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Saudações Leitores!
Estava tão empolgada para ler Sejamos Todos Feministas* que assim que tirei ele do envelope parti para a leitura, fiquei surpresa porque esperava uma versão maior do livro e ele é bem pequeno, mas muito delicioso e com grande alegria venho contar para vocês essa fantástica experiência literária.

Sejamos Todos Feministas, Chimamanda Ngozi Adichie, São Paulo: Companhia das Letras, 2015, 64 pág.
Traduzido por Christina Baum

We Should All Be Feminists (2012-2014) escrito pela nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie que é uma escritora best-seller e ganhadora de prêmios e traduzida para vários países, é a escritora de Meio Sol Amarelo (2008), Hibisco Roxo (2011) e Americanah (2014).
Sejamos Todos Feministas é o resultado modificado de uma palestra que Chimamanda apresentou em 2012 no TEDxEuston, uma conferência anual com o foco na África, em que ela resolveu falar sobre como os estereótipos  limitam e formam o pensamento de milhares de pessoas, percebendo que a palavra “feminista” sofreu um estereótipo e por isso lançou o convite para que “Sejamos Todos Feministas”.
Desse modo, esse livro, com menos de 70 páginas, vem a ser uma visão sensível e um passeio sobre o que leva a palavra e o ser “feminista” a, de maneira geral, ser visualizada de maneira negativa e até pejorativa na sociedade.
Chimamanda Ngozi Adichie nos alerta para o erro que muitas vezes cometemos ao falar sobre o feminismo e o seu real significado. O quanto às pessoas ainda tem a noção de que o feminismo é uma versão masculina e autoritária da mulher, o quanto uma mulher feminista é vista como antiquada, libertária, feia, amargurada. Mas ser feminista não é nada disso, uma mulher pode ser feminista e ser feliz, se amar, ser bonita.
Aliás, Chimamanda, deixa claro, nas entrelinhas, que qualquer pessoa pode ser feminista (sim, até mesmo um homem) porque isso é uma questão cultural. Olhar a mulher como alguém inferior é uma questão cultural, e totalmente absurda em pleno o século XXI.
 "A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da nossa cultura, então temos que mudar nossa cultura." (p.48)
 A igualdade dos gêneros, os direitos iguais, não significam visões iguais, mesmo com essas conquistas feministas, a mulher ainda não é vista como igual. A mulher ainda ganha salários diferenciados, mesmo nas mesmas funções que os homens, é aquela que trabalha fora e em casa, que tem que carregar nos ombros a criação dos filhos e agradecer quando os homens (maridos, filhos, pais) fazem algo por elas, como se não tivessem as mesmas responsabilidades ou as mesmas condições de fazer o que ela faz.
O livro Sejamos Todos Feministas, encheu-me de uma alegria que não posso expressar por palavras, porque eu me considero feministas e eu gostaria de ter lido este livro na época que escrevi minha monografia, que foi respaldada na representação feminina e este livro teria me dado uma luz ainda maior a cerca deste universo que temos ainda que conquistar, porque querendo ou não, ainda vivemos numa sociedade falocêntrica.
A única coisa que lamento em Sejamos Todos Feministas é do livro não ser um pouco mais volumoso, quando terminei de ler, fiquei com aquele gostinho de quero mais e com um único anseio: uma vontade de ler outros livros da Chimamanda Ngozi Adichie, pois tenho certeza que irei me identificar com as suas histórias e ela tem um grande potencial de se tornar uma das minhas escritoras favoritas.


*Esse livro foi cortesia da Editora Companhia das Letras, para saber mais sobre o mesmo, clique AQUI.

Resenha: Sejamos Todos Feministas - Chimamanda Ngozi Adichie

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Saudações Leitores!
Quando soube do lançamento de Poética quase enlouqueci com a necessidade de ler este livro, eis que solicitei à parceira Companhia das Letras que, gentilmente, cedeu um exemplar para a resenha. Estou muito agradecida. Infelizmente, meu exemplar não chegou em boas condições, os Correios nem sempre são cuidadosos com nossos pacotes, mas enfim, o que conta é o conteúdo e o que me fez sentir, esta parte vocês ficam sabendo na resenha abaixo.

Poética, Ana Cristina Cesar, São Paulo: Companhia das Letras, 2013, 504 pág.


Poética trata-se de um livro com as obras de Ana Cristina Cesar ou simplesmente Ana C.. Ana era uma poetisa e tradutora carioca vinculada a Poesia Marginal, portanto um dos nomes marcantes da geração mimeógrafo. Carioca, nasceu no ano de 1952 e suicidou-se aos 30 anos, em 1983, atirando-se pela janela do apartamento do oitavo andar.
Este livro contempla as publicações de livros e também inéditos. Temos: Cenas de Abril, Correspondência Completa, Luvas de Pelica, A Teus Pés: prosa/poesia, Inéditos e dispersos: poesia/prosa, Antigos e Soltos: poemas e prosas da pasta rosa, Visita à Oficina.
Poética em uma palavra é: Lindo. Temos as poesias e prosas de uma escritora que marcou a história da literatura brasileira e que cultivou uma forma peculiar de escrever, poesias/prosas que retratam o singular comum, cenas cotidianas e pensamentos fugazes ou não, Ana C. fala descaradamente de sentimentos pulsantes que não são vistos, mas sentidos, fala do âmago da alma.
Sua forma de escrever que, muitas vezes, parece um devaneio desordenado, mostra cenas e lapsos de vida, vida que vem acompanhada de morte, porque viver é estar a um passo de morrer. Vida comum, embebidas de comportamentos amorosos, tensos e raivosos.
A poesia/prosa de Ana C. é completamente atraente para os que se dispõem a ler e reler várias vezes, muitas vezes não conseguimos chegar ao âmago do que está dito se não nos propusermos a reler o que está escrito, repito: uma escrita singular.
Só posso dizer que foi uma surpresa boa conhecer a obra de Ana Cristina Cesar, pois até então não tinha lido nada da escritora, mas a li com carinho e muitas coisas ficaram, sobretudo uma vontade imensurável de falar da poesia de voz feminina, fazer um estudo da obra de Ana C. talvez eu encare o desafio!
Quero falar um pouco sobre o trabalho estético maravilhoso que a Companhia das Letras realizou em Poética, o livro tem ilustrações da própria Ana C., tem ilustração de páginas escritas manualmente por Ana e as letras do livro não são da cor padrão de todos os livros: pretas; elas são azuis!
Para finalizar, não sei se a poesia/prosa de Ana C. é para qualquer tido de leitor, possivelmente muitos irão gostar, mas uma boa quantidade de pessoas não irá. Acredito que Ana C. deve ser lido principalmente por quem gosta de poesia, mas não qualquer principiante na arte da sensibilidade em versos...

Camila Márcia

Resenha: Poética - Ana Cristina Cesar

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

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