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Saudações Leitores!
Sou fã de literatura infantojuvenil e acho aquelas bem loucas muito engraçadas e divertidas, por isso, foi impossível não acompanhar a trilogia Os Defensores que chega ao fim com o livro Caminho Selvagem*, fiquei triste por terminar a trilogia, mas valeu a pena então, agora, vocês podem conferir a resenha logo abaixo

Os Defensores III: Caminho Selvagem, Lian Tanner, São Paulo: Farol Literário, 2014, 352 pág.
Traduzido por Ana Ban

Os Defensores: Caminho Selvagem foi publicado originalmente em 2009 com o título The Keepers: Path of Beasts e se trata do terceiro e último livro da trilogia Os Defensores, cujos livros antecessores foram Museu de Ladrões e Cidade de Mentiras. Escrito pela australiana Lian Tanner a trilogia chega ao fim de uma maneira coerente e bizarra.
A narrativa continua exatamente de onde parou o livro anterior Cidade de Mentiras, os defensores do Museu de Dunt voltam para Jewel e a encontram tomada pelo irmão da Protetora, os Mercenários e os Guardiões. Tudo está um caos e toda a população vive com medo.
Goldie, Toadspit, Bonnie, Mouse, Snew, Olga Ciavolga, Herro Dan, Broo e Morg começam imediatamente a bolar estratégias para voltarem a tomar Jewel das mãos tirânicas do irmão da Protetora, e nesse ínterim tentam acalmar o Museu que está constantemente irritado e a ponto de soltar as pragas, guerras e todas as coisas ruins na cidade.

"O Museu de Dunt não era um museu qualquer. Suas salas do fundo abrigavam quinhentos anos de história viva, boa parte dela violenta. Se o Orientador atacasse o museu com seu canhão enorme, aquela violência iria explodir para as ruas de Jewel, levando morte e destruição a todos na cidade." (p.57)

Goldie, nesse livro também tem que se defender de sua mentira, para sair de Spoke, tiveram que fazer parte da grande mentira, mas Goldie não deixou a grande mentira lá, dentro dela continua a princesa Frisia que anseia por vingança e sangue derramado, Goldie terá que lidar com isso.

Em Caminho Selvagem, temos uma história mais agitada e aventureira, só que a maior parte dela se dá por conta das estratégias de guerra. Lian Tanner escreveu uma trilogia que é completamente surreal e ao mesmo tempo convence o leitor e o faz se imaginar dentro daquela história. Quando leio Os Defensores sempre tenho a impressão de que Lian escreveu esta história se divertindo muito.
Gostei de ver o quanto os personagens evoluíram durante a trilogia e o quanto o poder da amizade e da união deles tornou tudo possível. Esta história de aventura resguarda doses intensas de amizade e seu valor.
Os Defensores: Caminho Selvagem (não só este livro, mas toda a trilogia) é muito divertido e merece ser lido sem grandes pretensões, além do mais o leitor deve abrir a mente para as coisas mais bizarras, é um mundo novo e tudo o que acontece ali é inédito então é aventura na certa.
Em suma, vou ficar com saudade desta trilogia, mas achei que ela terminou de uma maneira brilhante, embora o último livro não tenha se tornado meu favorito reconheço que se trata de um excelente desfecho. Portanto, vale a pena conferir!

Camila Márcia

*Este livro foi cortesia da Farol Literário

Resenha: Os Defensores 3: Caminho Selvagem - Lian Tanner

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Saudações Leitores!
Nesse mês a Farol Literário publica o último livro da trilogia OS DEFENSORES, cujo título é Os Defensores - Caminho Selvagem, escrita pela australiana Lian Tanner. Mas, para quem acompanha a trilogia desde 2012, com certeza, alguns detalhes foram esquecidos e a Paula Thomaz (da Editora farol) fez uma postagem bem interessante no blog da Editora Farol Literário e hoje estou trazendo para vocês, mas caso queiram conferir a postagem original basta conferir: Guia de personagens da série "Os Defensores" parte I e Guia de personagens da série "Os Defensores" parte II.

