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Minha Lady Jane é um livro perfeito para quem gosta de aventuras leves e cativantes, que nos lembram que até mesmo os eventos mais trágicos podem ter uma reviravolta divertida nas mãos certas.

Saudações, Leitores!

Há muito tempo atrás ouvi falar de Minha Lady Jane escrito por três autoras Cynthia Hand, Brodi Ashton, Jodi Meadows originárias da Inglaterra e dos Estados Unidos, e lembro que na época fiquei com vontade de ler, mas acabei esquecendo até, este ano, ficar sabendo que o livro foi adaptado para uma série na Prime Vídeo e eu precisava ler antes de assistir, então já fui logo comprando o volume para depois assistir e hoje trago meu veredito.

Em Minha Lady Jane temos uma história que combina comédia, fantasia e uma pitada de história de forma brilhante e irreverente. Se você, assim como eu, adora uma reinterpretação criativa e cheia de humor sobre figuras históricas, prepare-se para se divertir com esta leitura.

Minha Lady Jane é uma versão reimaginada da vida de Lady Jane Grey, a jovem rainha da Inglaterra que, na história real, governou por apenas nove dias antes de ser deposta. Mas as autoras pegaram esse fato sombrio e o transformaram em uma fábula envolvente, cheia de criaturas mágicas, conspirações e, claro, uma boa dose de romance e ironia. Aqui, a Inglaterra é dividida entre dois tipos de pessoas: os Eðianos (seres que podem se transformar em animais) e os Verdático (aqueles que odeiam e temem essa habilidade mágica).

A trama segue três personagens principais: Lady Jane, que na história está prestes a ser casada com Gifford Dudley, um rapaz amaldiçoado que se transforma em cavalo durante o dia (ou seja um eðiano); o rei Eduardo VI, que está doente e teme pela própria sucessão; e, claro, o próprio Gifford, que lida com seu dilema animal com muito mais humor do que se esperaria.

O que mais me encantou nesse livro foi a narrativa leve e divertida. As autoras brincam com a história e a linguagem de uma forma inteligente, frequentemente quebrando a quarta parede e dialogando diretamente com o leitor, sabe aquele narrador que conversa com o leitor? Pois é, e isso traz uma sensação de cumplicidade e humor constante. A escrita é ágil e recheada de comentários sarcásticos e absurdos que tornam a leitura fluida e cativante. Se você é fã de uma boa comédia, este livro vai te arrancar sorrisos e risadas.

Os personagens são outro ponto forte. Jane é uma protagonista adorável, teimosa e muito inteligente, que prefere livros a batalhas políticas, mas que não hesita em lutar quando necessário. Gifford, com sua "maldição" de virar cavalo, traz momentos hilários e, ao mesmo tempo, encantadores. A química entre eles é cativante, e o romance se desenvolve de maneira leve e divertida e lentamente, ou seja, aos poucos eles vão se descobrindo apaixonado! Eduardo também surpreende, com uma evolução interessante ao longo da trama, saindo da sombra de um rei manipulável para se tornar um jovem corajoso e disposto a lutar e correr atrás daquilo que deseja.

Um dos aspectos mais interessantes de Minha Lady Jane é a forma como as autoras misturam realidade e fantasia, criando uma história completamente original e, ao mesmo tempo, familiar. A reinterpretação do período Tudor com uma boa dose de mágica, além de abordar temas como preconceito e poder, torna o livro mais do que apenas uma comédia histórica – é uma obra cheia de nuances.

Agora, se eu tivesse que apontar um ponto menos positivo, seria o fato de que a leveza e o tom cômico constantes podem, em alguns momentos, diluir um pouco a tensão dramática da história. Mas isso não é necessariamente um defeito, apenas algo a se notar se você espera um tom mais sério de um livro histórico. No geral, isso não diminui em nada a diversão da leitura.

