade de lê-lo ao me enviá-lo para resenhar. Eis que agora vocês podem conferir minha resenha, confesso: resenha sentimental, pois o livro me fez derramar lágrimas.


A Guardiã da Minha Irmã, Jodi Picoult, Campinas, SP: Verus, 2011, 433 pág.
Traduzido por Julia Romeu

My Sister’s Keeper publicado originalmente em 2004 foi publicado no Brasil com o título A Guardiã da Minha Irmã, escrito pela americana Jodi Picoul, que tem vários livros escritos e publicados e, muitos deles, sofreram adaptações cinematográficas, entre os que sofreram adaptação está A Guardiã da Minha Irmã, em 2009, entretanto o filme no Brasil tem o título Uma Prova de Amor.
Sem sombra de dúvida o livro é bem escrito e Picoult tem uma narrativa cativante que faz com que o leitor não tenha vontade de largar seu livro, além desse detalhe, há algo que pode ser considerado por muitos um ponto positivo ou não: a escritora, é bastante detalhista. Por que digo isso?
"Ao contrário do resto do mundo, não cheguei aqui por acidente. E, se seus pais só tiveram você por um motivo, é melhor esse motivo existir. Porque, quando ele desaparecer, você vai desaparecer também." (p.14)
O enredo é simples e complexo: Anna Fitzgerald, de 13 anos, foi geneticamente feita em laboratório para ser uma doadora compatível para sua irmã, Kate (16 anos) que tem leucemia promielocítica aguda (LPA) diagnosticada aos três anos de idade e desde esse tempo, toda a família Fitzgerald tem como centro Kate, e, portanto, acaba esquecendo Jesse, o irmão mais velho que se torna um rebelde, e Anna é vista numa boa parte das vezes apenas como a doadora de Kate.
"Houve algum erro. Foi o vidrinho de sangue infeliz de outra pessoa que a médica analisou. Olhe para minha filha, para o brilho de seus cachinhos revoltos e para o voo de borboleta que há em seu sorriso - esse não é o rosto de alguém que está morrendo aos poucos.
Eu a conheço há dois anos. Mas se você pegar cada lembrança, cada momento, e colocá-los um ao lado do outro, eles se estenderão até o infinito." (p.40)
Sara e Brian, pais de Jesse, Kate e Anna acabam negligenciando e não escutando a família por conta das muitas recaídas e crises de Kate, e quando chega a um dia fatídico em que Anna entra com um pedido de emancipação junto com seu advogado Campbell Alexander, pois ela se recusa a continuar sendo doadora de Kate e assim ter que doar um rim para ela.
Sara, sua mãe, revolta-se e tenta brigar judicialmente contra a emancipação já que se Anna não doar um rim para Kate, Kate que está morrendo, morrerá muito mais rápido. Brian, o pai, está muito dividido sobre o que considerar certo e errado: se Anna não doar o rim Kate morre, mas Anna não quer doar o rim e Kate já viveu com essa doença um tempo muito maior do que todas as expectativas. Será justo obrigar Anna doar uma parte de seu corpo para que Kate viva por mais tempo?
"Ser pai é apenas uma questão de seguir as pegadas dos filhos, torcendo para que eles não se afastem tanto que você não consiga mais ver seus passos." (p.157)
A Guardiã da Minha Irmã é um livro forte que lhe coloca de frente com o que é certo, errado, ético ou não. Na verdade, o próprio leitor não sabe de que lado ficar nessa história e para completar, magnificamente Jodi Picoult coloca cada capítulo narrado por um dos personagens: Anna, Sara, Brian, Jesse, Campbel Alexander e até a curadora ad litem, Júlia. É tremendamente atordoante saber os pensamentos, os sentimentos e os motivos que cada personagem tem.
"Agora que isso não é mais uma situação hipotética, me parece que um pai ou mãe só pode fazer duas coisas quando lhe dizem que seu filho tem uma doença fatal. Ou você se desmancha e vira uma poça, ou leva aquele tapa na cara e se força a erguer o rosto de novo para levar mais." (p.241)
Este é o primeiro livro da Jodi Picoult que leio e confesso que gostei tanto que pretendo ler outros livros da escritora, há vários já publicados no Brasil. De forma bem pessoal, tenho que dizer que há tempos não chorava tanto lendo um livro como chorei lendo A Guardiã da Minha Irmã e mesmo que ele tenha partes bem jurídicas e médicas, pois tudo gira em torno do processo de Anna e da saúde de Kate, devo dizer que me surpreendi lendo e que me emocionei bastante, afinal tem muito sentimento envolvido nas palavras, frases, parágrafos e capítulos deste livro. Às vezes, a vida nos reserva surpresas e, às vezes, são os livros que escondem surpresas, fico grata por ter tido a oportunidade de me surpreender e emocionar com A Guardiã da Minha Irmã.
"Mas ser mãe é completamente diferente. Você quer que seu filho tenha mais do que você jamais teve. Quer acender um fogo debaixo dele e vê-lo subir aos céus. É mais que as palavras. Mas cabe tudo direitinho aqui dentro." (p.415)
Desejo que muitas outras pessoas ao lerem essa resenha se interessem por esse livro que tem uma história linda para contar, dolorosa e triste, mas linda. Que tal se confrontarem com questionamentos tão complexos que você jamais saberia resolvê-los se estivesse vivendo a mesma situação? Que lado é o certo de ficar? Leia e descubra.