Os Defensores - Museu de Ladrões

No primeiro livro, quando nos deparamos com um museu cheio de armadilhas e segredos despertos, encontramos Goldie Roth, que tem usado as cadeias de punição mais do que qualquer outra criança na história da cidade de Jewel, tem uma natureza ousada a ponto de dizer que “a Guardiã da Esperança é uma praga de rato”. Seu broche, um pequeno pássaro azul com asas estendidas, pertencia à sua tia Praise, que desapareceu em circunstâncias misteriosas há muitos anos. Quando os Guardiões Abençoados tentam esmagar o espírito de Goldie, ela toca seu broche. Sua melhor amiga é Favour Berg.


Toadspit aprendeu a abrir fechaduras quando ele tinha dez anos. Seus pais pensavam que ele estava aprendendo a tricotar. Ele é um ladrão habilidoso e um excelente mentiroso. Ele tem um temperamento explosivo, mas se coloca  frente a frente com o perigo por seus amigos e familiares sem pensar duas vezes. Ele odeia os Guardiões Abençoados tanto quanto Goldie. Seu melhor amigo é um pássaro, a Morg, uma slaughterbird. Às vezes ele pensa que ela é a única pessoa que o entende.


A maioria das pessoas pensam que os cães brizzlehounds estão extintos – se é que alguma vez eles existiram. Segundo a lenda, eles eram enormes e brutos com olhos vermelhos e com as mandíbulas cheias de baba. Eles se escondiam em becos escuros e saltavam rugindo para matar todas as crianças loucas o suficiente andar por ali. Diz-se também, embora ninguém acredite, que eles podem falar e que o mero som de sua voz era suficiente para atacar uma pessoa.


Morg é uma slaughterbird (um pássaro) que gosta de olhos. Não importam de que cor. Azuis, verdes, marrons, ela não é exigente, todos eles são iguais. Como o brizzlehound, ela é uma das criaturas dos velhos tempos de Dunt. Ela saiu do ovo há quinhentos anos e tem um carinho especial pelo garoto Toadspit. Suas penas da cabeça são tão pretas que elas poderiam ser um de seus próprios filhotes. Ela acha uma pena que Toadspit se recuse a aprender a voar.

Ao contrário de seu irmão, o Orientador, a Grande Protetora quase nunca pensa sobre sua aparência. Ela é míope e uma vez que foi para o escritório de chinelos. Ela também é resistente, pensativa e inteligente, e se esforça para ser justa, exceto quando os calos nos dedos dos pés a estão machucando. Ela nunca gostou de seu irmão, e suspeita de que ele tenha sido adotado.


O Orientador é um homem bonito que tem  talento para manipular as pessoas. Seus Guardiões Abençoados o adoram, e quem pode culpá -los, ele adora a si mesmo! Ele gosta da antiga arte da esgrima. Quando ele era um bebê, a primeira palavra que aprendeu foi “é meu!" Ele nunca gostou de sua irmã, e suspeita de que ela tenha sido adotada.


A Guardiã da Esperança adora ser uma Guardiã Abençoada mais do que qualquer coisa no mundo. Ela usa seu distintivo oficial até quando vai dormir, preso à frente da sua camisola. Quando ela está no banho, ela o segura preso entre os dentes. À noite ela sonha com o dia em que o Orientador vai finalmente perceber o quão inteligente, espirituosa e linda ela é. Ela não gosta de crianças.


Herro Dan vive no museu desde o começo de tudo, há quinhentos anos. Ele é mais velho do que parece. Ele é um dos Furuuna, pessoas que viviam na Península Faroon antes da chegada dos invasores de Merne. Toda a sua família foi morta quando ele era um menino. Apesar disso, há algo de muita tranquilidade e bondade que vem dele. Ele ama Olga Ciavolga e ela o ama.



Olga Ciavolga carrega os ventos do mundo nos nós de seu lenço. Ela é uma mulher de idade avançada e de muita opinião. Durante a sua longa vida ela aprendeu muito da sabedoria, que ela usa em sua posição de segunda defensora. Ela tem uma caída por animais.


