Queria Morrer, mas no Céu não tem Tteokbokki é um livro que traz uma abordagem sobre saúde mental de forma a tratar vários temas de suma importância e mostrar que ninguém está sozinho.
Saudações Leitores!
Queria Morrer, mas no Céu não tem Tteokbokki (originalmente publicado em 2018), foi escrito pela sul-coreana Baek Sehee é tornou-se um best-seller mundial devido a indicação de Namjoon (integrante da banda BTS), essa informação para mim foi irrelevante, mas como estou cada vez mais interessada em ler livros asiáticos, comprei o exemplar e me surpreendi porque pensava que era ficção, quando comecei a ler percebi que era quase uma biografia/livro de memória com registros de fragmentos de conversas sobre os mais diferenciados tópicos de Baek Sehee com seu psiquiatra.
Mesmo falando que o livro não foi o que eu esperava, quero alertar para o fato de que tive uma surpresa boa com a leitura até porque o volume toca em diversas pautas relacionadas a saúde mental que são demasiadamente importantes hoje e em qualquer tempo.
Isso me leva a pensar que a autora Baek Sehee deve ter vivido um grande dilema com essa publicação, pois o que sei é que em vários países da Ásia, falar de saúde mental é um tabu (me corrijam se eu estiver errada) e em Queria Morrer, mas no Céu não tem Tteokbokki temos uma coleção de temas a respeito e uma grande gama de reflexão que nos faz perceber que independente de sua raça, credo, posição social todos estamos a mercê de nossas emoções e nossa saúde mental pode ficar fragilizada em algum momento de nossa vida.
Em Queria Morrer, mas no Céu não tem Tteokbokki vemos acompanhar Baek Sehee conversando sobre diversos tópicos que a incomodam, que a deixam desconfortável, insegura e oprimida com seu psiquiatra, ela se vê diante de um diagnóstico de depressão e ansiedade e começa um tratamento, mas isso não quer dizer que ao iniciar o tratamento seus problemas irão sumir, pelo contrário, muitas vezes ela terá que se confrontar ainda mais com eles e terá dias bons e ruins nesse processo.
A verdade é que Baek Sehee vai falar sobre trabalho, sobre a questão da beleza, cobrança sociais, sobre não gostar do corpo, sobre morte, sobre o livre arbítrio e muito mais, inclusive sobre o tabu de se ter a saúde mental fragilizada e o quanto a pessoa começa a se sentir quebrada, fragilizada e, sobretudo, sozinha, por isso ela escreveu o volume para mostrar que ninguém está sozinho, que no mundo tem pessoas se sentindo de maneira semelhante e talvez o que devemos fazer é falar.
A forma como a autora vai fazendo a colocação de pensamento é de fácil identificação, embora alguns pensamentos dela eu não compartilhe e outros sejam bem diferentes dos meus atualmente, mas reconheço que em algum momento já pensei algo parecido ou já me vi diante de pessoas com estes pensamentos, então é um livro fácil de ser consumido, no sentido de proporcionar uma leitura fácil, não sobre as temáticas.
Os temas abordados são espinhosos e merece um cuidado por parte do leitor, pois é possível engatilhar algo em seu interior. Acho que Queria Morrer, mas no Céu não tem Tteokbokki é uma leitura válida, no entanto evite e com sede de mais ao pote, porque é um livro OK, ele cumpre o que se propõe: mostrar que mais pessoas podem se sentir de certa maneira, mas não quer promover mais nada além disso - o que é bom também, pois sabemos que cada caso é bastante específico.
Espero que tenham gostado do post, até o próximo!
FICHA TÉCNICA |
Título Original: 죽고 싶지만 떡볶이는 먹고 싶어 Autor: Baek Sehee Tradutor: Rafael Bisoffi Gênero: Memória. Biografia. Editora: Universo dos Livros Ano: 2023 | 320 págs. País de Origem: Estados Unidos Classificação: +14 Aviso de Conteúdo: Doença Mental. Gordofobia. Violência doméstica. Álcool. Abuso Emocional. Pensamentos suicidas (menção). Minha avaliação:⭐⭐⭐(3/5) |
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