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Saudações Leitores!
Hoje vou disponibilizar a resenha de um dos livros que recentemente li para a faculdade, e tenho que admitir que ler Clarice Lispector nos deixa aquela sensação de leveza, como se fossemos pluma e a autora estivesse soprando a gente para todos os lados. Um excelente livro que de tão excelente não se pode encontrar palavras boas o suficiente para descrevê-lo.


Laços de Família, Clarice Lispector, 25ª. ed, Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1994, 168 pág.

A Ucraniana naturalizada brasileira, Clarice Lispector, dispensa apresentação. Com uma obra literária vastíssima e um dos clássicos da literatura brasileira, escreveu romances, contos, crônicas, etc.
Nesta obra em particular somos apresentados a treze contos: “Devaneio e Embriagues de uma Rapariga”, “Amor”, “Uma Galinha”, “A Imitação da Rosa”, “Feliz Aniversário”, “A Menor Mulher do Mundo”, “O Jantar”, “Preciosidade”, “Os Laços de Família”, “Começos de Uma Fortuna”, “Mistério em São Cristóvão”, “O Crime do Professor de Matemática” e “O Búfalo”.
Falar de qualquer obra de Clarice Lispector sempre me deixou sem palavras, e elas me fogem agora também, mas posso afirmar que uma há uma linha divisória em nossa vida após ler Clarice: nunca mais seremos os mesmos leitores e isso é fato. Como uma escritora é capaz de tirar os pés de cada leitor do chão e deixa-los flutuando indo contra todas as leis da gravidade. Acredito que flutuar é a formula secreta para se ler Lispector e o livro “Laços de Família” vem a mostrar situações cotidianas e rotineiras quebradas gerando uma perfeita confusão de reflexões.
Tenho que admitir que ler Clarice Lispector não é fácil, necessita-se de muita concentração, pois seus contos e romances são de cunho psicológico e exige que você esteja atento a leitura. Percebemos a delicadeza da autora em cada um dos contos e a forma como Clarice narra e descreve as reflexões deixam o leitor instigado.
Como falei inicialmente, Clarice dispensa comentários e sua leitura exige leitores proficientes, capazes de se entregar e se deixar flutuar. Não posso deixar de indicar a leitura de “Laços de Família”, em especial dos contos: “Devaneio e Embriagues de uma Rapariga”, “Amor”, “A Imitação da Rosa” e “Preciosidade” que foram os que mais me encantaram.
  
Camila Márcia

Resenha: Laços de Família - Clarice Lispector

domingo, 4 de março de 2012

Saudações Leitores!
Postar uma outra resenha dessa vez do livro A Hora da Estrela de Clarice Lispector, livro que indiquei como leitura para este mês, espero que gostem:


A Hora da Estrela, Clarice Lispector, Rio de Janeiro: Rocco, 1998, 87 pág. 

      Publicado em 1977, “A Hora da Estrela” é um romance da Clarice Lispector, escritora e jornalista nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira. Clarice nasceu em 1920 e faleceu em 1977, pouco tempo depois de publicar “A Hora da Estrela”.
      Este romance conta a história de Macabéa, uma nordestina que se muda para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. Entretanto o que é muito fascinante neste livro é que ele é narrado por um escritor fictício chamado Rodrigo S. M., assim sendo, trata-se de um texto metalinguístico.
      Rodrigo S. M., a partir do momento que conta a história da retirante nordestina, também fala do processo criador dessa narrativa, “Para que escrevo? E eu sei? Sei não.” (p.36) ademais o escritor fictício afirma se envolver com Macabéa, que a ama de uma forma que pessoa alguma amará porque mais ninguém a enxerga e só ele a vê de forma bonita.
      Desse modo, a história de Macabéa vai se desenvolvendo no meio das divagações do escritor Rodrigo S. M., assim, Macabéa conhece Olímpico de Jesus se apaixona e os dois namoram: “Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor.” (p.44), mas Olímpico busca alguém que lhe forneça status, alguém que facilite sua ascensão social e isso ele encontra em Glória, companheira de trabalho de Macabéa.
      Em suma, Clarice Lispector, ao desenvolver esta história, trabalha dois aspectos muito importantes, o primeiro no que se refere ao próprio processo de criação quando Rodrigo S. M. narra este processo e o segundo quando retrata em Macabéa a classe nordestina, que só conheciam o sofrimento e, portanto, achava a tristeza um artigo de luxo: “E mesmo tristeza também era coisa de rico, era para quem podia, para quem não tinha o que fazer. Tristeza era luxo..” (p.61). Mostra também as dificuldades e preconceitos enfrentados pelos nordestinos que iam para o Rio de Janeiro em busca de melhorar de vida.
      Um livro que, sem dúvida, merece ser lido. Apresenta uma linguagem clara e fluída, a história e a maneira como ela é contada encanta. Fãs de Clarice Lispector, leitores ávidos, jovens, adultos este livro é para ser bebido em uma só dose! 

Camila Márcia

Resenha: A Hora da Estrela - Clarice Lispector

domingo, 11 de setembro de 2011

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