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Resenha: Insana: Meu Mês de Loucura - Susannah Cahalan

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Saudações Leitores!
Quando recebi Insana* eu jamais pensei que fosse me envolver tanto com essa história, é uma biografia, um relato que é capaz de emocionar e nos questionar sobre nosso corpo e mente, sem dúvida, uma das melhores biografias que li na minha vida! Vem saber mais...

Insana: Meu Mês de Loucura, Susannah Cahalan, Caixias do Sul, RS: Belas-Letras, 2015, 304 pág.
Traduzido por Bruno Mattos

Brain on Fire (2012) no Brasil publicado como Insana: Meu Mês de Loucura, foi escrito pela jornalista americana Susannah Cahalan sobre sua própria experiência de quase loucura, um livro de biografia chocante e que é capaz de envolver e atordoar o leitor.
Tudo começa quando Susannah, uma promissora jornalista de 24 anos do New York Post, fica preocupada e obcecada por pequenas coisas, se incomoda com coisas que nem ligava antes e muda seu jeito de ser, tendo atitudes ciumentas e infantis, depois vem as crises de choro, as convulsões, paranoias. Há algo errado e isso é visível para todos.
Depois de resistir, acaba indo ao médico e há uma sucessão de diagnósticos errados, até que chega um determinado dia em que Susannah tem um verdadeiro surto psicótico, e é internada numa clinica a fim de fazerem exames, testes e aplicarem medicamentos adequados, até aí tudo bem, é a atitude normal num caso de surto.
Tudo parece desmoronar na vida de Susannah e de uma jovem independente e bem sucedida ela passa a depender de seus pais, namorados e amigos para superar essa crise, no entanto nem mesmo os médicos sabem o que Susannah, mas o fato é que a cada dia ela parece se perder em seu cérebro, parece que a antiga Susannah morre a cada segundo dando espaço a uma nova: psicótica, neurótica e alucinada.
Enquanto Susannah passa por esse colapso, a sua família e seu namorado sofrem com a incerteza de que ela voltará a ser a mesma, não querem perder as esperanças, mas não conseguem alimentá-la quando nem mesmo os médicos conseguem descobrir o que ela tem.
Até que uma junta de médicos começam a estudar o caso de Susannah Cahalan e muitos especialistas e neurocientistas se interessam, até que o médico e estudioso Salim Najjar a diagnosticou com Encefalite Autoimune de Receptor Anti-MDA e passa o tratamento adequado ela começa a ter melhoras, e cura-se, tanto que é capaz de contar sua triste história e sua grandiosa vitória através deste livro: Insana: Meu Mês de Loucura.
Mas no meio da trajetória do livro Susannah Cahalan levanta uma questão importante que, por esta doença não ser muito conhecida e ser rara, ela não é tratada adequadamente condenando o paciente a manicômios e à morte sem mesmo o diagnóstico. Que várias pessoas podem diagnosticar erroneamente como aconteceu com ela própria, até que surgisse um médico capaz de diagnosticar com precisão, mas até isso Susannah quase deixou de ser ela mesma, abordando outro ponto interessante sobre as grandes despesas médicas – que felizmente foi capaz de pagar.
Fiquei completamente envolvida com a história de Susannah Cahalan, admira-me também sua coragem de contá-la, e expor-se diante de um problema que abalou suas estruturas, mas que apesar disso as lembranças só ficaram para seus familiares e amigos, pois ela pouco lembra de seu mês de loucura a não ser o que os outros falam e das filmagens do tempo que ficou no hospital.
Após a leitura só tenho elogios para com o livro porque Insana: Meu Mês de Loucura é uma leitura viciante, fluída e curiosa e apesar da utilização e alguns termos técnicos, a autora soube escrever para os leigos de forma adoravelmente perspicaz, faz-nos entender os exames, os processos e avaliações psicológicas e neurológicas porque passou. O livro de Susannah Cahalan ficou tanto tempo na lista dos mais vendidos do New York Times que vai ganhar uma adaptação cinematográfica estrelada por Dakota Fanning.


*Esse Livro foi Cortesia da Editora Belas-Letras, para saber mais sobre o mesmo, clique AQUI.

4 comentários :

  1. Oi,Mila!

    Nossa! Eu preciso muito ler esse livro. Me vi em tantas das suas descrições. Já tive crises como as que você descreveu e sei o quanto isso é perturbador. Todo mundo acha que você é louco, a verdade é essa. Eu não conhecia o livro. Achei a premissa muito interessante e vou adicioná-lo à minha lista de prioridades. Eu confio de olhos fechados em suas recomendações, sabia? Sempre transparente, concisa, espetacular!
    Já fico pensando nessa adaptação. Imagina a Dakota interpretando esse papel. Gente! Aquela garota já tem cara de louca, nem vai precisar fazer muito esforço..kkk
    Adorei mesmo! Acho que vou ter que rachar a conta do cartão com você, hein!

    Bj grande!
    Zilda Peixoto
    http://www.cacholaliteraria.com.br

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    Respostas
    1. Oi Zilda,

      Estou tãooooooo feliz por ver seu comentário, amo ler você aqui.
      Sim, Zilda, eu amei esse livro, fiquei encantada com a história e curiosa e chocada com o fato da autora ter passado por tudo isso e agora estar bem, é muita coisa para uma pessoa... mas mesmo doente, a esperança e a força de vontade dela e da família a fizeram ganhar essa batalha. Achei fascinante, até porque ela escreve super bem e de forma tão fácil.

      xoxo
      Mila F.

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  2. Só a título de correção, o anticorpo é anti receptor NMDA.
    O livro é sensacional e trata de uma doença autoimune pouco conhecida e estudada.

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Muito obrigada pelo Comentário!!!!

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