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Saudações Leitores!
Hoje trago, para vocês, uma resenha muito especial do fofíssimo A Vida do Livreiro A.J. Fikry* e me encho de vergonha em admitir que já faz algum tempo que tenho meu exemplar e ainda não tinha lido. Como fui capaz de demorar tanto para lê-lo? Se arrependimento matasse....


A Vida do Livreiro A. J. Fikry, Gabrielle Zevin, São Paulo: Paralela, 2014, 190 pág.
Traduzido por Flávia Yacubian

The storied life of A.J. Fikry foi um livro que me cativou pela capa e pelo título, lógico: sou uma leitora viciada e o título/capa são muito instigantes. A Vida do Livreiro A. J. Fikry se trata do oitavo romance de Gabrielle Zevin, que começou sua carreira de escritora aos 14 anos!!!!
O que mais gostei em A Vida do Livreiro A. J. Fikry é que não é o livro que gera expectativas e que promete demais, desde o começo ele mantem um ritmo gostoso e favorável para a leitura, a escrita de Gabrielle é deliciosa e envolvente, os personagens criados por ela são tão reais, impressionantes nas suas delicadezas e nos seus jeitos rudes.
"Lemos para saber que não estamos sós. Lemos porque estamos sós. Lemos e não estamos sós. Não estamos sós.
Minha vida está nestes livros. Leia estes livros e conheça meu coração.
Não somos como romances. Não somos como contos. No fim, somos como obras selecionadas." (p.180)

Por mais simples que A Vida do Livreiro A. J. Fikry trata-se de uma estória complexa, em que cada personagem tem papel fundamental – até mesmo os secundários têm suas próprias histórias – e tudo começa a se delinear quando percebemos que A.J. Fikry é um homem rabugento, mas por trás desse seu estado constante vamos desvendando os motivos, além do mais quando ele conhece Amelia, a vendedora de livros, ele começa a ter consciência de suas atitudes erradas e grosserias.
"Quando leio um livro, quero que leia ao mesmo tempo. Quero saber o que Amelia acharia dele. Quero que seja minha. Posso prometer livros e conversas e todo o meu coração, Amy." (p.114)

A coisa começa a ficar mais bizarra na vida de A.J.Fikry quando ele encontra Maya, uma bebezinha, abandonada em sua livraria. Inicialmente ele só pensa em se livrar da menina, mas ao observá-la, os olhos brilhando e toda a inteligência da garotinha, ele começa a amá-la e acaba por adotá-la. A partir desse momento a vida de A.J.Fikry muda completamente.
"Deparei-me com o conto outra vez, há dois anos, e chorei tanto que você vai ver que o livro está manchado. Acho que fiquei mole depois da meia-idade. Mas também acho que minha nova reação está relacionada com a necessidade de encontrarmos histórias no momento certo de nossas vidas. Lembre, Maya: as coisas que nos tocam aos vinte não são necessariamente as que nos tocam aos quarenta, e vice-versa. Isso é a verdade para livros e para a vida." (p.37)

A Vida do Livreiro A. J. Fikry trata-se de um livro fictício, embora o título nos remeta a uma biografia, e como o livro vem a narrar a vida do livreiro A.J. Fikry, a própria narrativa nos lembra uma biografia, contudo não é. Além do mais, tenho que salientar uma das partes mais gostosa deste livro: os diálogos, são uma delícia.
"Menininha, você não devia sair amando por aí tão fácil.
Estou preocupado com você. Se amar todo mundo, vai acabar quase sempre de coração partido." (p.51)

Em suma, este livro, fala de mudanças de vida, postura, perdão, amor, livros –muitos livros – e escritores. A.J. Fikry amava com todas as suas forças os livros e o que fazia, o livro não chega a nos fazer derramar lágrimas, mas emociona e nos faz criar um afeto todo especial pelos personagens, tanto que, ao virar a última página, dói se separar deles.


*Este livro foi cortesia da Editora Paralela, para saberem mais sobre o mesmo, clique AQUI.

Resenha: A Vida do Livreiro A. J. Fikry - Gabrielle Zevin

domingo, 26 de julho de 2015

Saudações Leitores!
Venham conferir os últimos lançamentos da Companhia das Letras e Paralela, tem muita coisa boa para ler e claro que todos nós temos que ficar a par das novidades!


