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Saudações Leitores!
Quando li a sinopse de Pra Voar Mais Alto* fiquei fascinada e não pestanejei e solicitei para a Editora Biruta, assim que o livro chegou eu fui folhear, mas acabei lendo completamente todas as suas páginas. Incrível! Vem conferir o que achei...


Pra Voar Mais Alto, Flávia Côrtes, São Paulo: Biruta, 2011, 135 pág.
Ilustrações de Camila Matos

Pra Voar Mais Alto foi escrito pela brasileira Flávia Côrtes e ilustrado pela Camila Matos. Pra Voar Mais Alto foi selecionado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) para fazer parte do Catálogo da Feira do Livro de Bolonha (Itália).
A narrativa é uma delícia, em uma prosa poética, delicada que enche os olhos e o coração ao ler tamanha delicadeza, não obstante, a delicadeza não esconde a seriedade do assunto abordado na obra.
Flávia Côrtes vem nos contar a história que Quequé (um apelido que tem um significado bem interessante na história) que ainda sente a perda do pai e sofre calado, esconde no bauzinho sua tristeza, quem sabe assim ela não diminui.

"Sempre quis entender por que às vezes dá saudade, lá dentro do peito, de uma coisa que a gente nem sabe o que é. De alguém que não existiu, de uma coisa que não aconteceu." (p.9)

Mas tudo começa a se complicar com a chegada de Rui, o novo namorado de sua mãe, para Quequé, tudo ia muito bem antes de Rui chegar e invadir sua casa, a geladeira, o controle da TV e querer casar com sua mãe.
Quequé está machucado pensando que Rui quer tomar o lugar de seu pai, ou que sua mãe esquecerá seu pai, não percebe e não quer perceber o quanto Rui é um cara legal e que ama sua mãe.
Durante a narrativa nos deparamos com essa gama de medos, sentimentos e incertezas de um coração que ainda não aprendeu a lidar com a perda e a saudade, mas vemos o amadurecimento e o quanto a família e o diálogo são essenciais para cicatrizar algumas feridas.

"Senti um nó na garganta, uma saudade tão grande que se fosse bolha de sabão eu entrava nela e saia flutuando dali." (p.77)

Sem dúvida Pra Voar Mais Alto foi escrito para encantar crianças, mas qualquer adolescente e adulto com sensibilidade poderá se identificar e caso não haja identificação poderá apreciar a boa história e a excelência de narrativa de Flávia Côrtes.
Sabe aqueles livros que a gente lê e quer compartilhar a história com várias outras pessoas? Pra Voar Mais Alto se tornou esse livro para mim, adoro histórias intensas contadas através de uma prosa cheia de poesia e delicadeza.                                                                                      
Para vocês terem ideia, quando o livro chegou eu ia apenas folhear, mas não resisti e acabei lendo de um fôlego só, porque a história é curtinha e muito deliciosa, como já salientei.
Para finalizar quero dizer que tanto a história, quanto as ilustrações enchem nosso coração e nossos olhos e espero que muitas outras pessoas tenham a oportunidade de conhecer essa belezura de livro. Detalhe especial para as folhas belíssimas e de qualidade, tudo tão perfeito que o livro merece um cantinho especial não só na estante mas no coração do leitor.



*Esse livro foi cortesia da Editora Biruta, para saber mais sobre o mesmo clique AQUI.

Resenha: Pra Voar Mais Alto - Flávia Côrtes

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Saudações Leitores!
Já tinha ouvido falar em Batendo à Porta* e o título já tinha despertado minha curiosidade, portanto, quando surgiu a oportunidade para ler este livro, abracei-a e mergulhei em suas páginas. Hoje trago a resenha e espero que você, leitor, sinta-se motivado a lê-la e decidir se embarca ou não para a Índia com Silvia, a personagem principal da obra.


Batendo à Porta do Céu, Jordi Sierra i Fabra, São Paulo: Biruta, 2013, 312 pág.
Traduzido por Catarina Meloni

Llamando a las puertas del cielo (2006), foi escrito por Jordi Sierra i Fabra, um dos escritores infanto-juvenis mais conhecidos da Espanha. Com o livro Batendo à Porta do Céu, Jordi, ganhou o Prêmio Edebê de Literatura Juvenil.
Logo de início somos apresentados a Silvia, uma espanhola estudante de medicina que parte como voluntária para um hospital na Índia em suas férias de verão.
Logo em sua chegada à Indía, ela se depara com o choque cultural, é tudo bem diferente desde a vestimenta e os costumes indianos. Contudo ela é muito bem recebida por Elisabet Roca, médica responsável pelo hospital (RHT) em que Silvia irá passar o verão e adquirir experiências para sua futura profissão.