Sabendo que gostei tanto do livro, você pode se questionar sobre o motivo de ter dado três estrelas para ele, pois então, deixem-me explicar o motivo, creio que concordam comigo no seguinte: a experiência de leitura é algo muito particular de cada leitor, pois além do gosto pessoal entra nesse hall questões como: experiências pessoais, temas com afinidade, além disso, o momento que a pessoa está lendo um livro (se ela está preparada para o que vai encontrar) acaba influenciando 70% de sua experiência com a leitura, para completar tem outro fator preponderante, sua experiência pode ser melhor ou pior de acordo com o tempo diário que dedica à leitura. Concordam?

Nesse contexto, quero clarificar que, para ler Minha Lady Jane tive que enfrentar alguns problemas que influenciaram minhas emoções com a leitura, por exemplo, demorei bastante tempo para ler o livro, porque tinha dias que não conseguia ler sequer uma página e isso me causou afastamento emocional do livro, pois mesmo que estivesse amando quando pegava o livro, no geral, a carência de tempo diário para leitura prejudicou meu envolvimento com as informações, com os personagens, mas nem por isso desgostei da história, só acredito que se eu tivesse lido mais rápido teria me entregado mais ao volume e gostado muito mais do livro. 

Pensando tecnicamente, levando em conta a caracterização e o comportamento dos personagens, o contexto histórico e os elementos fantásticos, tendo em vista meu gosto literário também, Minha Lady Jane, poderia facilmente ter sido um livro quatro estrelas, mas minha falta de tempo gerou uma lentidão para a leitura e não permitiu que ele se tornasse um livro ótimo. Espero que entendam esse meu ponto de vista e, por isso, busquei explicar os pontos positivos e um ponto negativo do volume para que tivessem uma visualização do cenário.

Por fim, recomendo Minha Lady Jane para todos que procuram uma história histórica fora do comum, que mistura romance, fantasia e muito bom humor. É um livro perfeito para quem gosta de aventuras leves e cativantes, que nos lembram que até mesmo os eventos mais trágicos podem ter uma reviravolta divertida nas mãos certas.

Espero que tenham gostado da resenha e que se animem a ler Minha Lady Jane e depois conferir a série que ouvi comentários bem favoráveis (ainda me falta assistir). Até a próxima postagem!

FICHA TÉCNICA
Título Original: My Lady Jane
Autor: Cynthia Hand, Brodi Ashton, Jodi Meadows
Tradutor: Rodrigo Seabra
Gênero: Ficção. Romance Histórico. Romance de Época. Fantasia.
Editora: Gutenberg
Ano: 2016/2017 | 368 págs.
País de Origem: Estados Unidos e Inglaterra
Classificação: +13
Aviso de Conteúdo: Sexismo. Misoginia. Crueldade Animal. Confinamento Assassinato. Casamento Arranjado. Guerra. Morte. Sangue.
Minha avaliação:⭐⭐(3/5)
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Minha Lady Jane - Cynthia Hand, Brodi Ashton, Jodi Meadows (resenha)

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

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O Segredo da Livraria de Paris é um livro que dificilmente conseguiremos largar antes de finalizar a leitura

Saudações Leitores!

Era uma segunda-feira cedinho da manhã e eu pegaria a estrada sozinha, a viagem seria de aproximadamente três horas, então acessei a audible em busca da minha companhia de viagem e me deparei com O Segredo da Livraria de Paris, escrito por Lily Graham e lembrei que já tive interesse em ler esse livro, portanto, a minha escolha seria essa. Jamais pensei que não conseguiria parar de "ler", inclusive aumentei a velocidade e quando cheguei ao meu destino tinha terminado o volume. Este foi meu primeiro contato com um livro da autora e já me deixou um impacto superpositivo. 

O Segredo da Livraria de Paris - Lily Graham (resenha)

sexta-feira, 3 de maio de 2024

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Um dos clichês estilo comédia romântica mais incríveis que já li na minha vida! Estou encantada!

