Saudações Leitores!
Quero falar e, talvez, apresentar para vocês a Graphic Novel Lucille que foi um grande achado para mim, antes de entrar nessa vibe de GN, HQ eu nunca tinha ouvido falar desse livro e agora que o conheço só queria poder fazer com que outras pessoas também o conhecesse...
Lucille, Ludovic Debeurme, São Paulo: Barba Negra (Leya), 2011, 544
pág.
Traduzido por Maria Clara Carneiro e Valérie Lengronne
Quando 'descobri' Lucille estava procurando por
Quadrinhos no Skoob e acabei me encantando com a proposta da sinopse, portanto
comprei o exemplar e essa leitura me tocou profundamente.
Escrito pelo Frances Ludovic Debeurme, Lucille,
aborda temas profundos e tocantes na nossa sociedade, aparentemente a Graphic
Novel pode parecer simples, pois o traço minimalista de Debeurme dá uma leveza
aos acontecimentos e ao mesmo tempo deixa de trabalhar detalhes e cenários para
colocar em cena tão somente os personagens principais e seus sentimentos.
Vamos acompanhar a história de Lucielle e, paralelamente,
Arthur. As duas história se encontram e são bem sensitivas. Lucille é uma
adolescente que tem baixa estima e está preocupada excessivamente com a beleza
padronizada e isso a transforma numa anoréxica, ao passo que Arthur vive
seus dilemas e melancolias de seguir os passos do pai: pescador e alcoólatra, e, por fim adotar o nome do pai, quando este comete suicídio.
Nesse ínterim Lucille e Arthur se conhecem e os dois se
juntam em busca de traçarem seus caminhos independente de seu passado ou
história familiar. Os dois fogem e vão viver suas próprias experiências e ao
mesmo tempo aprenderem a lidar com seus problemas psicológicos. Tudo isso é
muito bem trabalhado na Graphic de Debeurme, de tal forma que é impossível não
se emocionar com o desenrolar da história.
Realmente fiquei mal quando terminei Lucille,
não porque a história fosse ruim, pelo contrário ela é excelente, mas mexeu
demais com meus sentimentos e fiquei agoniada ao ver dois personagens incríveis
e tão jovens vivendo problemas tão pesados sem ajuda de ninguém, mesmo que se
amassem, ambos tinham coisas demais para salvarem um ao outro. A história é
bonita, é singela, mas intensamente real, serve para nos abrir os olhos para a
anorexia e os sentimentos vividos por quem tem essa doença e para a depressão e
a busca da identidade, afinal todo mundo quer se conhecer, mas é um processo
difícil, sobretudo quando se está sozinho.
Sempre esses temas e a transição das etapas da vida geram
ótimos livros, acredito que esse processo levante tantos questionamentos que os
livros são uma tentativa de detectar, salientar e mostrar ao leitor o quanto
pode ser difícil se descobrir quando não se tem apoio e amor.
Para quem curte Grapich Novels, Lucille, é uma maravilhosa aposta.
Para quem curte Grapich Novels, Lucille, é uma maravilhosa aposta.