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Saudações Leitores!
Eu tive que ler Treze para escolher um conto para analisar numa disciplina da faculdade e esse livro foi um professor que me emprestou, pois não consegui achar nenhum livro desse autor na biblioteca municipal da minha cidade e nem da universidade em que estudo, o que me remeteu a reflexão do quanto as bibliotecas não são atualizadas. Durante um ano centenas de livros são publicados e se pararmos para refletir será que todos os anos as bibliotecas recebem livros novos? Acho que não. Sabe quem sai perdendo? A sociedade, pois apropriar-se de um livro é apropriar-se de conhecimentos. E os conhecimentos precisam ser atualizados, portanto os livros também!
Enfim, eu peguei o livro e me assustei com a capa, fiquei pensando que eram contos de terror e tive receio de começar a leitura, mas após o início não parei mais. Li todos os contos em uma manhã. São bem interessantes. Confiram:


Treze, Nelson de Oliveira, Edições Ciência do Acidente, 1999, 99 pág.

Treze é um livro com treze contos, prefaciado por Moacyr Scliar e escrito por Nelson de Oliveira, escritor contemporâneo brasileiro. Oliveira possui o título de doutor em Letras pela USP e publicou romances, contos, ensaios organizou diversas antologias.
Nesse livro estão presentes os seguintes contos: Dies irae, o dia da ira; Fábula rasa; Doce dilema azul de bolinhas amarelas; Ela não vê no que seus olhos crêem; Gorducha; Merdra; Não Sei Bem O Quê, aqui; Duas quedas; Homenagem a Tróia; Monstro; Toleima?; O sr. McPiffs; Zede, o gado.
Gostaria de dar destaque para os contos: Não Sei Bem O Quê, aqui; Gorducha; Duas Quedas; Monstro e O Sr. McPiffs, pois foram os que mais gostei, claro que os demais também são bons, mas como todo leitor sabe, sempre gostamos mais de uns do que de outros.
Essa obra do Nelson de Oliveira apresenta uma linguagem fácil, mas os contos – como é práxis na literatura – apresentam uma abertura semântica imensa. Os contos são breves, o que nos remete a uma leitura contínua. Ao iniciar a leitura de um conto ele parece ter um ritmo próprio e a forma quase caótica de narração do Nelson faz com que o leitor sinta-se motivado a uma leitura rápida. Um detalhe especial é que quase todos contos são em primeira pessoa, apresentam apenas um cenário, um desenrolar rápido e em uma boa parte deles são psicológicos, como se fossem a narração do próprio pensamento.
Nesse livro ainda podemos apreciar no início de cada conto imagens – algumas assustadoras – de loucos, o que dá um caráter perturbador a obra, nota-se logo pela capa do livro.
Gostei bastante da forma que o autor escreve e dos recursos literários, mas ainda assim achei alguns contos confusões demais. Mas como dizem na literatura o que me toca a sensibilidade pode não lhe tocar ou vice-versa. Mas confesso que o livro não deixou-me com aquela ansiedade pra ler. Talvez o fato de estar lendo-o para fazer um estudo da faculdade tenha colaborado para minha apreciação reduzida da obra.
Contudo, acredito que por ser uma leitura breve e rápida, qualquer pessoa poderia – deveria?! – apreciar um leitor nacional e Nelson de Oliveira é um escritor que goza do status de ser um dos melhores contistas contemporâneos.

Camila Márcia

Resenha: Treze - Nelson de Oliveira

quarta-feira, 28 de março de 2012

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