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Saudações Leitores!
Esse livro se tornou bastante especial para mim, tanto pela forma da autora contar a história, como pela própria história, pois é quase impossível não se indentificar com algumas nuances da relação entre mãe e filha retratada na obra. Quero agradecer demasiadamente a Editora Novo Conceito pelo envio da cortesia para a resenha. Espero que todos gostem e tenham a oportunidade de conhecer esse livro; caso você já tenha lido me diga, nos comentários, o que você achou.


A Filha da Minha Mãe e Eu, Maria Fernanda Guerreiro, Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito, 2012, 272 pág. 

O livro de Maria Fernanda Guerreiro, A Filha da Minha Mãe e Eu, publicado pelo selo Novo Conceito Jovem, traz uma temática bastante atual a qual é impossível não se identificar com o que se passa com a personagem principal.
A Filha da Minha Mãe e Eu é narrado em primeira pessoa, por Mariana, e ocorre através de Flashback, pois nos apropriamos da história de Mariana a partir do momento em que ela descobre que vai ser mãe e passa a refletir a relação difícil e conturbada que teve com a sua mãe, narrando episódios, fatos e diálogos que aconteceram em sua infância e juventude até o presente momento em que ela se descobre grávida.

"Quando vi as duas listras azuis no teste de gravidez, tive uma certeza: preciso me sentir filha antes de me tornar mãe. Porque uma parte da minha alegria era inventada e, a outra, não era minha." (p.7)

É dessa narrativa que conhecemos a família de Mariana e os conflitos que existem nela, conhecemos seu pai Tito, sua mãe Helena e seu irmão Guga. Aparentemente o livro tem um enredo simples, mas o que fica nas entrelinhas do texto é uma extensa gama de reflexões, ademais, na própria malha textual o leitor pode se sentir na pele de Mariana, pois quem nunca teve problema com a mãe e com a família?

"Muitas coisas da casa ficaram quebradas pelo chão. Tenho a impressão de ter visto o coração da minha mãe ali também, entre os cacos de vidro dos porta-retratos." (p.191)

É claro que Maria Fernanda Guerreiro salienta outras situações que não apenas a relação entre mãe e filha. A autora demonstra com maestria que segredos em família podem ter consequências graves, relações mal resolvidas podem ser uma pedra no sapato, a falta de confiança é o pivô de muitos problemas e aborda temas mais fortes como drogas e abusos sexuais.
Ao findar a leitura é perceptível que o problema maior da relação entre as pessoas – principalmente quando nos referimos a Mariana e sua mãe, Helena – não são suas diferenças de personalidade, mas a falta de diálogo. 

"Mas não é nos sentimentos demonstrados que residem nossos maiores erros e sim naquele amor que, apesar de existir, não se mostra. Os pais querem tanto ser justos com os filhos que, às vezes, acabam sendo injustos." (p.259)

Em uma palavra eu definiria o livro como: Encantador, no sentido de ser uma referência para relações maternais e nos fazer questionar até em que ponto os filhos estão certo e os pais errados ou vice-versa. Algo que também merece destaque é a escrita da autora que, realmente, é fantástica. Fernanda escreve com simplicidade mais transparece emoção é cada palavra do livro e talvez seja essa a marca registrada de A Filha da Minha Mãe e Eu: a emoção.
Por ser um livro com uma narrativa cativante, a leitura ocorre rápida e com fluidez e em pouco tempo (talvez até em um dia) é possível realizar a leitura. Muito indicado!

Camila Márcia

Resenha: A Filha da Minha Mãe e Eu - Maria Fernanda Guerreiro

terça-feira, 9 de outubro de 2012

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