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Saudações Leitores!
Alice no País das Maravilhas é um dos livros mais diferentes que já li na minha vida. No sentido de ter uma história muito curiosa e inusitada e apesar de sempre querer ler eu nunca imaginei o que deveria esperar do livro. Diferente é a única palavra que me vem a cabeça. Confiram:


Alice no País das Maravilhas, Lewis Carrol, 2 ed, São Paulo: Martin Claret, 2011, 150 pág. (tradução de Márcia Feriotti Meira)

Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland) foi publicado originalmente em 1865 e escrito pelo inglês Lewis Carrol pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson (1832-1898). Carrol é também autor de Alice no País dos Espelhos (1872) entre outras obras.
A obra nos traz a menina Alice, uma garota inteligente e muito simpática. Num dia quando ela e sua irmã estavam à beira do riacho ela observa um Coelho Branco passar muito apressado e o mais assustador: o coelho falava, mas Alice não se assustou, pelo contrário ficou tão curiosa que saiu atrás do Coelho e vendo-o entrar por uma toca, arriscou ir também e caiu, caiu, caiu e quase não parou mais de cair, o poço era tão profundo que Alice tinha a impressão de estar indo parar do outro lado da terra.
"Ou o poço era mesmo muito fundo, ou era ela que caía muito devagar, porque enquanto caía teve tempo de sobra para ficar olhando tudo ao seu redor e imaginar o que aconteceria em seguida." (p. 18)
Então ela cai num lugar totalmente diferente e inusitado, um lugar mutável, eis que aos poucos o leitor é apresentado ao inesquecível ‘País das Maravilhas’, um lugar complemente inventado e onírico. Alice parece aceitar todas as coisas bizarras como se elas fossem normais (coisa que só uma criança seria capaz de aceitar), mas em alguns momentos, percebemos os inúmeros questionamentos e receios da menina, que apesar de aceitar quer também entender o que acontece ali.
"Chego quase a me arrepender de ter entrado por aquela toca de coelho. Mas... no entanto... é muito interessante esse tipo de vida! Fico imaginando o que será que realmente aconteceu comigo e não chego a nenhuma conclusão. Antigamente quando eu lia os contos de fadas, eu achava que essas coisas não aconteciam na vida real. E aqui embaixo parece que estou bem no meio de uma dessas histórias." (p.48)
Os questionamentos de Alice são bastante pertinentes para a reflexão e obviamente a obra foi escrita para crianças, mas traz arraigada nela vários valores sociais, políticos e filosóficos presentes na vida e em todos os tempos.
_ Que tipo de gente mora por aqui?
_Naquela direção_ disse o Gato, apontando com a pata direita_ mora um chapeleiro. E naquela_ apontou com a outra pata_ mora a Lebre de Março. Visite qual deles quiser: os dois são loucos.
_Mas não quero me meter com gente louca_ ressaltou Alice
_Mas isso é impossível_ disse o Gato._ Porque todo mundo é meio louco por aqui. Eu sou. Você também é." (p.76)
Alice no País das Maravilhas é um livro muito diferente, pois como num sonho em que as cenas mudam e você não entende, assim acontece em Alice também. As ‘cenas’ mudam rapidamente, animais desaparecem misteriosamente e todos eles falam e tais eventos são tão inerentes à história que depois que se pega o ritmo o leitor começa a aceitar essas mudanças e entra no ‘sonho’.
Lewis realmente escreveu um livro encantador e uma personagem que fascina o leitor, não é à toa que Alice mesmo após 147 anos tem uma legião de admiradores, definitivamente Carrol imortalizou Alice e os demais personagens bem como O País das Maravilhas.
Outro ponto que vale frisar é que essa segunda edição da Martin Claret além de ter uma capa muito bonita e manter o formato de bolso – o que gera praticidade na hora de manusear –, apresenta ilustrações de John Tenniel em toda a obra o que nos permite visualizar alguns eventos relatados nas páginas bem como os personagens imortalizados.
Livro indicado a crianças (que serão capazes de voar em cada página) e também para jovens e adultos, não há contra indicações de idade, pelo contrário, quem quiser se aventurar pelo País das Maravilhas só há duas formas: pela toca do coelho, que é difícil ser achada já que não temos nenhum mapa disponível (google maps não funciona neste caso queridos) ou através do livro que é como um passaporte. Então, boa viagem!

Camila Márcia

Resenha: Alice no País das Maravilhas - Lewis Carrol

sexta-feira, 6 de julho de 2012

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