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Saudações Leitores!
Ainda estou apaixonada por essa Graphic Novel Azul é a Cor Mais Quente, pois foi uma surpresa incrível e adorei acompanhar a história Clémentine e Emma, quero dividir com vocês essa experiência...


Sempre que um livro me comove e me deixa com o coração apertadinho acho difícil escrever sobre ele. Já faz alguns dias que li a Graphic Novel Azul é a Cor Mais Quente e tenho me preparado psicologicamente para escrever minha opinião. 

Essa Graphic Novel foi escrita pela francesa Julie Maroh em 2010 com o título original Le Bleu Est Une Couleur Chaude e ganhou uma adaptação cinematográfica em 2013 intitulado La Vie d'Adèle, ambos (livro e filme) ganharam prêmios. 


De maneira geral o livro vem a tratar do relacionamento homossexual entre Clémentine e Emma. Não quero contar minunciosamente o enredo, mas para resumir quero apontar que Clémentine é uma adolescente de 15-16 anos que cursa o colegial e não consegue entender o motivo de não se sentir atraída por garotos, afinal ela, como garota, deveria sentir atração por garotos. 


Há todo um processo que Clém terá que passar até reconhecer que é gay e que está apaixonada por Emma, uma garota espontânea, decidida e cheia de autoestima que conheceu num bar gay. Há todo um processo até as duas se envolverem realmente, pois Emma já tem uma namorada e tem medo de arriscar a estabilidade de sua relação por Clém, afinal a adolescente, no começo, não se sente segura para amar outra mulher.

Azul é a Cor Mais Quente é um livro tão lindo e delicado que chega a doer o coração do leitor, porque tem muita sensibilidade envolvida e você consegue ver de perto o processo, os medos, dúvidas falta de apoio e preconceitos pelos quais Clémentine passou. 


Uma sacada bacana também da Graphic Novel é que ela começa pelo fim, já meio que sabemos o que acontece com o relacionamento e a vida de Clémentine e Emma, mas não sabemos as causas, motivos e consequências de fato, pois tudo se passa através da leitura que Emma faz dos diários de Clémentine.

Azul é a Cor Mais Quente foi uma Graphic Novel que me envolveu bastante, do tipo que não consegui parar de ler e ao chegar ao fim me emocionar com a profundidade do trabalho. É extremamente gratificante - como leitora - chegar ao fim de um livro com essa sensação de infinito, de que aquela leitura me mudou, mudou a minha forma de ver determinados relacionamentos. Ensinou-me a respeitar mais as diferenças. 


Quando finalizei a leitura eu só conseguia pensar numa pergunta que, para mim, é tão crucial para a existência: Por que existe tanta maldade no mundo se o amor é tão mais bonito? Fica aqui a reflexão e a indicação de uma Graphic Novel que traz em sua essência o amor, o respeito, o poder das decisões e as consequências dos atos. Amar nos torna diferentes, mas nem mesmo o amor faz com que evitemos errar... algumas vezes.

Emma… você tinha me perguntado se eu acreditava no amor eterno. O amor é abstrato demais, e indiscernível. Ele depende de nós, de como nós o percebemos e vivemos. Se nós não existíssemos, ele não existiria. E nós somos tão inconstantes… Então, o amor não pode não o ser também. O amor se inflama, morre, se quebra, nos destroça, se reanima… nos reanima. O amor talvez não seja eterno, mas a nós ele torna eternos… Para além da nossa morte, o amor que nós despertamos continua a seguir o seu caminho. (p. 157)

Resenha: Azul é a Cor Mais Quente - Julie Maroh

quinta-feira, 9 de junho de 2016

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