Sinew tem um talento para a dissimulação. Certa vez, ele entrou na casa do Arrependimento em pleno dia, roubou um monte de arquivos e saiu sem ninguém tê-lo visto.  Ele também tomou a espada favorita do Orientador e a jogou  no canal Dead Horse. Ele é os olhos e ouvidos de Olga Ciavolga e de Herro Dan na cidade. Quando criança, ele era estranho e infeliz, até o dia em que descobriu a música. O nome de sua harpa é Mercy.




Os Defensores - Cidade de Mentiras

Goldie Ninguém já foi Goldie Roth, uma menina ousada com talento para roubar. Goldie tinha uma casa e os pais que a amavam, mas Goldie Ninguém vive por sua inteligência nas ruas de uma estranha cidade cercada por inimigos. A única relíquia de sua antiga vida é o broche que ela usa preso dentro de sua jaqueta – um pequeno pássaro azul com as asas estendidas que costumavam pertencer a sua tia Praise, que desapareceu em circunstâncias misteriosas há muitos anos. Quando Goldie se sente solitária ou com medo, ela toca o broche que lhe dá coragem.


Bonnie
é tão teimosa quanto seu irmão Toadspit. Eles dois estão sempre brigando. Quando seus pais estão dormindo, Bonnie pratica com seu arco e flecha, atirando em postes da janela de seu quarto. E quando ela tem pesadelos ela pega o arco debaixo de sua cama, esfrega o rosto contra a madeira lisa e finge ser a princesa Frisia, a princesa guerreira da antiga Merne. O que ela mais odeia no mundo são as pessoas que maltratam animais.


O gato é descendente de ferozes gatos devoradores de homens que já habitaram a Península Faroon. É tão rápido e quase tão feroz quanto seus antecessores. Quando passeia pelas ruas de Spoke com suas orelhas esfarrapadas e movimentando sua  cauda, cachorros enormes rastejam pela sarjeta para se esconder. Ele nunca teve um nome, mas ele pensa de si mesmo como o gato dos gatos.

Flense gostaria de ser misteriosa como seu chefe Harrow, mas ela não é. Para compensar isso, ela criou um vício. Se alguém a desagrada , dá chicotadas na pessoa, e é tão livre para fazer isso que todos os outros membros da gangue de Harrow a odeiam. Flense também gosta de ser odiada. Isso dá a ela a desculpa para dar mais chicotadas.

Slommerkins, como brizzlehounds e slaughterbirds, foram extintos há séculos. Mas nos dias em que eles percorriam a Península Faroon, foram mais temidos do que os ferozez gatos. Eles não pensavam em nada além de alimentos. Eles tinham um desejo especial pela carne de crianças e gostavam de rolar sobre eles, para quebrar os seus ossos e amaciá-los antes de comer.


Pounce
é um menino manhoso e selvagem que teve de lutar pela sobrevivência desde o dia em que ele nasceu. Ele é um ladrão astuto e brilhante. Ele conhece as ruas de Spoke melhor do que ninguém. Ele conhece o mundo sob as ruas também, e um de seus alimentos favoritos é rato estufado. A única pessoa com quem ele se preocupa é seu amigo Mouse.


Mouse vive nas ruas de Spoke por tanto tempo que ele nem se lembra desde quando. Ele acha que tem sete anos de idade, mas ele não tem certeza. A única família que ele conhece é o amigo Pounce, que cuida dele, e uma dúzia de ratos brancos. Os ratos, que vivem em seus bolsos ou mangas, acreditam que ele seja um de seus bebês que cresceram demais. Ele nunca conheceu um animal que não tenha tido o poder de domar.


O passatempo de Cord, quando era menino, era matar coisas, o que lhe deu muita prática para seu trabalho atual com Harrow. Ele não ama nada além de sua faca favorita, que ele chama de Slither. Smudge, por outro lado, tem um coração suave . Ele foi muito provocado quando criança, porque ele era grande e pouco inteligente. Por isso ele ficou com Cord, que o protege de certa forma. Hoje em dia, as únicas coisas de que Smudge tem medo são fantasmas, demônios e Harrow. O que, em sua mente, são todos a mesma coisa.