O fim do terceiro Reich, de Ian Kershaw (tradução de Jairo Arco e Flexa)

Como se explica a sobrevida do Estado nazista quando estava evidente que não havia chance de vitória? Por que o Exército alemão concordou em lutar se o abismo era certo? Por que a sociedade alemã permaneceu fiel ao regime a ponto de tolerar o extermínio dos poucos que se insurgiam contra a luta inútil? Em O fim do terceiro Reich, Ian Kershaw — autor da monumental biografia de Hitler — se lança à resolução dessas perguntas armado de conhecimento inigualável da Alemanha nazista. Fugindo de explicações fáceis, procura demonstrar que a autoridade carismática do Führer, a ambição de sua “corte” e a perseverança das Forças Armadas são os ingredientes principais dessa autoaniquilação sem par na história ocidental.

Fome de saber — a formação de um cientista, de Richard Dawkins (tradução de Érico Assis)

Filho de pais naturalistas e de uma família de cientistas consumados, Richard Dawkins estava fadado a levar a biologia nos genes. Mas que influências moldaram seu desenvolvimento intelectual? E quem o inspirou a tornar-se o cientista pioneiro e a autoridade intelectual cuja fama (ou infâmia, para alguns) alcança todo o planeta? EmFome de saber, Dawkins traça um panorama colorido e encorpado de seus primeiros anos de vida. A autorreflexão sincera e as anedotas espirituosas são intercaladas com reminiscências da família, dos amigos, da literatura, da poesia e da música. Finalmente podemos compreender as influências que moldaram o intelectual que buscou explicar nossas origens.


O primeiro ensaio deste volume trata da novela Gradiva, do alemão Wilhelm Jensen. Ao analisar o delírio de um jovem arqueólogo que se apaixona por uma moça retratada numa antiga escultura romana, Freud faz o primeiro estudo psicanalítico de uma obra literária. O segundo ensaio conta a história do “pequeno Hans”, um saudável garoto de cinco anos que repentinamente passa a ter fobia de cavalos. A partir do relato que o pai faz de conversas com o menino, Freud compreende os complexos por trás da fobia e obtém a cura do paciente. O volume inclui também “Caráter e erotismo anal”, “Atos obsessivos e práticas religiosas”, “O escritor e a fantasia” e “O esclarecimento sexual das crianças”, entre outros.

Sombras na Place des Vosges, de Georges Simenon (tradução de André Telles)

Raymond Couchet, dono de uma grande rede de farmácias, é assassinado em seu escritório na Place des Vosges, endereço nobre de Paris. Uma grande soma em dinheiro foi roubada. No mesmo prédio onde ocorreu o crime, moram Edgar e Juliette Martin, a primeira mulher de Couchet. É por ali que o comissário Maigret resolve começar suas investigações. Não longe do local, no Hotel Pigalle, vivem, sem se conhecer, Nine Moinard, amante da vítima, e Roger Couchet, filho do primeiro casamento de Raymond. Problemático, Roger logo desperta as suspeitas de Maigret. Mas, de repente, comete suicídio. Ele sabia o que estava por trás da morte do pai.


Walter Kirn conheceu por acaso o homem que se apresentou como Clark Rockefeller, herdeiro de uma das famílias mais poderosas dos Estados Unidos. Era um sujeito esquisito, mas nada que causasse desconfiança. Depois de quinze anos de amizade, porém, o escritor ficou devastado ao descobrir que seu amigo milionário não passava de um farsante, acusado de assassinato, sequestro e outros crimes. Combinando memórias, jornalismo investigativo e análise cultural, este livro tem o brilhantismo literário que encontramos em A sangue frio, de Truman Capote. Kirn expõe as camadas complexas da ilusão e da corrupção, das ambições e do autoengano que estão por trás de um grande impostor.

Paralela

Samba, de Delphine Coulin (tradução de Julia da Rosa Simões)

Depois de uma árdua jornada que começou no Mali, o imigrante africano Samba desceu do ônibus e se viu, enfim, livre pela primeira vez. Olhou em volta e lá estava ele: Paris, França. Ao caminhar pelas construções antigas, estava radiante. Seus pés estavam cansados e seus sapatos cheios de buracos, mas o céu estava claro, as paredes refletiam luz, e tudo parecia brilhar só para ele. Dez anos depois, seu encantamento com a cidade-luz só havia aumentado. Mesmo atrás das grades, mesmo algemado, ele ainda amava a França. Só lhe faltava pensar em um jeito de permanecer — e sobreviver — como um clandestino naquele país.