MATCH IMPERFEITO: o encontro de Dimple e Rishi (When Dimple Met Rish, 2017) é o livro de estreia e também o primeiro livro da escritora índia americana radicada no Colorado (EUA), Sandhya Menon, nascida na Índia, mas que foi morar nos Estados Unidos aos 15 anos de idade, enfrentou, tal como seus personagens o dilema de conviver com duas culturas. A autora escreve comédias românticas para jovens e adultos.

O que dizer de MATCH IMPERFEITO? Tinha ouvido falar desse livro de uma forma tão passional que desde então fiquei com muita vontade de ler, então aproveitei a oportunidade que o volume foi lançado no Brasil e só posso dizer que o livro me deixou com o coração quentinho e me deixou feliz e rindo em vários momentos.

Match Imperfeito: o encontro de Dimple e Rishi - Sandhya Menon (resenha)

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

A Lista Negra, Jennifer Brown, Belo Horizonte: Gutenberg, 2012, 272 pág.
Tradução: Cláudio Blanc
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Saudações Leitores!
Apesar de A Lista Negra (Hate List) não ser nenhum lançamento, apenas agora conheci esta estória, escrita pela norte-americana Jennifer Brown que também escreveu o livro Amor Amargo e tem um conto no livro As Fases da Lua, publicados no Brasil pela Gutenberg.

Acompanhar esta estória não foi algo simples, pois mesmo sabendo ser ficção ela é muito pautada em fatos reais, ou seja, fatos que já aconteceram e/ou ainda podem acontecer.

Resenha: A Lista Negra - Jennifer Brown

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Saudações Leitores!
Após ler A Extraordinária Garota Chamada Estrela desejei muito ler a continuação Com Amor, a Garota Chama Estrela* e tive essa oportunidade que foi um verdadeiro presente na minha vida, uma história incrível.

Com Amor, a Garota Chamada Estrela, Jerry Spinelli, Belo Horizonte: Gutenberg, 2015, 232 pág.
Traduzido por Eric Novello

Love, Stargirl (2007) no Brasil Com Amor, a Garota Chamada Estrela é a continuação do livro A Extraordinária Garota Chamada Estrela, que eu particularmente amei e ansiava para ler a continuação.
Esse livro é escrito em forma de cartas que Estrela escreve para que um dia Leo possa ler (ou não), e após tudo o que aconteceu com Estrela no livro anterior, ela se mudou e está tentando recomeçar.
"Quem você é, se perde sua pessoa favorita? É possível perder sua pessoa favorita sem se perder? Procurei a Estrela e ela tinha partido. Não sou mais eu."(p.40)
Passamos a acompanhar Estrela e seu coração destroçado e tentando encontrar um sentido, pois continua apaixonada por Leo e mesmo após tudo o que ele fez ela continua amando-o e triste pela distância, pela falta de contato, no entanto, tem esperança de que um dia voltem a ficar juntos.
Em Com Amor, a Garota Chamada Estrela percebemos que Estrela está com baixa estima e continua apaixonada e sofrendo, portanto, durante todo o livro vamos conferindo a nossa personagem se recuperar e se encontrar nas pequenas coisas que ela fazia e que lhe davam alegria. Aqui Estrela faz amigos, cultiva-os, respeita-os e os protege de todas as formas.
"Não posso ser fiel a você sem ser fiel a mim mesma. Recuperei meu futuro. Se estivermos destinados a estar juntos, fique feliz de saber que levarei meu eu verdadeiro, não alguma metade chorosa de mim." (p.45)

Na verdade, este livro é uma lição de vida e delicadeza, em todas as páginas que eu lia me sentia abraçada com tanta doçura, delicadeza e sentimento. Era como se eu fosse a melhor amiga da Estrela e no fundo eu desejei ter uma Estrela na minha vida.
Em suma, acredito que todo mundo deveria ler esses livro, cada um mais bonito que o outro e a mensagem que eles passam são belíssimas. Sem dúvida, entraram para os meus favoritos.