O condutor da banda
tem uma paixão por moedas, especialmente pelas que ele mesmo faz. Ele se vê como um artista e não como um criminoso. Ele tem um bom coração e realmente não se importa de estar na Penitenciária porque muitos de seus amigos e colegas também estão lá. Mas ele está ficando terrivelmente doente.



Princesa Frisia viveu há 500 anos, no reino de Merne. Ela era uma guerreira, filha de guerreiros, e a última vez em que chorou foi em seu terceiro aniversário, quando ela foi tirada de sua ama para ser treinada para a guerra. O castelo onde ela morava era famoso por seus pomares que foram fertilizados com os ossos dos inimigos de Merne.


Harrow é um mistério. Ninguém, exceto Flense, sabe quem ele realmente é e de onde ele vem. As pessoas contam histórias sobre ele, em sussurros. Quando têm a certeza que ninguém está escutando. Mas não é saudável perguntar muito sobre Harrow, não em voz alta. A menos que você queira desaparecer  de repente.

Agora vamos esperar para embarcar na próxima aventura: Os Defensores - Caminho Selvagem, nos vemos lá!
Mas antes vocês podem conferir as resenhas que fiz dos dois primeiros volumes:
Os Defensores - Museu de Ladrões (I)
Os Defensores - Cidade de Mentiras (II)

Notinha 33#: Personagens da série Os Defensores

segunda-feira, 24 de março de 2014

Saudações Leitores!
Com vocês a resenha do segundo livro da trilogia Os Defensores, trilogia que muito tem me alegrado e cativado, e este segundo volume só veio me apaixonar ainda mais, agora já quase não consigo suportar a espera do terceiro livro! Obrigada a Farol Literário por me enviar o exemplar para resenha e, assim, ter me concedido a oportunidade de conhecer essa maravilhosa história. Confiram a resenha e não deixem de comentar peoples!!!


Os Defensores II: Cidade de Mentiras, Lian Tanner, São Paulo: Farol Literário, 2013, 312 pág.
Traduzido por Ana Ban
Ilustrado por Sebastian Ciaffaglione

Cidade de Mentiras é o segundo livro da trilogia Os Defensores, escrita por Lian Tanner, escritora australiana. Esta trilogia é composta pelos livros Museu de Ladrões, Cidade de Mentiras e Caminho Selvagem (ainda não publicado no Brasil).
Esse segundo livro da série vai contra todas as expectativas do leitor, quando chegamos ao final do primeiro livro Museu de Ladrões imaginamos que o cenário da narrativa será o mesmo encontrado lá, mas a surpresa é muito grande em Cidade de Mentiras e, garanto, não é uma surpresa ruim, pelo contrário, é uma surpresa incrivelmente fantástica e ainda mais surreal que o primeiro livro.
Cidade de Mentiras inicia seis meses depois dos acontecimentos do primeiro livro, a cidade de Jewel ainda está tentando se adaptar as inúmeras mudanças culturais e sociais que aconteceram, mas nem toda a população da cidade apoia as decisões da Protetora. E também, logo no princípio do livro, nas mãos da querida protagonista Godie Roth está à árdua decisão de se tornar ou não a guardiã do Museu de Dunt, já que o museu a escolheu como guardiã. Mas Godie se vê entre a cruz e a espada por não querer se afastar de Ma e Pa, que estão doentes e ela se julga culpada.
Então, certa noite, Godie e Toadspit vão ao Museu de Dunt dizer à decisão que Goldie tomou de não se tornar guardiã e são seguidos por Bonnie, irmã de Toadspit, e nesta fatídica noite Bonnie é raptada e Goldie e Toadspit vão perseguindo os sequestradores para tentar salvá-la. É assim que eles vão parar a bordo de um navio e são levados a cidade de Spoke.
Eis a grade surpresa: o universo mágico encontrado em Museu de Ladrões ainda está muito presente em Cidade de Mentiras, mas a surpresa maior é o deslocamento da narrativa, os leitores que esperavam a continuação ainda na cidade de Jewel e dentro do Museu de Dunt se surpreenderam com essa viagem marítima. Na cidade de Spoke acontece a temporada do Festival das Mentiras em que toda grande mentira pode se tornar realidade e esse ambiente mágico e surreal acompanha a narrativa.
Também somos apresentados a novos personagens como Mouse e Pounce e a muitos mistérios envolvendo personagens e a própria cidade de Spoke, além do mais neste segundo livro da trilogia o ritmo é mais frenético e cada página há uma aventura e um perigo a espreita. Mesmo com a narrativa principal sendo desenvolvida em Spoke, Lian Tanner, também nos proporciona uma narrativa secundária com os acontecimentos na cidade de Jewel e no Museu de Dunt, com o reaparecimento o Orientador e as manipulações dele e as ações da Protetora, Sinew, Olga Ciavolga, Herro Dan, Broo e Morg.
Como aconteceu no primeiro livro, o segundo termina de uma maneira singular e com um gancho incrível para novas aventuras, dessa vez em Jewel, que se tornou um caos ainda mais saliente que a cidade de Spoke e toda a sua áurea de mentiras. Definitivamente a curiosidade e a vontade de ler o terceiro e último volume da trilogia é grande e voraz.
Para concluir só posso dizer que essa trilogia conseguiu me cativar desde o primeiro livro que me introduziu nesse universo mágico da cidade de Jewel e do Museu, tenho grandes expectativas para o terceiro volume e digo a todos os leitores que caso tenham a oportunidade de ler leiam ou proporcionem a si mesmos a oportunidade de ler Os Defensores, trata-se de um infantojuvenil impressionante e cativante.

