Pense numa resenha difícil de ser escrita! Sei que o que eu escrever aqui não vai dar pra chegar nem perto do que esse livro é realmente, porque acredito que só lendo [ou quem já o leu] entenderá essa afirmação. Antes de disponibilizar a resenha logo abaixo, quero agradecer muitíssimo a autora Eleonor Hertzog por ter me enviado o exemplar para a resenha e pedir desculpas pela demora em ler e resenhar, apesar de já ter explicado os motivos quero, novamente, desculpar-me.
Cisne, Eleonor
Hertzog, Içara, SC: Dracaena, 2012, 832 pág.
Cisne, publicado em 2012 e escrito pela gaúcha Eleonor
Hertzog, trata-se do primeiro livro da série Uma Geração, Todas as Decisões que atualmente ainda não está
definida a quantidade de volumes, entretanto o segundo volume já tem título: Linhagens [com previsão de lançamento
para o segundo semestre deste ano, 2013].
Eleonor Hertzog escreveu uma distopia imprevisível e
completamente diferente das já tão conhecidas do publico. A Terra já passou por
três guerras mundiais, mas agora reina uma suposta paz, além do mais existe um
planeta chamado Tarilian que vivem uma relação que podemos chamar de morna com
os terráqueos, há todo um envolvimento político entre os planetas e intercambio
entre terráqueos e tarilianos para que ambos possam se aprimorar dos
conhecimentos técnicos e científicos dos referidos planetas. Contudo, em Cisne, nada pode ser o que parece e
muitas surpresas aguardam o leitor.
Logo no inicio da narrativa somos apresentados a
família Melborne cujo patriarca se chama Henry e a matriarca Doris, o casal,
supostamente, tem sete filhos: Bobby (8 anos), Lis (13 anos), Pam (14 anos),
Tim e Tom (gêmeos, 15 anos), Ted e Teo (gêmeos16 anos) e, além de seus filhos, tem
também Peggy Sant-Mont (14 anos) que foi adotada pela família de cientistas
formados pela Escola Avançada de Champ-Bleux, a família Melborne tem um estilo
peculiar de vida, vivem a bordo do grande veleiro Cisne.
Por consequência do destino ou não, todos os filhos dos
Melborne, exceto Bobby, passam no teste para estudarem na Escola Avançada de
Champ-Bleux que forma os melhores cientistas do planeta, inclusive Peggy também
passou nos exames e nos psicotestes.
Como disse anteriormente o livro é muito surpreendente
no sentido de ter um enredo inusitado e completamente inesperado e entre
confusões a bordo do Cisne e com intercambistas Tarilianos que passaram por um
maior vexame e repórteres terráqueos e tarilianos o livro mostra que as
relações amistosas entre os dois planetas não existe verdadeiramente, há
complôs e jogos de interesses que ainda não foi possível depreender neste
primeiro volume. O que ficou claro é que muita coisa virá pela frente e que
alguns dos personagens com certeza irão surpreender bastante quando ficar a
mostra a faceta do vilão.
Toda a história se passa a bordo do Cisne e em
Tarilian e nada é como imaginamos quando pensamos que os personagens são
pessoas normais, aparentemente todos os personagens mostrados nesse primeiro
volume tem uma capacidade sobrenatural e uma inteligência enorme. Muita coisa
está oculta e um dos maiores chefes em bolar planos e ocultar fatos é Paul, um
personagem que, para mim, é bastante contraditório. Não tenho uma opinião
formada sobre ele, até porque há pouco contato com ele no livro, mas em todas
as vezes que ele aparece é para inventar uma história ou criar uma confusão.
A família Melborne é encantadora e formada de bonitões
e bonitonas que simplesmente vão contra tudo o que na realidade do livro se
espera de cientistas e filhos de cientistas famosos, pois toda a família é boa
e cativa a todos. Com certeza será capaz de cativar muitos leitores. O problema
é que até a família perfeita guarda muitos segredos, principalmente de seus
filhos e isso me incomodou bastante porque se os pais confiam tanto assim neles
porque lhe ocultarem suas origens? Definitivamente isso será fonte de muitos
problemas no futuro [o que me deixa ainda mais curiosa pela continuação].
Como já disse, em relação ao enredo considerei o livro esplêndido
e muito original, mas teve duas coisas que me incomodaram no decorrer da
narrativa. A primeira foi em relação ao excesso de diálogos, a história toda é
praticamente contada através dos diálogos entre os personagens e raramente há
narrações ou descrições profundas, entretanto, devo reconhecer que estes
diálogos também tornam a leitura bem descontraída e engraçada [os
personagens Melborne são muito engraçados], mas acho que há diálogos demais
e alguns realmente desnecessários que acabam tornando a narrativa um pouco
lenta. Não obstante, com o decorrer da leitura eu me acostumei com o estilo da
autora e aceitei que aos personagens, competiria a explicação de toda a história.
O segundo ponto que me incomodou foi em relação aos
capítulos serem muito extensos, estava despreparada para capítulos tão longos,
mas ao mesmo tempo devo admitir que os capítulos se fragmentavam e entremeavam
outras histórias/diálogos e assim não aparentavam ser tão grandes quando
eram.
Para finalizar, quero realmente dizer que o livro é
maravilhoso e surpreendente, para os que só leram a sinopse do livro tenho que
informar que o trabalho da Eleonor é muito mais do que o que aquela sinopse
deixa transparecer e para quem leu esta resenha, também, sinto em informar que
seria impossível transmitir realmente o que este livro é. Este é um dos livros
que só lendo para entender.
Se vocês já leram Cisne lá no blog da Eleonor tem um marcador chamado " Vol. 2 - Linhagens" que tem algumas informações e quotes da continuação: http://www.eleonorhertzog.com.br/