*Este livro foi cortesia da Editora Gutenberg, para saberem mais sobre o mesmo clique AQUI.

Resenha: Com Amor, a Garota Chamada Estrela - Jerry Spinelli

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Saudações Leitores!
Hoje venho trazer a resenha de um livro encantador que me chamou atenção pelo título enorme: A Extraordinária Garota Chamada Estrela*, então decidi solicitar o livro para a leitura, pois - pela sinopse - ele tinha potencial para me agradar e... expectativas supridas, o livro é realmente bom e falo dele logo abaixo:

A Extraordinária Garota Chamada Estrela, Jerry Spinelli, Belo Horizonte: Editora Gutenberg, 3 ed., 2015, 192 pág.
Traduzido por Eric Novello

Stargirl (2000) no Brasil A Extraordinária Garota Chamada Estrela foi escrito pelo americano Jerry Spinelli, que escreve livros infanto-juvenis, cujos personagens estão na adolescência e início da idade adulta. O autor também escreveu um livro que trata da mesma personagem do livro resenhado aqui, chama-se Com Amor, a Garota Chamada Estrela (que já estou ansiosa para ler).
A narrativa desse livro é em primeira pessoa e o narrador personagem chamado Leo, vai nos apresentar sua vida na escola, onde tudo e todas as pessoas são normais até que Estrela, uma adolescência exótica aparece na escola e muda a vida de todos.

"Nós queríamos definí-la, etiquetá-la como fazíamos uns com os outros, mas não conseguíamos ir além de "esquisita", "estranha" e "patética". O jeito dela nos tirava do eixo." (p.19)

Estrela é peculiar e o comportamento doce, encantador e animado dela perturba o comportamento de todos que no princípio a tratam como novidade, mas logo depois acabam vendo como algo ruim, é extremamente interessante ver esse comportamento no livro porque podemos facilmente identificar nosso próprio comportamento.

“Ela era fugaz. Ela era hoje. Ela era amanhã. Ela era o aroma mais suave da flor de um cacto, a sombra fugidia de uma coruja marrom. Nós não sabíamos o que fazer com ela. Em nossa mente, tentávamos fixá-la em um quadro de cortiça como uma borboleta, mas o alfinete simplesmente se soltava e ela voava para longe." (p.24)

Jerry Spinelli criou uma personagem que encanta o leitor e tem uma energia que transpassa as páginas do livro, ao mesmo tempo em que é extremamente misteriosa, não é por acaso que ficava com aquela pergunta: Será que Estrela é real ou uma projeção de Leo? O mistério em volta da personagem é incrivelmente elaborado. É impossível não finalizar a leitura e não se apaixonar pela positividade de Estrela e querer conhecer a personagem.
Se dúvida A Extraordinária Garota Chamada Estrela é um daqueles livros encantadores e envolventes que te faz querer reler milhares de vezes e presentear todos os seus conhecidos. Caso me pedissem para definí-lo em uma palavra seria: delicado.

"Pessoas-estrelas são raras. É pouco provável que você conheça outra." (p.180)

É incrível percebermos que o escritor não procurou escrever um livro intrincado e nem tocante, tentou espalhar alegria durante a narrativa, mas, além disso, ele conseguiu escrever um livro que nos faz refletir sobre nossas ações, pensamentos, bondade e egoísmos presentes em todos os seres humanos.

"Quando uma Estrela chora, ela não derrama lágrimas, mas sim luz." (p.185)
          Para finalizar, indico a leitura de A Extraordinária Garota Chamada Estrela, mas não vá com muita sede ao pote, este é um livro para sentir, envolver-se e se deliciar. Delicado, singelo, doce... como a própria personagem: Estrela.


*Este livro foi cortesia da Editora Gutenberg, para saber mais acesse o link AQUI.