Camila Márcia

Detalhes do segundo livro da trilogia, que felizmente segue o padrão do primeiro e está lindo!

Resenha: Cidade de Mentiras (Os Defensores, vol. 2) - Lian Tanner

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Saudações Leitores!
Estou sofrendo de paixão por este livro e apesar de ter tentado fazer uma resenha coerente e sucinta creio que não consegui porque tem muito sentimento envolvido e eu quis passar todos eles para vocês e isso pode gerar confusão, só digo uma coisa: se eu realmente pudesse eu daria um exemplar desse livro para todos vocês! Acredito que todos mereciam ler um livro tão fantástico, encantador e maravilhoso como esse. Ok, parei, o restante do que penso vocês podem conferir na resenha, mas antes, quero agradecer a Farol Literário por ter me enviado o exemplar, sou uma leitora mais feliz por vocês terem me concedido a honra de conhecer essa livro.


Os Defensores I: Museu de Ladrões, Lian Tanner, São Paulo: Farol Literário, 2012, 344 pág.
Traduzido por Ana Ban
Ilustrado por Sebastian Ciaffaglione

Museu de Ladrões é o primeiro livro da trilogia Os Defensores, escrita por Lian Tanner, escritora australiana. No Brasil já foram publicados os dois primeiros da trilogia: Museu de Ladrões e Cidade de Mentiras, já o terceiro e último livro, Caminho Selvagem, ainda não foi publicado.
Essa trilogia nos apresenta um mundo novo e de certa forma podemos associá-lo com o mundo num futuro muito distante. A história se passa em Jewel, uma cidade tirânica em que toda a população é submissa a Protetora, que é a autoridade máxima, nessa cidade as crianças são tratadas como bebês e não lhes é permitido fazer nada para que não se machuquem e por isso elas vivem acorrentadas aos Guardiões Abençoados até o Dia da Separação.

