Poemas Tardios não chegou nem perto de ser o que esperei, claro que alguns poemas gostei, mas a sensação geral que ficou após a leitura foi de um livro esquecível
Saudações Leitores!
Não sou nenhuma especialista na escritora canadense Margaret Atwood, mas já li 3 livros da autora e foram experiências muito boas, então resolvi mergulhar também nas poesias com Poemas Tardios (Dearly, 2020), porém - apesar de gostar de ler poesias - não foi uma experiência tão boa quanto a prosa da escritora.
Minha experiência com leitura de poemas é bem diversificada, porque leio tanto poemas que contam alguma história, como poemas que me fazem sentir e mechem com o emocional, então achei que conseguiria apreciar apropriadamente o livro de Atwood.
Poemas Tardios traz composições da autora escritos ainda na juventude dela, escritos há mais de uma década e que versam sobre amor, paixão, pássaros, relações humanas e tantos outros temas. Logo numa espécie de introdução ao volume Atwood nos conta que enquanto mexia em uma gaveta encontra vários escritos de sua adolescência e da época da faculdade o que gerou nela uma nostalgia, a escritora revela que os poemas traziam temas diversos e alguns já tinham sido enviados para revistas, mas haviam sido devolvidos. É o achado, a revisão e a edição desses escritos que encontra-se no volume Poemas Tardios que temos em mãos.
Estruturalmente o volume de Poemas Tardios conta com 76 poemas escritos entre 2008 e 2019. O livro é bem estruturado e dividido em 5 partes com temáticas diferentes (tempo, música, amor, vida, morte, mudanças, feminismo, natureza, etc.) e essas partes fazem sentido ao final.
De fato, Poemas Tardios é um livro que traz muitas metáforas e reflexões sobre a passagem do tempo e as lembranças, inclusive, os poemas que traziam essa abordagem foram os que mais me fisgaram, contudo, teve vários outros que ficaram confusos e que precisei reler para extrair alguma significação amalgamada nas entrelinhas. Tem alguns outros que nem relendo consegui absorver a mensagem, a metáfora o significado. Portanto, de maneira geral - como é bem comum em livros de contos e de poesia - tem vários poemas que são muito bons, outros nem tanto e alguns que deixam muito a desejar porque parecem que estão além da nossa compreensão.
Margaret Atwood é uma escritora sensacional e seus livros - de prosa - tem uma certa complexidade e essa característica se reflete nas produções poéticas da autora. Não vou dizer que gostei do livro porque estaria mentindo descaradamente, afinal não gostei (mesmo reconhecendo aspectos bons), por isso vou deixar as indicações em abertos, acredito que podem gostar do volume pessoas que gostam de ler poesia, mas o livro não é algo fácil, acessível, então.... é sobre isso: caso leia, vá com baixas expectativas.Obrigada por terem lido até aqui e até a próxima postagem!
FICHA TÉCNICA |
Título Original: Dearly Autor: Margaret Atwood Tradutor: Stephanie Burges Gênero: Poesia. Editora: Rocco Ano: 2020/ 2022 | 176 págs. País de Origem: Canadá Minha avaliação:⭐(1/5) |
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