Resenha: A Extraordinária Garota Chamada Estrela - Jerry Spinelli

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Saudações Leitores!
Bem, Revivente* não era um livro que desejava loucamente ler, na verdade a sinopse dele nem tinha chamado tanto minha atenção, entretanto, claro que fiquei curiosa - atitude normal para todo amante literário - então, quando o recebi e me aventurei em suas páginas tive uma ótima e inesperada surpresa e espero poder expressá-la através da resenha.

Revivente, Ken Grimwood, Belo Horizonte: Editora Gutenberg, 2014, 320 pág.
Traduzido por Rodrigo Seabra


Replay no Brasil Revivente ao contrário do que muitos podem pensar por ser um lançamento não é um livro recente ele foi publicado originalmente em 1987 e atualmente traduzido e lançado pela Gutenberg. Escrito pelo americano Kenneth Milton Grimwood, ou simplesmente Ken Grimwood, que já escreveu alguns livros, mas seu mais notável trabalho literário é exatamente Replay. Ken morreu em 2003, aos 59 anos, no momento de sua morte estava escrevendo uma continuação para Revivente.
Apesar de ficção, um dos principais temas em Revivente é a afirmação da vida e esperança. A narrativa conta a história de Jeff, um homem de 43 anos que morre de infarto e, misteriosamente, acorda em 1963, com 18 anos e na faculdade, entretanto, após acordar jovem e voltar a reviver sua vida ele conserva sua memória intacta e sabe exatamente o que aconteceu nos 25 anos anteriores e, portanto, sabe o que acontecerá nos próximos 25 anos.
Tal evento misterioso acontece repetidamente, isto é, o ciclo do replay tem o mesmo fim: aos 43 anos Jeff volta a morrer e volta a reviver jovem, isso causa um choque muito grande em Jeff, mas ao mesmo tempo ela aproveita muitas oportunidades que perdeu ao longo de suas vidas anteriores, apesar disso, em muitas de suas repetições de vida Jeff se revolta porque há momentos que sua vida está tão perfeita que ele não gostaria de morrer e reviver e ter que fazer tudo de novo, sendo que a cada vida nem tudo é como anteriormente foi.
A mudança maior na vida de Jeff é quando ele conhece Pamela que é uma revivente como ele, os dois se apaixonam e passam a viver e a esperarem o dia de suas mortes para poderem reviver e voltar a se encontrar. Pamela torna a vida de Jeff menos solitária, saber que ele não é o único destinado a reviver o choca e o motiva, na verdade, motiva a ambos a procurarem outros reviventes, é uma busca complexa e nem sempre tem os resultados esperados.
Apesar de antigo, ainda não conhecia a obra e ela me surpreendeu em diversos pontos, não só pela narrativa e enredo, mas pelas entrelinhas e a mensagem reflexiva que este livro proporciona: e se tivéssemos outra oportunidade de reviver a nossa vida sabendo da nossa vida passada e o que deu certo e errado nela, como faríamos? De fato, o que me chamou atenção foi essa reflexão e as muitas possibilidade que os personagens se deram de reviverem suas vidas: acertando, errando.
Confesso, no entanto, que no princípio do livro foi um pouco cansativo, imagine ter que ver os personagens fazendo as mesmas coisas diversas vezes? Sim, a cada replay dos personagens lemos a história se repetindo incansavelmente, não obstante, depois percebi que aquilo gerava um aprendizado e, assim como os personagens, descobrimos que se tivéssemos outras oportunidades talvez fizéssemos quase as mesmas coisas, consertando ou evitando alguns dos erros e isso serve de aprendizado para nós mesmos, sempre haveria mudanças: grandes, pequenas, mas algo mudaria.
Em todos os replays os personagens mudam, em alguns momentos de forma gradual e outras vezes drasticamente: é a vida! O certo é que independente de todos os aprendizados e lembranças de suas vidas anteriores é impossível fazer tudo de forma correta, sempre haverá erros e acertos na vida.
Para finalizar, Revivente é um livro incrível que traz muitas reflexões, infelizmente Grimwood faleceu antes de terminar de escrever a sequência para Revivente, sequência que seria completamente possível e muito bem-vinda. Também, segundo vi na Wikipédia, em 2010, a Warner Bros estava pensando em filmar uma adaptação de Revivente (estrelada por Ben Affleck), o roteiro já teria sido escrito e o estaria havendo negociações com um diretor, não sei o que se passará a respeito disso, mas acredito que uma adaptação desse livro seria bem interessante e eu, com certeza, iria gostar de conferir.