Lançamento: Samba... e outros

terça-feira, 26 de maio de 2015

Saudações Leitores!
Venham comigo conferir os últimos lançamentos da última semana da Companhia das Letras, Companhia das Letrinhas, Editora Seguinte e Paralela! Uma das editoras mais conceituadas do Brasil e que mantêm-se firme nos gostos literários que agradam os mais variados tipos de leitores!

Despertar, de Sam Harris (tradução de Laura Teixeira Motta)
Além de filósofo da moral e célebre ateísta, Sam Harris é um praticante entusiasmado de meditação, tendo viajado o mundo para estudar com diversos gurus. Neste livro, ele concilia os dois aspectos de sua vida e comprova como a meditação e a prática contemplativa não têm como pré-requisito qualquer tipo de crença “mística” ou “espiritual”; pelo contrário, para ele a meditação provaria que esses conceitos não existem. Harris se vale de seu próprio envolvimento com a prática e de aspectos da neurociência e da filosofia para provar seu argumento.
Mundo escrito e mundo não escrito, de Italo Calvino (tradução de Maurício Santana Dias)
Ler, escrever, traduzir; a vanguarda e a tradição; a forma do romance — eis os temas de Mundo escrito e mundo não escrito, coletânea de textos em que Italo Calvino, um dos maiores autores do século XX, investiga o significado da experiência literária. Nos ensaios produzidos ao longo de sua vida, o que se nota é uma atenção constante para a fronteira entre o universo escrito e o não escrito, para o limite entre o real e o que é possível expressar por meio da linguagem.

Seguinte

A aliança – Crônicas de Salicanda Vol.3, de Pauline Alphen (tradução de Dorothée de Bruchard)
Depois de passar um tempo na ilha, Claris volta para esse mundo quase irreconhecível e caminha sozinha em direção ao Nomadstério, para cumprir o que acredita ser seu destino: tornar-se uma Nômade da Escrita. Jad, por sua vez, é guiado por Gabriel e continua suas explorações no limbo. Em Salicanda, os moradores se reúnem: Ugh, que se torna herói sem querer; Blaise, que chega acompanhado do enigmático Povo das Árvores; e Maya, que está na cidade junto com Ellel e Falcão Branco. Juntos, eles farão tudo para compreender os diversos mistérios daquele lugar.

Paralela

Acesso aos bastidores, de Olivia Cunning (tradução de Juliana Romeiro)
Myrna é professora de psicologia e uma fã ardorosa da pela banda Sinners. Especialmente por Brian Sinclair, o guitarrista e compositor que, além de talentoso, é deliciosamente lindo. Ela se surpreende ao encontrar a banda no mesmo hotel em que está hospedada para participar de uma conferência de psicologia. Mais surpreendente ainda é despertar o desejo de Brian após alguns drinques juntos. Ela sabe que essa vida de astro de rock tem um preço e estaria feliz deixando essa paixão para trás. Mas será que Brian e Myrna conseguirão ficar separados?

Companhia das Letrinhas

Isso é meu!, de Blandina Franco (ilustrações de José Carlos Lollo)
Dividir as coisas nem sempre é fácil, especialmente para as crianças pequenas. Essa é a dificuldade enfrentada pela menina desta história, que deixa bem claro para o leitor: o boneco é dela e de mais ninguém! Afinal, ela merece mais que as outras pessoas… Mas será mesmo? Neste diálogo muito bem arquitetado entre personagem e leitor, o que fica evidente no final é que ser egoísta não leva a nada.
Meu vizinho é chato pra cachorro, de Maria Amália Camargo (ilustrações de Silvana Rando)
Quem nunca ficou irritado com o vizinho? Seja pelo barulho, a sujeira na calçada, algum comentário inadequado, mais cedo ou mais tarde surge algum desentendimento. O fato é que não é fácil conviver com outras pessoas — cada uma em um ritmo, com suas manias e aqueles dias de mau humor. Para o vizinho desta história, a vida é um verdadeiro pesadelo. Mas por culpa dele, que implica com tudo o que se possa imaginar. Ainda bem que, ali no fundo do peito, todo mundo tem um coração pronto para entrar em ação — e acabar com as brigas, deixando todos por perto mais felizes…

