Saudações Leitores!
Este livro recebi de cortesia da Novo Conceito e quero agradecê-la pelo envio e fico feliz em poder resenhá-lo para vocês. Este livro me deixou com uma angústia muito grande, em boa parte da leitura eu não sabia o que esperar dele e agora venho compartilhar a experiência de lê-lo com vocês, segue abaixo a resenha.
Adeus à Inocência, Drusilla Campbell, Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito,
2013, 272 pág.
Traduzido por Robson Falcheti Peixoto
Adeus à Inocência, de Drusilla Campbell, traz uma história que
mistura drama, suspense e faz gerar no leitor uma série de expectativas. Drusilla,
de origem australiana, é autora de 16 romances e já venceu alguns prêmios
literários.
Temos três histórias que em
um determinado momento se cruzam: a história de Madora, de Willis e de Django. Madora desde nova não era compreendida pela
mãe, principalmente após o suicídio de seu pai, e acabou fugindo com Willis.
Após anos de submissão e cheia de esperanças em ficar com Willis para sempre
ela começa a ver uma faceta de Willis que jamais havia notado.
Willis leva uma adolescente
chamada Linda, e a acorrenta e tranca no velho trailer no fundo do quintal,
Linda está grávida. Apesar de Madora ficar desconfortável com a situação ela
não questiona Willis e acaba aceitando as suas desculpas de que ele está
ajudando Linda.
Django é uma criança que
acabou de perder os pais num acidente de carro e com essa perda ele deverá
adotar um novo estilo de vida ao ir morar com sua tia. Django é filho de
pessoas ricas e sempre teve tudo o que queria, mas após a morte de seus pais
ele acaba não só perdendo os pais, mas seus amigos e conhecidos ao ter que se
mudar para outra cidade.
Três pessoas que estão
feridas e magoadas, carregam velhas cicatrizes e traumas que não sabem lidar
direito. Porque Madora passou tanto tempo submissa a Willis? Porque Willis
prende uma adolescente no trailer do quintal? Porque a vida de Django teve que dar
uma reviravolta tão grande?
Adeus à Inocência é um livro com muitos dramas psicológicos,
com personagens afetados por meio de outra pessoas, Madora não foi a mesma após
o suicídio do pai, Willis não foi o mesmo após o assassinato da irmã e Django
jamais será o mês após a morte de seus pais.
Mas há algo de inocente nas
ações de Madora e Django, ao contrário de Willis cujas ações têm algo de
obscuro e assustador. O leitor definitivamente fica impressionado com a trama
por conta de Willis e a expectativa de como terminará estas histórias cruzadas.
Para mim, esse livro começou
muito cansativo, mas depois ele simplesmente me prendeu e eu precisava e
necessitava saber o que acontecia com os personagens e apesar de imaginar e
torcer por um final diferente eu sei reconhecer que a escritora, Drusilla, foi
capaz de dar um final bem realista e interessante ao livro.
Em suma, eu gostei do livro,
não de uma forma a amá-lo e achá-lo inesquecível, mas gostei da forma como ele
conseguiu me prender num momento em que estive a ponto de abandonar a leitura
ele me surpreendeu. Vale a pena conferir essa história, mas já aviso que o
começo pode não ser tão interessante quanto o esperado, mas depois a história
vai sempre melhorando. Leia.
Camila Márcia