Saudações Leitores!
Venham conferir meu veredito EM VÍDEO do livro Agora que Ele se Foi, mesmo já tendo resenha escrita aqui no blog, quis levar um veredito sobre o livro lá pro canal e conto com o suporte de vocês, espero que gostem.
Saudações Leitores!
Venham conferir meu veredito EM VÍDEO do livro Agora que Ele se Foi, mesmo já tendo resenha escrita aqui no blog, quis levar um veredito sobre o livro lá pro canal e conto com o suporte de vocês, espero que gostem.
Saudações Leitores!
AGORA QUE ELE SE FOI (Clap When You Land, 2020) é mais um livro de Elizabeth Acevedo publicado no Brasil, cujo primeiro livro foi A Poeta X que é um dos meus favoritos da vida, a propósito, essa nova publicação se encaixa no mesmo patamar: cinco estrela e favoritado!
Em AGORA QUE ELE SE FOI vamos acompanhar através de uma estrutura de poema a história de Camino Rios e Yahaira Rios através da alternância entre a "narrativa" das duas. Enquanto Camino mora em um barrio na República Dominicana junto com sua tia desde que sua mãe morreu e seu pai mudou-se para Nova York; Yahaira mora em Nova York com seu pai e sua mãe, de modo que vive uma vida aparentemente normal, mas ainda assim complexa por ter descendência de dominicana e ver que seus pais não se dão tão bem assim, seus momentos de conforto é quando está com sua namorada.
"Não se deve deixar palavras atrapalharem possibilidades desconhecidas."
O que Camino e Yahaira não sabem é que são irmãs e que seu pai tem uma vida dupla e enquanto uma boa parte do ano passa em Nova York, há sempre alguns meses que viaja para a República Dominicana para ficar com sua outra família; mas as duas estão a ponto de se conhecerem, de forma dramática e após uma terrível catástrofe: o avião em que o pai de Camino e Yahaira voava rumo a República Dominicana caiu e não houve sobreviventes.
Duas famílias, duas meninas vão ser terrivelmente modificadas após essa catástrofe e a vida de todo jamais serão a mesma, afinal, muito segredos serão revelados, muitas mágoas serão expostas e muita dor, medo, frustração e decisões terão de ser tomadas e enfrentadas.
"Dois meses para fazer dezessete anos, dois pais mortos,/ & uma tia que parece preocupada/ porque nós sabemos que sem meu pai,/ sem sua ajuda, a vida que conhecemos acabou."
Apesar de todo o clichê em AGORA QUE ELE SE FOI pois sabemos que tanto Camino e Yahaira eventualmente irão descobrir sobre a existência uma da outra e que vão bolar planos para se encontrarem e poderem prestar uma última homenagem ao pai, que por decisão da família ia ser enterrado na República Dominicana, o livro tem muitos plot twist que me emocionaram e me assustaram também, pois tiveram vários momentos de tensão.
No entanto, o que mais me encantou em AGORA QUE ELE SE FOI são as reflexões que Elizabeth Acevedo colocou em pauta sobre família, sobre luto, sobre se adaptar, sobre a fragilidade da vida, bem como também sobre o quanto podemos idealizar nossos pais e esquecer que são seres humanos e que tem segredos e não são perfeitos.
"& então me lembro de que para caminhar neste mundo/ é necessário ser gentil, mas também feroz."
O livro mostra realmente vários contornos das possibilidades de acontecimento de quando uma pessoa morre e o quanto isso pode desestruturar toda uma família, mostra também o quanto catástrofes chamam atenção de todos por um tempo e inevitavelmente depois ninguém fala mais sobre o que aconteceu, porém para a família dos envolvidos a situação nunca será esquecida.
AGORA QUE ELE SE FOI é um livro que me emocionou demais mesmo em todos os sentidos e eu não conseguia soltar, porém quando precisava parar de ler eu vivia aquela adorável experiência de ficar lembrando da história e vivendo as páginas do livro enquanto fazia outras coisas.
Para completar, mesmo sendo uma história totalmente fictícia, Acevedo, prestou uma bela homenagem a todas as vidas perdidas na queda do voo 587 da American Airlines com destino à República Dominicana, e entre alguns dos passageiros haviam pessoas que tinham duas famílias e tiveram seus segredos revelados de forma tão brutal como se não fosse marcar as vidas dos familiares e amigos.
Para concluir só posso dizer uma coisa: leiam esse livro, se apaixonem por essa história tanto quanto eu e venham fazer parte do time que panfleta Elizabeth Acevedo nas terras tupiniquis.
"Como é possível perder uma pessoa inteira,/ apenas para ganhar de volta uma parte dela em alguém completamente novo?"
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