A Guardiã da Minha Irmã - Jodi Picoult (resenha)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Saudações Leitores!
Esta leitura caiu como uma luva: prazerosa, divertida, leve e rápida. Estou encantada com esse livro e adorei ler, gostaria que muita gente pudesse ler também. É muito agradável ler um nacional que impressiona a gente, dá um orgulho. Confiram a resenha e, se você já leu, compartilhe sua opinião de leitura comigo e, se não leu, eis uma boa dica de leitura!!!


Perdida, Carina Rissi, Campinas, SP: Verus, 2013, 364 pág.

Perdida, livro escrito pela brasileira Carina Rissi trata-se de um romance água-com-açúcar, ou melhor, um conto de fadas moderno e fantástico. Segundo o Grupo Editorial Record, da qual a Editora Verus faz parte e que publicou o livro, ele virará filme, o roteiro já está sendo desenvolvido.
Primeiramente somos apresentados a Sofia uma garota moderna e louca do século XXI e que faz uso das tecnologias possíveis no ano de 2010 e que, aparentemente, supõe que jamais será capaz de viver sem computador, celular e essas coisas todas que temos hoje e que eram praticamente impensáveis há anos atrás.
Nessa perspectiva, Sofia acaba saindo para comemorar com seu casal de amigos Nina e Rafa que iam morar juntos e acidentalmente ela acaba deixando seu celular cair no sanitário do banheiro imundo. Tchau celular!
No dia seguinte ao do acidente do banheiro, Sofia acorda e vai a uma loja de celular para comprar outro aparelho urgentemente, com ressaca e sem raciocinar direito acaba comprando o celular que uma vendedora esquisitona lhe oferece e ao tentar usar o celular, ‘pum’, é misteriosamente transportada para o século XIX no ano de 1830. De inicio ela se assusta e atordoada não sabe o que esta acontecendo até que é socorrida por Ian Clarke, um sedutor homem montado num cavalo e que ao vê-la seminua [percebam que ela estava vestida modernamente para a época de 2010, mas para 1830 ela estava praticamente despida, no maior estilo piriguete] a leva para sua casa.
"Ian sorriu. Além de lhe cair bem, o sorriso vinha fácil aos seus lábios. Gostei disso. Gostava de pessoas bem-humoradas que sorriam mais do que faziam caretas." (p.54)
Na casa de Ian, Sofia conhece Elisa, irmã de Ian, Teodora, amiga da família, os ‘criados’ e outros personagens. Sofia destoa de todos, pois seu vocabulário e seus modos são completamente diferentes dos modos e vocabulários do século XIX, essa diferença fica evidente durante toda a narrativa. Não obstante Sofia sofre ainda mais por se ver longe de todas as regalias e comodidades de ter um banheiro, telefone, carros, etc.
Não obstante, ela acaba por descobrir um novo modo de viver e conhecer as pessoas ao seu redor e pouco a pouco se apaixona perdidamente por Ian, que não perde nenhum pouco para os, já tão aclamados, príncipes encantados da nossa vasta literatura. Mas Sofia continua obstinada a voltar para casa e nessa ansiedade acaba descobrindo que deverá cumprir uma jornada antes de voltar. Desse modo, até ela descobrir o que tem que fazer, haverá muita aventura, risadas e situações hilárias.
"Ele tinha razão. Existia um nós - eu não sabia dizer desde quando, mas existia. E era forte!
Tão forte que, talvez, me quebraria em duas quando eu voltasse para casa. E eu sabia que voltaria, sentia que voltaria. E meu coração se despedaçaria." (p.159)
Perdida é um ótimo livro, uma leitura leve e apesar de clichê ela tem suas particularidades, em alguns momentos pode acontecer coisas que o leitor não previa e em outros pode se chatear pela insistência de Carina Rissi em fazer Sofia destoar do ambiente em que estava inserida através das demasiadas utilizações de gírias e sua falta de adequação ao ambiente, pois sabemos que todo ser humano, por mais imaturo e descoordenado que seja sempre tem a capacidade física e intelectual de se adequar ao ambiente em que vive, tirando esse lapso, a leitura é completamente saborosa e os personagens são fantásticos.
Definitivamente, ao virar a última página do livro é impossível não estar perdidamente apaixonada por Ian e, claro, terminada a leitura a vontade que temos é de voltar ao inicio e reler todas as páginas novamente. Mais que indicado!

Perdida - Carina Rissi (resenha)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

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