Camila Márcia

 *Livro me enviado pela Editora Gutenberg 

Resenha: Revivente - Ken Grimwood

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Saudações Leitores!
Não sei se todos viram meus comentários no twitter (@camila_marcia) de que eu estava passando por uma ressaca literária das grandes e não conseguia me encantar com nenhum livro que lia até pegar De Volta aos Quinze, em partes porque eu já sabia o estilo "Bruna Vieira" de escrever e também pelo fato de querer ler algo que fosse delicado, adivinhem... Acertei na mosca, estou oficialmente curada da minha ressaca literária graças a De Volta aos Quinze, o difícil agora é ter que esperar pelo próximo volume... que ele venha em breve e Urgente (não quero apressar a Bruna, mas putz, com esse final a necessidade do próximo volume é muito grande). Quero aproveitar o momento para agradecer a Editora Gutenberg por ter me enviado a prova desse livro para eu conferir. O livro já foi lançado na Bienal do Rio de Janeiro, então, caro leitor, não perca mais nenhum segundo e adquira seu exemplar!


Trilogia Meu Primeiro Blog: De Volta aos Quinze #1, Bruna Vieira, Belo Horizonte: Gutenberg, 2013, 224 pág.

De Volta aos Quinze é o segundo livro de Bruna Vieira, cujo primeiro livro Depois dos Quinze foi e é um enorme sucesso. Entretanto, desta vez Bruna aposta num romance ao invés de contos e crônicas como no primeiro. Este livro é o primeiro da Trilogia Meu Primeiro Blog (M1B) e já chegou arrancando suspiros e fazendo promessas para os livros seguintes. Bruna Vieira é blogueira e escritora, nasceu em Leopoldina (Minas Gerais) e atualmente mora em São Paulo.
Com a mesma narrativa cativante encontrada em Depois dos Quinze, o novo livro de Bruna Vieira tem tudo para encantar seus já cativos leitores e cultivar novos. O enredo é leve e apesar de começarmos a achar que será previsível ele surpreende.

"O medo é uma coisa engraçada. Ele, meio que embala a vácuo nossos outros sentimentos. Faz com que a gente deixe para depois nossos sonhos e vontades." (p. 198)

A narrativa é em primeira pessoa na voz de Anita, uma garota com 30 anos que está totalmente frustrada com o rumo que sua vida tomou, parece que tudo o que ela faz dá errado e que com excessão de algumas pequenas coisas tudo vai de mal a pior. É no casamento de sua irmã que tudo muda, Anita reencontra seu melhor amigo Henrique, que mora no exterior, motivo de grande felicidade, mas acaba detonando e armando o maior barraco na festa.

"Às vezes, acho que maturidade tem um pouco a ver com o tempo que levamos para gostar de alguém e confiar nessa pessoa. Eu não conseguia mais fazer isso logo de cara." (p.16)

Após ser retirada da festa, Anita, acaba acessando o link que sua amiga, Helena, enviou de seu antigo blog e neste momento ela acaba indo parar no seu passado. De volta aos quinze, mas com a mentalidade de trinta, e sem entender direito o que está acontecendo ela acaba alterando alguns fatos que vão reverberar no futuro em que ela vive.
O mais interessante é que ao voltar para os quinze anos Anita não esquece o futuro e nem sua maturidade, mas isso não a impede de fazer besteiras. Ademais, Anita, passa a viajar no tempo e nessas viagens muita coisa que ela fará no passado modificará seu futuro de um jeito inesperado, ou seja, essas viagens temporais têm suas consequências e Anita terá que descobrir o que fazer com elas.
Devo admitir que amei a narrativa e gostei bastante de Anita, apesar de tê-la considerado imatura para os 30 anos, mas relevei isso. Também gostei muito, muito mesmo do Henrique, melhor amigo de Anita, ele é um fofo. Ah, tá bom, devo admitir que fiquei muito dividida entre Henrique e Joel, eles dois são muito fofos.