"Muitas pessoas têm um sonho, passam a vida lutando por ele, quando conseguem realizá-lo... percebem que estão vazias, porque o que lhes permitia viver e continuar era o sonho em si, não o fato de alcançá-lo. Enquanto estavam em busca dele eram felizes. Quando o conseguem, não sabem o que fazer." (p.158)

Silvia logo passa a conhecer outras pessoas e apesar de não conhecer o idioma nativo ela desenrola-se no inglês e espanhol. Conhece também Lorenzo Giner, médico cirurgião e Leo, outro voluntário. O interessante desse livro é que todos os personagens que aparecem nele tem direito a sua própria história e cada uma traz um conflito e uma reflexão. Todos os personagens de Batendo à Porta do Céu são incrivelmente bem elaborados.
Nessa família do hospital RHT, Silvia vai crescer profissionalmente e pessoalmente, porque ela se depara com muitas dificuldades e falta de recursos, além de pessoas com vários tipos de doenças e problemas. Logo ela fica muito amiga da Dra. Elisabet Roca, que vê todo seu entusiasmo e dedicação para a medicina. Silvia também se dá muito bem com Lorenzo. Mas nem tudo são flores, Leo – o outro voluntário – se torna uma pedra no sapato de Silvia, ele tem seus motivos e Silvia tem os seus para não desistir dessa possível amizade, embora conflituosa.

"Conte-me de que cor é o nosso céu porque a terra nem sempre é sólida sob nossos pés, e se perdermos o céu... o que nos sobra?" (p.238)

Como eu dizia, Silvia é uma personagem maravilhosa, porque ela tem verdadeira vocação e desejo para a medicina, gosta e se identifica tanto com a profissão que não mede esforços para se realizar, mesmo que tenha que ir contra a vontade de seus pais e até mesmo deixar seu “namorado”, Arthur, para ir para a Índia, na verdade, seu relacionamento com Arthur vive altos e baixos e é muito complexo. Intenso e real.
Nesse ínterim, Silvia também conhece Mahendra, um personagem que mora próximo ao RHT e que vive perturbado com as sombras de seu passado, consequentemente vive preso aos fantasmas de seus filhos e esposa que morreram de forma tão trágica. Silvia irá transformar a vida de Mahendra, lhe dar um novo começo, que pode ser interpretado de forma equivocada pelo mesmo, mas é um passo.
O que me envolveu mais no livro é a intensidade como Silvia vive e abraça as oportunidades, além de estar sempre tentando vencer seus medos, a forma como a Índia a mudou foi grande, há uma Silvia antes da Índia e uma depois da viagem. A forma como ela se envolveu com alguns dos pacientes ao ver seus sofrimentos foi real, foi humana e emocionante. A forma como Silvia lidou com costumes, leis e cultura diferente da sua também foi louvável, e o quanto ela se esforçou para se inserir nesse novo ambiente foi realmente uma forma autêntica.

"Não corra tanto, calma. Se não viver primeiro sua própria vida, não vai conseguir dar uma parte para os outros." (p.295)

Batendo à Porta do Céu me envolveu bastante, não tenho palavras para descrever meus sentimentos durante a leitura, só afirmo que fluiu maravilhosamente e a fiz de maneira muito rápida, não sentia as páginas serem constantemente viradas, embora isso tenha acontecido, devo confessar-lhes que esperava que o livro trouxesse mais descrições sobre a Índia, sobre a cultura, costumes, tradições e políticas, mas nesse ponto foi vago, o que focou mais foi a postura e tomadas de atitudes de Silvia. A personagem brilhou.
De maneira geral Batendo à Porta do Céu é um livro incrível, delicado, envolvente, doloroso e real, além de ser esteticamente lindo! (*.*) Um dos pontos fortes dessa editora é esse cuidado e capricho com seus livros, sempre lindos e cheios de detalhes que enchem nossos olhos. Estão esperando o quê para ler? Aventurem-se!


*Este livro foi cortesia da Editora Biruta, para mais informações sobre o mesmo, clique AQUI.