"Mas havia um outro tipo de medo, o medo de você nunca ter permissão para ser quem é na verdade. O medo de que o seu verdadeiro eu teria que permanecer esmagado, como um passarinho engaiolado, pelo resto da vida. Esse medo era pior do que qualquer soldado." (p.195)

A narrativa em terceira pessoa permite ao leitor visualizar as cenas e observá-las sob diversos ângulos. Outro ponto que engrandece o livro são os personagens cativantes, até mesmo os antagonistas são encantadoramente incríveis, os personagens maléficos são realmente maléficos!
Goldie é uma das crianças que estão acorrentadas, mas ela vive desobedecendo as regras e acaba ficando de castigo, entretanto, no Dia da Separação, que foi diminuída para a idade de 12 anos ela se vê na esperança de se libertar, mas uma bomba explode em Jewel e causa um transtorno onde o Orientador dramaticamente surge e apavora todos os moradores da cidade, fazendo com que a Protetora desista de libertar as crianças das correntes e isso faz com que Goldie roube uma tesoura do tenente-marechal e fuja, atitude completamente inesperada e considerada um crime.

"Eles tentaram paralisar a vida. Eles queriam estar completamente seguros e serem felizes o tempo todo. O problema é que o mundo não é assim. Não é possível que montanhas altas existam sem vales profundos. Não é possível ter grandes alegrias sem grandes tristezas. O mundo nunca está imóvel. Passa de uma coisa à outra, para frente e para trás, como uma borboleta que abre e fecha suas asas." (p. 214-215)

Goldie assustada se esconde enquanto todos procuram por ela e depois perambula pela cidade tentando sair de Jewel e ir para Spoke, mas acaba indo parar num Museu supreendente e diferente, algo jamais imaginado por ela. O Museu parece ter vida e acolher de forma graciosa os ladrões – essa questão de ladrões é bem explicada no livro e diferencia-se um pouco de nosso significado – lá é como todo Museu: há coisas antigas e que não existe mais, isto é, tudo o que foi abolido de Jewel como violência, pragas, bichos, insetos e grandes perigos estão guardados no museu que vive em constante mudança.

"As salas pareciam não terminar nunca mais. Goldie sabia que o museu não tinha como ser assim tão grande, mas ele continuava se estendendo a sua frente. As portas em que eles passavam eram tão largas quanto bulevares. As vitrines formavam fileiras infinitas." (p.86)

Como todo o museu há pessoas responsáveis por cuidar dele, mas esse museu, por ser diferente e guardar coisas ainda mais surpreendentes, há Os Defensores: Sinew, Olga Ciavolga e Herro Dan além de outro menino fugido: Toadspit e o museu aceita Goldie como sua defensora também. Todos estes personagens são incríveis e cativam os leitores, além é claro do Brizzlehound (uma espécie de cachorro) chamado Broo e do Slaugtherbird (uma espécie de pássaro) chamado Morg.

"_Claro que eu não estou dizendo que seja uma boa coisa dar responsabilidades tão pesadas a uma criança. Elas precisam ter o direito de ter infância. Mas também precisam ter a possibilidade de encontrar sua coragem e sua sabedoria e aprender quando enfrentar e quando fugir. Afinal de contas, se não tiverem permissão para subir em árvores, como vão poder enxergar o mundo tão grande e maravilhoso que se estende bem na sua frente?" (p.200-201)

Sei que parece estranho e confuso tudo o que falei nesta resenha, mas simplesmente não conseguiria explicar sucintamente esse livro. Os Defensores – O Museu de Ladrões é um livro surreal, mas convence o leitor e nos teletransporta para esse novo mundo, de tal forma que as estranhezas nos parecem naturais e aceitáveis. Lian Tanner escreve de maneira encantadora e indubitavelmente viciante.
Ao fim da leitura só posso afirmar categoricamente que O Museu de Ladrões tornou-se um de meus livros infantojuvenis favoritos – há muito tempo não lia algo tão viciante – e tenho certeza que essa trilogia terá cem por cento de minha aprovação. Já estou ansiosa e me preparando para ler o segundo livro Cidade de Mentiras, pois o final do primeiro livro me deixou extremamente curiosa. Se vocês tiverem oportunidade de ler, por favor, não deixem a oportunidade passar esse livro é ótimo!!!

Camila Márcia

Olhem que livro lindo, gente! Dá gosto de ver e ler e ter e amar e querer e.... ahhhh vocês entenderam: vocês precisam desse livro também!

Resenha: Museu de Ladrões (Os Defensores, vol.1) - Lian Tanner

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

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