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Saudações Leitores!
Gente, eu não consigo mais resistir a HQ's, então não pensei duas vezes em comprar Maus e foi um leitura incrivelmente fabulosa, cheia de emoções e confrontos sentimentais. Essa HQ foi uma das que li e que mais mexeram comigo, acredito que será difícil encontrar outra que me faça sentir o que senti lendo essa...


Maus: a história de um sobrevivente, Art Spiegelman, São Paulo: Companhia das Letras (Quadrinhos na Cia), 2009, 296 pág.
Traduzido por Antonio de Macedo Soares

Maus, a Survivor’s Tale foi escrito pelo ilustrador, cartunista e autor de histórias em quadrinhos Art Spielgeman, que é uma referência nos quadrinhos. Duas de suas obras mais conhecidas são as semi-biografias Maus (que inclusive ganhou o prêmio Pulitzer) e as tiras em quadrinhos In The Shadows of No Towers.
Na minha 'onda' de ler quadrinhos (um gênero que recentemente tem despertado muito do meu interesse) descobri o livro Maus e me encantei com a proposta, um misto de curiosidade, porque eu não entendia como uma HQ poderia passar tamanho conteúdo emocional e histórico do tempo do holocausto. 
Art Spielgeman não é apenas o autor do livro, mas ele fala da história de seu pai, o judeu Vladek Spielgeman na época da Segunda Guerra Mundial e tudo o que ele e sua família passaram para sobreviver a guerra, a fome, aos perigos e aos centros de concentração (Auschwitz).
Maus é uma HQ bem peculiar, pois mostra Art entrevistando seu pai Vladek, e a partir das memórias de seu pai ela vai compondo a HQ com uma fidelidade e emoção incríveis. Sem sombra de dúvida, tanto Art quanto Vladek são personagens peculiares e aos poucos vemos delineados suas principais características e seu relacionamento familiar.
O foco do livro é relatar um dos períodos mais negros da história da humanidade, quando uma 'raça' se considera melhor e superior a outras, gerando a dizimação de milhares de milhares de pessoas. A HQ reflete através do próprio traço do quadrinista o período negro: traços grossos em preto e branco, muito preto que nos leva a supor dor, perdas e desolação.
Além desse detalhe, outro ponto auge e impressionante na obra é a representação dos personagens em forma de animais, poe exemplo: Judeus são ratos, Nazitas são gatos, Franceses são Sapos, Poloneses são Porcos e Estadunidenses são cachorros. Outro detalhe que vale frisar é o título do livro Maus em alemão significa rato, tudo a ver, não é?
Maus realmente me impressionou, tanto que demorei vir aqui escrever a resenha, este livro me deixou sem palavras e com um aperto enorme no meu coração. Diferente de apenas ler e tentar imaginar as cenas do que estava lendo, na HQ tive a oportunidade de ver a cena pelos olhos de Art e foi assustador passar por diversas das páginas, me dava uma angústia e eu ficava refletindo sobre a vida das pessoas mortas, dos sobreviventes, das família... tamanha dor proporcionada pela falta de amor e pela ignorância do homem.
Vladek Spielgeman foi um sobrevivente, mas ele não saiu incólume: percebemos os traumas, medos e angústias que ele carregou até seu último dia de vida. É difícil sobreviver a tamanha dor e não ficar cheio de cicatrizes.
Tenho um medo do ser humano e das coisas que ele faz em nome de uma suposta 'paz', que no final não é nada mais do que a promoção de guerras em busca de mais poder e dinheiro. É assustador! Tenho o meu coração apertado após conhecer Maus, pois mesmo já tendo lido vários livros sobre essa temática, nenhum deles mexeu tanto comigo. Um livro fabuloso para quem gosta de narrativas históricas e relacionadas ao nazismo, holocausto e Segunda Guerra Mundial.


Resenha: Maus - Art Spiegelman

segunda-feira, 4 de abril de 2016

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