Resenha: Batendo à Porta do Céu - Jordi Sierra i Fabra

domingo, 17 de maio de 2015

Saudações Leitores!
Quando li a sinopse de Primavera* fiquei realmente interessada em ler esse livro logo falava que ele trazia muito da cultura estoniana e eu amo conhecer culturas novas, por isso minha curiosidade foi atiçada, entretanto o livro pecou em vários pontos, você pode conferir no decorrer da resenha:

Primavera, Oskar Luts, São Paulo: Biruta, 2014, 432 pág. 
Tradução de Paulo Chagas de Souza
Ilustração de Sandra Jávera

Primavera é um dos primeiros livros do escritor e dramaturgo estoniano Oskar Luts, ele vem a ressaltar muito a cultura da Estônia ainda quando ela estava sob o domínio soviético.
Este livro vem a contar a história de um grupo de crianças que estudam e alguns vivem na escola  paroquial rural, e conta o quanto essas crianças são danadas e fazem estripulias das mais variadas formas, no geral acompanhamos as histórias de Arno, Teele e Toots, que vivem a fazer peraltices e a irritar o sacristão mais rígido que já conheci.
De uma maneira interessante, podemos observar que todos as crianças/alunos estão numa fase de crescimento e descobertas da vida, sentimentos, amizade, ética e o que é certo e errado. Sabemos que as crianças estão numa constante fase de descobertas e Primavera mostra perfeitamente esta fase rebelde, engraça e inocente.
Entretanto, apesar de reconhecer o valor da obra e exaltar a cultura estoniana em especial a cultura rural e as particularidades da educação, família e religiosidade da época, este obra não passa de uma narrativa tão somente sobre as peraltices infantis. 
No princípio, é muito divertido ver as estripulias das crianças e é engraçado a forma inocente que elas agem e acabam errando, mas no decorrer das páginas isso vai ficando monótono, é uma encrenca atrás da outra - algumas engraçadas, outras nem tanto - mas por ser algo repetitivo se torna monótono e enfadonho, isto é, quando terminamos uma peraltice já sabemos que outra já está por vir e assim sucessivamente.
Não vou dizer que o livro é ruim, porque não é, mas é cansativo e me deu muita preguiça de continuar lendo quando vi que depois de uma peraltice vinha outra e outra e outra... ficou previsível e me desmotivou a leitura, acredito que as mais de 400 páginas foram um terrível exagero, dava para ter reduzido a narrativa para umas 250 [ou menos] e a história não sairia no prejuízo, não, pelo contrário: teria sido até agradável.
Sobre a diagramação e o cuidado do livro: ele, sem sombra de dúvida, é lindo, encantador e cheio de ilustrações maravilhosas, mas a história me deixou a desejar. Se você tiver curiosidade de ler: fique a vontade, sempre achei que todo livro é válido.

*Este livro foi cortesia da Editora Biruta, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Resenha: Primavera - Oskar Luts

domingo, 26 de outubro de 2014

Saudações Leitores!
Faz algum tempo atrás que li um livro do Jorge chamado Na Curva das Emoções e que gostei muito da forma como o autor escreve, daí tive curiosidade em ler Lis no Peito*, não só por Jorge, mas também por Clarice Lispector, a leitura foi muito saborosa.

Lis no Peito: um livro que pede perdão, Jorge Miguel Marinho, São Paulo: Biruta, 2005, 180 pág.

Lis no Peito: um livro que pede perdão foi escrito pelo carioca Jorge Miguel Marinho, mesmo autor de Na Curva das Emoções. Jorge Miguel Marinho é um escritor brasileiro premiadíssimo.
Em uma palavra, Lis no Peito: um livro que pede perdão, pode ser definido como Poético. Não, não é um livro de poesia, trata-se de um livro em prosa e conta a história de Marco César e Clarice, mas a forma de narrar de Jorge Miguel Marinho passeia entre a mais poética prosa e nos enche de encantamentos profundos.
O livro fala muito de Clarice Lispector e é um manancial de delicadezas, acredito que todos os fãs da escritora deveriam ler Lis no Peito, além de tocar muito na escritora brasileira, este livro mostra a descoberta do amor juvenil, a primeira paixão a expectativa do primeiro beijo, os pensamentos e sentimentos conturbados e a flor-da-pele.
Não vou me estender muito nessa resenha, porque no geral o livro tem uma história bem bacana, mas o foco – pelo menos foi o que achei – é o sentimento a transbordar pelas páginas, o fato de ter escolhido Clarice Lispector já dá respaldo a muito sentimento, ela era uma escritora subjetiva e que mexia magicamente com as palavras. Jorge Miguel Marinho tem esse dom: fascina, encanta, envolve o leitor com suas narrativas.
Antes de finalizar gostaria de dizer que o trabalho gráfico da Editora Biruta sempre me surpreende porque é lindo e cuidadoso, percebe-se que a editora se preocupa com a qualidade de seus livro, Enfim, se você é fã de Jorge Miguel Marinho e/ou de Clarice Lispector, Lis no Peito: um livro que pede perdão, é a leitura ideal. Aproveite!

Camila Márcia

*Este livro foi cortesia da Editora Biruta
 

Resenha: Lis no Peito: um livro que pede perdão - Jorge Miguel Marinho

terça-feira, 13 de maio de 2014

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