A Estrangeira não foi um livro que me marcou, ainda que reconheça sua importância dentro da literatura contemporânea e sua qualidade literária
Saudações, Leitores!
A Estrangeira (La Straniera, 2019), escrito pela americana-italiana Cláudia Durastanti, foi um livro que me chamou atenção pelo título e, especialmente, pela proposta: uma autobiografia com nuances de ensaio e uma escrita fragmentada, que se apresenta quase como um quebra-cabeça de identidades, lugares, idiomas, silêncios e deslocamentos. A autora, Cláudia Durastanti, filha de pais surdos e imigrantes italianos, parte de sua própria história para abordar questões universais como pertencimento, língua, família e marginalidade. E, antes de mais nada, é importante dizer que a estrutura fragmentada pode ser um ponto muito atrativo para alguns leitores — mas, no meu caso, foi o início do distanciamento com o livro, ademais essa é uma autobiografia romanceada, portanto não sabemos de fato o que é real e o que é uma versão particular de narrar.