"Sabe aquele capítulo que comentei estar faltando na minha vida? Talvez ele tenha acontecido sim, e eu apenas não o li direito. Passei correndo por essa parte sem captar seu significado, como fazemos quando estamos lendo um livro grosso apressadamente e sem prestar muita atenção." (p. 105)

O livro é realmente muito lindo e tem uma história que encanta e, com certeza, arrancará suspiros dos leitores mais sensíveis e, claro, dividirá corações. Bruna Vieira, sem sombra de dúvida, acerta na hora da escrita mais uma vez ao colocar nas páginas de seu livro exatamente aquilo que suas leitoras gostariam de ler.
Um livro leve, com romance, mistério e aprendizado, faz o leitor torcer, criar teorias e pensar nas consequências de tudo o que se faz. Não posso negligenciar a questão da diagramação, novamente a Gutenberg deu um show, mas também não posso deixar de dizer que o enredo não é algo novo, pois diversas vezes, no decorrer da narrativa, achei-o parecido a outro livro nacional de bastante sucesso: Pedida, de Carina Rissi.

"_Quantas vezes mais eu preciso quebrar meu coração para ele se encaixar no seu?" (p. 218)

Para concluir, só posso afirmar que dói quando um livro acaba do jeito que De Volta aos Quinze terminou, dói necessitar do exemplar seguinte e ele ainda não ter sido publicado [previsão para o próximo volume apenas para 2014], puxa o final deixa qualquer leitor curioso pela continuação o que foi um golpe de mestre da Bruna Vieira: começa e termina seu livro com chave de ouro. Super indicado!



Camila Márcia

Só para vocês terem uma ideia de como a editora caprichou na edição de De Volta aos Quinze segue abaixo fotos de alguns detalhes cuja fofura é master:

Resenha: De Volta aos Quinze (Trilogia Meu Primeiro Blog, Vol.1) - Bruna Vieira

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Saudações Leitores!
Este livro foi uma cortesia da Editora Gutenberg, a qual quero agradecer pelo envio. Bem, desde o lançamento eu fiquei bastante curiosa por essa leitura, afinal Bruna Vieira é blogueira e isso me deixou muito fascinada, até porque eu conheço o blog dela e acho super interessante, sempre dou uma passada por lá e ler um livro dessa blogueira e escritora seria uma honra para mim. O livro chegou e assim que abri o pacote já comecei a ler [pena que só agora estou conseguindo postar resenha] confiram:

 
Depois dos Quinze: quando tudo começou a mudar, Bruna Vieira, Belo Horizonte: Gutenberg, 2012, 200 pág.

Tudo começou com o blog Depois dos Quinze em que Bruna Vieira fazia seus desabafos de desilusões amorosas em forma de texto, porque a autora sabia lidar bem com essas desilusões por meio das palavras. Depois dos Quinze: quando tudo começou a mudar, é o primeiro livro de Bruna Vieira, nascida em Leopoldina, interior de Minas Gerais que além de blogueira e escritora é colunista da revista Capricho.

"A gente tem a mania idiota de dividir o tempo em três partes (passado-presente-futuro) e dizer pra todo mundo que isso ou aquilo ficou definitivamente pra trás. Quer saber o que eu penso? As coisas - e principalmente as pessoas - nunca ficam pra trás. Elas ficam é mais lá pra dentro. Guardadas. Abandonadas. E, raramente, esquecidas." (p.115)

Depois dos Quinze se trata de um livro de crônicas e contos cuja temática principal é o amor que nasce e cresce das mais inesperadas formas e depois vai embora em muitas e típicas situações do cotidiano. O livro inteiro nos faz refletir sobre o amor, a família, as mudanças da vida entre outras coisas. Nos faz perceber que não importa o que façamos ou como tentamos mudar algumas situações as coisas são exatamente como tem que ser.

