O Último Adeus é uma das histórias mais tristes que já li sobre o tema suicídio. Fiquei mal, mas o livro é bom.
Saudações Leitores!
Hoje venho falar minha opinião sobre um livro que há muito tempo tenho na estante, mas ainda não tinha lido (que vergonha!) que é O Último Adeus, escrito pela norte-americana Cynthia Hand, autora que ainda não conhecia a escrita apesar dela ter muitos livros publicados aqui no BR como: Minha Lady Jane, Minha Simples Jane, entre outros.
Já quero iniciar essa review dizendo que O Último Adeus e um livro assustadoramente triste, mas ao mesmo tempo sensível e tocante. Deixo também o alerta de gatinhos sobre: suicídio, depressão, entre outros.
Em O Último Adeus vamos acompanhar a narrativa em primeira pessoa de Lex, uma jovem de 18 anos que há sete semanas perdeu seu irmão Tyler; o jovem cometeu suicídio e há a narração de como isso aconteceu, então isso é muito forte e angustiante de se ler. Desde o evento trágico, Lex, não consegue mais ser feliz e fica assolada pela culpa achando que poderia ter feito algo para impedir o irmão de tentar suicídio, culpa por não ter reconhecido os sinais por estar vivendo sua vida e ser egoísta a ponto de não enxergar sofrimento do irmão.
O Último Adeus é um livro cheio de gatilhos e a tentativa de recuperar a esperança. A leitura é dolorosa em decorrência do assunto sensível e do relato dos fatos, bem como da reconstituição dos acontecimentos que aconteceram antes, durante e também depois da morte de Tyler. Livros que tratam de suicídio são muito pesados e desoladores, pelo menos eu sempre acho isso e é muito difícil ler algo assim, sempre demoro mais do que o esperado, principalmente quando levamos em consideração que vivemos em uma sociedade psicologicamente doente.
Lex é uma personagem que está muito quebrada, não só ela, mas toda a sua família, então ela começa um tratamento terapêutico e vamos acompanhar esse processo a partir da tarefa que o psicólogo deu para ela: escrever um diário. Desse modo a narrativa será alternada entre entradas no diário com suas memórias e capítulos voltados a tratar do tempo presente.
Vale ressaltar que Lex, após a morte do irmão, se isola de todos; apesar dela não ter muitos amigos, pois o popular era Tyler, após a tragédia ela se afasta consideravelmente dos poucos amigos que tinha, pois fica com a impressão de que não merece/não pode ser feliz.
Para completar toda a dor que a jovem carrega, ela começa a guardar mágoa do pai que abandonou sua mãe, o irmão e ela - acredita que isso também possa ter a ver com o acontecido. Lex também está magoada com a própria mãe por estar afundada na própria dor do luto e esquecer, aparentemente, que ainda tem uma filha viva.
Apesar do caos que está sua vida, Lex começa a ter esperança de que tudo pode melhorar se ela passar na faculdade e mudar-se para um local onde não saibam que seu irmão cometeu suicídio.
Sem dúvida, a forma como Lex lidou com o luto é bem particular e ao fim do volume percebemos que ela conseguiu encontrar um ponto de equilíbrio, mas que tudo o que ela passou permanecerá com ela para sempre.
Lembro que esse livro foi muito hypado e acho que sei o motivo, consigo entender, mas hoje, com toda a bagagem literária que tenho o livro foi uma leitura apenas OK. Além disso por ser um livro muito triste, fiquei bem mal lendo, então vale reforçar que o emocional do leitor pode ser afetado, então entre nessa leitura sabendo disso e se prepare psicologicamente para ser gatilhado.
Espero que tenham gostado da resenha - um tanto quanto emocional - até o próximo post!
FICHA TÉCNICA |
Título Original: The last time we say goodbye Autor: Cynthia Hand Tradutor: Carolina Coelho Gênero: Ficção. Drama. Editora: Darkside Books Ano: 2015 | 352 págs. País de Origem: Estados Unidos Minha avaliação:⭐⭐⭐⭐(4/5) |
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