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Saudações Leitores!
Em dezembro faria um ano que ganhei um box com três livros da Marian Keyes e Melancia* era um dos livros que compunham esse box. Não entendo porque demorei tanto para lê-lo já que sempre tive vontade, afinal os livros de Marian Keyes são referência de chick lit. Na resenha, abaixo, vocês ficam a par do que achei da leitura, que apesar de não ser um lançamento, certamente muita gente ainda não leu e quem leu pode opinar nos comentários, vou ficar muito feliz em ler e responder a todos.


Melancia, Marian Keyes, Rio de Janeiro: BestBolso, 2012, 22ª edição, 490 pág. 
Traduzido por Sônia Coutinho

Watermelon (1996) publicado no Brasil com o título de Melancia foi escrito pela irlandesa Marian Keyes, autora best-seller e referência mundial quando o assunto é Chick lit. São também de Marian Keyes os títulos: Férias (1997), Sushi (2000) e outros já publicados no Brasil.
O que falar de Melancia? É, sem dúvida, um livro divertido cuja personagem e narradora, chamada Claire, é completamente doida [característica principal das personagens de chick lit] e está passando pela maior situação vexatória de sua vida: ela acaba de dar a luz a sua pequena bebê Kate e no dia seguinte seu amado e perfeito marido diz que tem uma amante e que a deixará para viver com a outra.
Claire fica destroçada e sua única solução é deixar seu apartamento – onde vivia com James (seu marido traidor) – e ir para Dublin morar com os pais [Uma pequena observação: esse é o segundo chick lit que leio que o cara safado que trai a mocinha doida se chama James, então se isso é premonição ou coincidência, não sei. Só sei disso: vou ficar longe de caras chamados James].
Na casa dos pais, que são tudo menos normais – na verdade a família Walsh é a família mais doida que se pode imaginar – Claire cai num torpor terrível e descuida-se completamente, além de todos terem que conviver com seu constante mau-humor e suas crises de lágrimas, chantagens e alcoolismo, as únicas coisas que ela consegue fazer é beber e cuidar negligentemente de sua recém-nascida Kate.

"Todos os sentimentos são relativos, decidira eu. Estava errada em me sentir gorda. Não estava gorda demais. Não havia nada de errado comigo. O resto do mundo é que era pequeno demais. Eu não precisava mudar. O que precisava mudar era o mundo ao meu redor. Simplesmente tornar tudo em torno de 15% maior do que era agora roupas, móveis, pessoas, prédios, países e,de repente, eu estaria novamente do tamanho certo!
Digamos, 20%. Assim, poderia sentir-me verdadeiramente frágil." (p.62)
Em Melancia é claro que não poderia faltar aquelas doses de clichês: Claire conhece Adam – que apesar de ser  mais novo é aparentemente muito maduro – nutre uma paixonite por ele e acaba por sair da fossa, nesse ínterim, claro, James ressurge das cinzas com um papo furado e com a atitude mais repulsiva que um homem pode ter. Claire se vê entre a cruz e a espada e, de acordo com a situação que ela viveu é completamente aceitável. Todo mundo tem surtos de loucura, de coragem, infantilidade e medo. Normal. Normal, aqui, não tem um sentido muito amplo, estou me referindo a uma atitude normal para a família Walsh, o que é completamente anormal para todo o resto da população.

"Às vezes você conhece uma pessoa maravilhosa, mas apenas por um rápido instante. Talvez em férias, num trem ou até numa fila de ônibus. E essa pessoa toca sua vida por um instante mas de uma maneira especial. E, em vez de lamentar o fato dela não poder ficar com você por mais tempo ou por você não ter a oportunidade de conhecê-la melhor, não é mais sensato ficar satisfeito por ter chegado a conhecê-la um dia?" (p.458)
Apesar de Melancia ter uma linguagem divertida e fluída, ter partes engraçadas e corriqueiras de uma forma inusitadas, não me vi tentando conter nem risos e nem lágrimas porque nenhum dos dois vieram, na verdade, demorei mais tempo do que eu supunha que demoraria ao ler este livro. A culpa em momento nenhum foi da história, pois se trata de algo que pode ser real e, para mim, algumas cenas podem levar o leitor a auto identificação, além do mais, acredito que Marian Keyes foi um pouco autobiográfica neste livro. Quem ler ou já leu entenderá ou entende o motivo de minha afirmação.
O fato que mais me incomodou foi os constantes devaneios e lamúrias de Claire, que se tornavam demasiadamente repetitivos – sei que isso é bem real, sempre que estamos passando por uma situação ficamos repetindo ela constantemente, mas é meio cansativo para quem escuta – no caso lê –, não é? Nisso temos que concordar. Ou seja, eram páginas e mais páginas de lamentações e narrações/descrições/repetições desnecessárias e nenhum desenvolvimento do enredo. Tão cansativo que tive vontade de pular várias páginas – o que não fiz, em consideração a autora que é muito aclamada, então, senti-me na obrigação de ler todas as páginas.
Uma coisa que gostei demais é que os personagens são muito divertidos, inclusive os que ficam em segundo plano, achei a família Walsh e suas loucuras tão divertidas que me encantei. Os pais de Claire são completamente insanos e tão liberais. As irmãs dela – quatro – são muito doidas, as que fizeram parte desse livro: Anna e Helen tem suas peculiaridades tão bizarras que é impossível não ficarmos curiosas e desejar que elas fossem mais ativas em Melancia.

"Quando a felicidade faz uma aparição como convidada especial na vida da pessoa, é importante aproveitá-la ao máximo. Pode não ficar por perto muito tempo e, quando for embora, não será terrível pensar que todo o período no qual se poderia ser feliz foi desperdiçado com preocupações sobre quando isso aconteceria?" (p.485)
De fato a família Walsh fez tanto sucesso com o público que para cada uma das irmãs há um livro – inclusive para aquelas que não aparecem no primeiro livro: Margaret (Maggie) e Rachel.
Enquanto Melancia conta a história de Claire; Férias conta a história de Rachel; Los Angeles a de Maggie; Tem alguém aí? conta a de Anna e Chá de Sumiço conta a história de Helen. A Bertrand Brasil anunciou que no Natal deste ano (2014) lançará o livro Mamãe Walsh, que conta a história da mãe dessas meninas tão loucas.
Daí você pode me perguntar se indico o livro? Não tenho motivos para não indicá-lo, tem alguns pontos negativos e que me incomodaram, sim, mas não tive vontade de abandonar a leitura e pelo contrário, estou com muita vontade de conhecer os outros livros da Marian Keyes, sobretudo os que contam as histórias das outras integrantes da família.


*Poly, minha flor, muito obrigada pelo presente e me desculpa a demora em lê-lo, mas é uma fofura. Amei o mimo e sua atenciosidade. Obrigada por ter me apresentado Marian Keyes!

Resenha: Melancia - Marian Keyes

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

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