Saudações Leitores!
Vim divulgar um concurso que a Editora Biruta, parceira aqui do De Livro em Livro, juntamente com Ciência Hoje das Crianças estão realizando e o ganhador vai ganhar presente especial da Editora Biruta.
Em que consiste este concurso? O autor Cesar Cardoso foi convidado pela editora para dar largada/início a história que se chama Do Tamanho do Maracanã em que os participantes devem continuá-la, vejam as regrinhas abaixo:
- A continuação da história deve ter entre 2000 e 2500 caracteres, com espaço;
- Envie seu texto para blog@blogbirutagaivota.com.br;
- Especifique no assunto o nome da seção (Autor da Vez) e o nome do autor que você vai continuar a história (Cesar Cardoso);
- É permitido o envio de um texto por pessoa;
- O prazo para envio é de um mês a partir da data do post – aceitaremos as continuações até o dia 21 de Abril
- O(a) autor(a) da história escolhida levará para casa o livro Você não vai abrir?, escrito pelo Cesar Cardoso; além de uma assinatura digital da revista Ciência Hoje das Crianças.
DO TAMANHO DO MARACANÃ
Nem era meu aniversário, mas o pai trouxe uns panos todos coloridos e
disse pra mãe fazer uma camisa, um calção e uma bandeira pra mim. Tinha
verde, amarelo, azul e branco, e eu perguntei se não podia ser tudo
azul. O pai berrou pra eu largar de ser besta, azul era a cor da
Argentina, que era o inimigo. Eu não sabia e até perguntei pro pai por
que a Argentina era o inimigo, mas o pai não ouviu. Ele não gosta muito
de ouvir, prefere é falar. E falou: te prepara porque você vai na final,
na final. Lá no Maracanã.
No Maracanã!
A mãe foi logo pra máquina de costura e depois me chamou pra
experimentar a roupa nova com aquelas cores todas. Eu perguntei pra ela
como é que a gente se prepara para ir na final, mas a mãe só disse que o
Maracanã era enorme e que eu não podia largar a mão do pai de jeito
nenhum.
E passou o tempo todo repetindo: de jeito nenhum, de jeito nenhum.
A mana veio me espiar e ficou falando que aquilo era roupa de palhaço
e que eu era palhaço. Eu expliquei que não era nada disso e eu até quis
a roupa toda azul mas é que azul é a cor do inimigo, que é a Argentina.
Ela disse que a Argentina não era inimigo coisa nenhuma e que eu só
pensava isso porque era palhaço. E repetiu: “palhaço, palhaço!”. Eu
comecei a brigar com ela, mas aí o pai chegou, perguntou logo se a gente
queria dormir quente e mandou nós dois pra cama.
Foi uma dificuldade pra eu dormir. Só ficava tentando adivinhar qual
seria o tamanho do Maracanã, onde o pai ia me levar. O pai já me levou
no cinema, na lanchonete e na praia, mas nunca nesse Maracanã, que era
enorme. Antes de ir pra cama, eu me escondi atrás da porta do quarto do
pai e ouvi a mãe perguntando pra ele se não era perigoso porque era
final. E repetia “final, final”. Eu ainda pensei – será que o Maracanã
ia acabar? O pai falou que não tinha perigo nenhum, mas a mãe achou que
eu podia me perder.
E se eu me perdesse, será que o dono do Maracanã me trazia de volta?
Cesar Cardoso
Então, já estão com a cabecinha de vocês fervilhando de ideias? Participem, queridos, concursos assimalé de divertidos, são bem legais e ainda vão ganhar prêmios!!!! Caso vocês tenham alguma dúvida, acessem o blog da editora e vejam os detalhes: AQUI.