Saudações Leitores!
O Substituto foi a leitura de janeiro do Clube do Livro que faço parte, mas não o colocaria na minha lista de favoritos e nem de melhores livros já lidos, mas, definitivamente, o colocaria entre os livros mais fofos e com uma das capas mais lindas que já vi [desses livros que qualquer pessoa compraria pela capa]. Entenda o porquê de minha afirmação lendo a resenha:
O Substituto. Brenna Yovanoff. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012, 336 pág.
Tradução: Bruna Hartstein.
O primeiro livro de Brenna Yovanoff com o título
original The Replacement (A
Substituição) foi publicado pela Bertrand Brasil com o título O Substituto.
O livro traz uma história bizarra de seres
inomináveis que vivem ocultamente na cidade Gentry, entretanto, apesar de
nenhum dos moradores da cidade falarem sobre o assunto, aparentemente, todos
sabem dos fatos estranhos que acontcem na cidade e que a cada sete anos faz uma
criança morrer.
A verdade, pura e simples, é que não se pode entender uma cidade. Pode-se conhecê-la, amá-la e odiá-la. Pode-se jogar a culpa nela, ficar ressentido, mas nada vai mudar. No fim, a gente continua sendo parte dela. (p.44)
A história tem como narrador personagem Mackie que é o substituto, entretanto a história tem prosseguimento quando a irmã de Tate
aparentemente morre, mas todos sabem que aquele corpo encontrado no berço da
irmã dela é o de uma coisa inominável e não o da criança: houve uma substituição!
Muitos são os acontecimentos para se encontrar a irmã
de Tate, ou melhor, tentar descobrir se a criança está viva ou morta. Mackie é
o único que pode ajudar, embora ele nem saiba como.
A intenção é uma das forças mais poderosas que existe. A sua intenção ao fazer qualquer coisa irá sempre determinar o resultado. A lei molda o mundo”.(p.119)
Sabe uma história fofa?
Então: O Substituto tem uma história bem fofa, linda e cute, mas acredito que
poderia ter sido melhor, mais bem elaborada. Apesar disso a autora Brenna
Yovanoff tem tudo para evoluir, pois escreve muito bem.
Acredito que o que mais me
incomodou na história foi o personagem Mackie, achei ele fofo demais para ser
um ‘ser de outro mundo’ ou fofo demais para ser do sexo masculino, às vezes,
tinha a impressão de que a história estava sendo narrada por uma menininha.
Outro ponto surreal é os
monstros extremamente bizarros e que deveriam ser assustadores, mas acabavam
não sendo, logo a impossibilidade de nomeá-los tornava a história estranha e
terminologias como Casa do Caos, Casa do Desespero, para mim, foram
demasiadamente infantis. Na conclusão e no desfecho do livro ficaram muitos
pontos sem resposta. Mesmo com o livro sendo dividido em quatro partes: 1. Os Segredos dos Vivos; 2. As Mentiras que as
Pessoas Contam; 3. Os Mortos-Vivos; 4. Eles, muitas partes ficaram sem
explanação convincentes. Para mim, livro tem que convencer o leitor!
Apesar destes pontos a
atmosfera lúgubre e gótica em todo o livro e extremamente misteriosa é
excitante, não obstante, continuo achando que O Substituto tinha tudo para ser muito melhor. A ideia era boa, mas o seu desenvolvimento 'pecou' em muitos pontos.
Minha indicação vai apenas
para aqueles que querem se distrair e gostam de uma narrativa encantadora e
fofa, com várias citações lindinhas e profundas, mas que não se importam com os
‘furos’ na história. Não estou dizendo que
o livro é ruim, mas confesso que não correspondeu com minhas expectativas e
mesmo sem corresponder à elas, reconheço que é uma leitura agradável.
Camila Márcia