"Então, se quer saber de mim, liga. Escreve. Pega o primeiro ônibus e bate na minha porta sem avisar. Mas vê se não espera o destino te colocar de novo na minha frente. Talvez, quando isso acontecer, alguém já esteja do meu lado. E isso será um final feliz. O meu." (p.25)

Bruna Vieira escreve de uma forma encantadora que nos prende desde a primeira letra – seja artigo ou vogal – até o ponto final de seus textos. A leitura acontece de forma frenética, embora eu acredite que seria  muito interessante ler um texto por dia para assimilar as lições com mais profundidade, mas como disse quando comecei a ler não consegui mais soltar o livro.

"Chega, de uma vez por todas, dessa coisa de alma gêmea. Sempre existirá alguém, e não necessariamente será essa pessoas sempre. A dura realidade é que nós, seres humanos, não fomos feitos pra eternidade. Assim como o que sentimos. Seguimos em frente e levamos o melhor e o pior de tudo aquilo que vivemos." (p.35)

Logo no principio da leitura me agradei bastante e apesar da sensação de estar lendo uma espécie de “autoajuda” pela quantidade de ensinamentos e reflexões dos textos, no final da leitura consegui ver Depois dos Quinze, não como autoajuda, mas como um livro que não quer ser apenas lido, mas sentido e carregado na alma, porque a autora escreve com paixão, com poesia e encantos que nos tocam e emocionam, principalmente por ela escrever sobre aquilo que conhece que viveu.

"Perdoe alguém antes de pedir perdão. Tire a poeira da palavra "amor" todos os dias pela manhã, mas não se esqueça de todo o resto. Guarde suas inseguranças em uma pequena caixa. Use-a para alcançar seus sonhos." (p.59)

Creio que tenha me identificado bastante com este livro, porque além de escrever textos parecidos [que falam de sentimentos, amores, desilusões e saudade] no meu blog Devaneios Fugazes é impossível não se identificar com muitas das situações narradas nos textos de Bruna Vieira, afinal: atire a primeira pedra quem nesta vida ainda não sofreu ou não sofrerá por amor.

"Fingir que nada disso acontece faz seu coração arder. Você é boa nisso, mas saiba que ser forte não tem nada a ver com conseguir disfarçar; ser forte tem a ver com ter coragem e agir. Deixar o tempo fazer isso só piora as coisas. Ele não sabe o que você sente, não sabe o que você passou e quem você deixou para chegar até onde chegou." (p.78)

Outro ponto bem legal no livro é a diagramação que está perfeita, as letras nos títulos dos textos são bem bonitas e divertidas, no meio do livro tem uma sessão com fotos e pensamentos da Bruna e isso enriquece a obra, enche os olhos de todo leitor.

"Gente egoísta não sabe amar de verdade. Dizer adeus não é um problema. Mas os piores caras ainda são aqueles que dizem adeus e ficam para sempre." (p.152)

Pra finalizar, Depois dos Quinze, de Bruna Vieira, vai encantar todo leitor principalmente quem é blogueiro e quem escreve sobre sentimentos e adolescentes apaixonadas, pra falar a verdade nem só adolescentes apaixonadas, mas para os nãos apaixonados também. Ah, vou parar com isso: se joguem nessa leitura, vocês vão amar!




Camila Márcia

PS.: Eu não consegui escolher poucos quotes para colocar nesta resenha gente, foi cada coisa linda que li que escolher se tornou uma missão impossível então o resultado é esse: uma resenha cheia de quotes e minha agenda superfofa [das princesas da Disney] com mais quotes ainda. (*.*)

Resenha: Depois dos Quinze - Bruna Vieira

sexta-feira, 31 de maio de 2013

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