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Saudações Leitores!
Quando li a sinopse de Primavera* fiquei realmente interessada em ler esse livro logo falava que ele trazia muito da cultura estoniana e eu amo conhecer culturas novas, por isso minha curiosidade foi atiçada, entretanto o livro pecou em vários pontos, você pode conferir no decorrer da resenha:

Primavera, Oskar Luts, São Paulo: Biruta, 2014, 432 pág. 
Tradução de Paulo Chagas de Souza
Ilustração de Sandra Jávera

Primavera é um dos primeiros livros do escritor e dramaturgo estoniano Oskar Luts, ele vem a ressaltar muito a cultura da Estônia ainda quando ela estava sob o domínio soviético.
Este livro vem a contar a história de um grupo de crianças que estudam e alguns vivem na escola  paroquial rural, e conta o quanto essas crianças são danadas e fazem estripulias das mais variadas formas, no geral acompanhamos as histórias de Arno, Teele e Toots, que vivem a fazer peraltices e a irritar o sacristão mais rígido que já conheci.
De uma maneira interessante, podemos observar que todos as crianças/alunos estão numa fase de crescimento e descobertas da vida, sentimentos, amizade, ética e o que é certo e errado. Sabemos que as crianças estão numa constante fase de descobertas e Primavera mostra perfeitamente esta fase rebelde, engraça e inocente.
Entretanto, apesar de reconhecer o valor da obra e exaltar a cultura estoniana em especial a cultura rural e as particularidades da educação, família e religiosidade da época, este obra não passa de uma narrativa tão somente sobre as peraltices infantis. 
No princípio, é muito divertido ver as estripulias das crianças e é engraçado a forma inocente que elas agem e acabam errando, mas no decorrer das páginas isso vai ficando monótono, é uma encrenca atrás da outra - algumas engraçadas, outras nem tanto - mas por ser algo repetitivo se torna monótono e enfadonho, isto é, quando terminamos uma peraltice já sabemos que outra já está por vir e assim sucessivamente.
Não vou dizer que o livro é ruim, porque não é, mas é cansativo e me deu muita preguiça de continuar lendo quando vi que depois de uma peraltice vinha outra e outra e outra... ficou previsível e me desmotivou a leitura, acredito que as mais de 400 páginas foram um terrível exagero, dava para ter reduzido a narrativa para umas 250 [ou menos] e a história não sairia no prejuízo, não, pelo contrário: teria sido até agradável.
Sobre a diagramação e o cuidado do livro: ele, sem sombra de dúvida, é lindo, encantador e cheio de ilustrações maravilhosas, mas a história me deixou a desejar. Se você tiver curiosidade de ler: fique a vontade, sempre achei que todo livro é válido.

*Este livro foi cortesia da Editora Biruta, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Resenha: Primavera - Oskar Luts

domingo, 26 de outubro de 2014

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