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A Distância até a Cerejeira, Paola Peretti. São Paulo: Planeta, 2019, 224 Págs.
Tradução: Flávia Baggio
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Saudações Leitores!
A Distância até a Cerejeira (La Distanza tra Me e il Ciliegio, 2018) da escritora italiana Paola Peretti, foi uma leitura que me comoveu, me ensinou e me trouxe uma série de reflexões incríveis.

Desde seu lançamento fiquei curiosa para ler, pois eu sou do tipo que amo livros infanto-juvenis porque sei que eles tem o poder de me emocionar muitíssimo. Foi exatamente isso que aconteceu aqui.


Em A Distância até a Cerejeira vamos acompanhar a história da menina Mafalda, de 9 anos, que mora com seu pai e sua mãe e vive uma vida diferente das outras crianças porque ela desde muito nova foi diagnosticada com a doença de Stargadt, que se trata de uma doença degenerativa da retina, ou seja, progressivamente a pessoa vai perdendo sua visão até ficar cego.

Todas as crianças têm medo de escuro. O escuro é um quarto sem portas nem janelas, com monstros que nos prendem e nos devoram em silêncio. Eu tenho medo só do meu escuro, aquele que tenho dentro dos olhos.

Mafalda está ciente de seu problema, e como A Distância até a Cerejeira, é contado a partir da perspectiva da criança, ficamos a par de todos os sentimentos, pensamentos e emoções que giram na cabecinha dela, ou seja, percebemos o quanto ela tem medo de que chegue o dia em que ela ficará no "escuro", porque ela não usa a palavra cega.


Desse modo, acompanhamos a Mafalda e vamos observando o quando a visão dela vai se consumindo pelas sombras e o quanto ela sofre não não poder fazer coisas que anteriormente ela fazia bem como jogar futebol, ver as estrelas, andar de bicicleta, ver a cerejeira da escola bem de longe (já que agora ela só consegue enxergar de muito, muito perto).

Também percebemos que a oftalmologista dela e os pais estão preocupados com a garotinha e tentando fazer com que ela se prepare para o inevitável, já que a doença de Stargadt não tem cura, então ela começa a aprender a ler em libras, etc.. É bem dolorido ver a situação dos pais, porque obviamente eles dariam a vida por Mafalda, mas se vêem de pés e mãos atados sem poder ajudar a filha, apenas tentando fazer com que o processo de adaptação seja melhor.

Segundo mamãe, Deus escolhe as pessoas especiais, mas não me sinto tão sortuda quando penso nisso.


No entanto, mesmo diante de sua condição, Mafalda ainda consegue aprontar algumas peraltices, consegue fazer bons amigos e consegue aproveitar bem seus momentos e ainda usar a lógica infantil para traçar um grande plano de ir morar na cerejeira do colégio.

É impossível não rir de algumas falar e situações pelas quais Mafalda passa. É impossível não chorar pela dor e pela impotência de que essa doença não tem cura e sabemos o que irá acontecer no final.

A Distância até a Cerejeira é um livro belíssimo, emocionante e cheio de reflexões, além do mais  gostei muito de observar a amizade de Mafalda com seu gatinho Ótimo Tucarest, seu amigo Felipe e Estella (funcionária da escola), percebemos que, mesmo diante de sua condição Mafalda não está sozinha.

Não tenho muito tempo, é verdade. Mas mesmo sendo verdade, e pra mim é importante que ela sempre diga a verdade, às vezes eu queria que ela fosse um pouco menos verdadeira.


Por ser um livro infanto-juvenil, A Distância até a Cerejeira, possui uma narrativa simples, a escolha das palavras também é direcionada ao público alvo, porém isso não quer dizer que jovens e adultos não possam ler. Podem e Devem. Com certeza, esse livro tem o potencial de emocionar qualquer tipo de leitor.

Particularmente me envolvi e me emocionei tanto com a história da Mafalda que li o volume super rápido e quando virei a última página fiquei desejando que o livro tivesse mais algumas. É sempre difícil dar tchau para uma boa história, certo? Pois então, agora quero que você possa dar a oportunidade para Mafalda mudar sua vida, como mudou a minha. Boa leitura!

Um grande sorriso desponta em mim. É estranho me sentir com sorte por algo que posso fazer sem os olhos. E sem os óculos.

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Resenha: A Distância até a Cerejeira - Paola Peretti

sexta-feira, 22 de maio de 2020

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