Lançamento: Despertar... e outros

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Saudações Leitores!
Hoje trago para vocês os últimos lançamentos da Companhia das Letras, Seguinte e Paralela, lembrando que estes lançamentos estão bem badalados, principalmente por conta de After, mas gosto de dar uma atenção particular para a continuação de A Quase Honrosa Liga de Piratas vol.2: O Terror das Terras do Sul, estou tão emocionada!!!! Acompanhe-me na postagem abaixo:

Opostos on the table, de Daniel Kondo
“Este livro é quase uma malcriação. Quando uma página diz frio, a outra diz quente. Quando uma imagem mostra perto, a outra desmente e mostra longe. Isso é o oposto: o avesso das coisas. Não é mais do mesmo, nem apenas diferente. É o contrário perfeito de tudo. E se não fossem os opostos, que graça teria o mundo? Tão bom fazer tudo invertido!” – Marina Moraes

A cabeça de um homem, de Georges Simenon (Trad. de Eduardo Brandão)
Maigret tenta provar a inocência de um homem condenado à morte por um assassinato brutal. Enquanto se desenrola seu plano, ele encontra expatriados americanos com segredos que poderão trazer toda a verdade à tona.
 

Editora Seguinte

A quase honrosa liga de piratas vol. 2: O terror das terras do sul, de Caroline Carlson (Trad. de André Czarnobai)
Em O tesouro da Encantadora, Hilary viveu grandes aventuras em alto-mar até encontrar o maior tesouro do reino, desaparecido havia muito tempo, e sua dona, a Encantadora das Terras do Norte. Como recompensa, recebeu um certificado de filiação à Quase Honrosa Liga de Piratas e o título de Terror das Terras do Sul.
Neste novo volume da série, a Encantadora voltou ao seu posto, e Hilary acompanha a redistribuição dos objetos mágicos pelo reino. Mas o presidente da QHLP não está satisfeito: Hilary precisa se envolver numa atividade verdadeiramente pirática logo, como matar um monstro marinho ou derrotar um líder pirata num duelo, senão perderá seu título – e sua filiação à Liga.
Antes que consiga recuperar sua reputação, a garota fica chocada ao descobrir que a Encantadora foi sequestrada. Contrariando as ordens do presidente da Liga, Hilary se junta à gárgula e a seus amigos para investigar o caso, ainda que resgatar Encantadoras não esteja na lista de atividades próprias a um pirata.

Editora Paralela
After, de Anna Todd (Trad. de Alexandre Boide e Carolina Caires Coelho)
Depois de bater a marca de um bilhão de acessos na plataforma de leitura Wattpad ao transformar os integrantes da banda One Direction em personagens de uma história de amor sexy, a série After vira livro e promete ser o novo fenômeno editorial. No primeiro livro, Tessa, de 18 anos, sai de casa, onde mora com a mãe, para ir para a faculdade. Até então sua vida se resumia a estudar e ir ao cinema com o namorado doce que conheceu ainda criança. No primeiro dia na faculdade, onde ela passa a dividir um quarto com uma amiga que adora festas, Tessa conhece Hardin, um jovem rude, tatuado e com piercings que implica com seu jeito de garota certinha. Logo, no entanto, os dois se envolvem e Tessa, que era virgem, vê sua sexualidade aflorar. Hardin é inspirado em Harry Styles, um dos membros do One Direction. Os outros quatro músicos da banda – Zayn, Niall, Louis e Liam – também viraram personagens na trama. Tessa logo descobre que Hardin possui um passado cheio de fantasmas e os dois começam um relacionamento intenso e turbulento. Depois dele, ela nunca mais será a mesma.

Lançamento: After... e outros

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Saudações Leitores!
Eu andava pela livraria Pensar (na cidade de Sobral) e me deparei com vários exemplares de Procurando Mônica*, amei a capa  e o título do livro (tenho uma amiga Mônica que é maravilhosa ) e assim que a oportunidade surgiu não pensei duas vezes em ler. Essa história me deixou com os olhos arregalados (๏̯͡๏)  confiram!
Procurando Mônica, José Trajano, São Paulo: Paralela, 2014, 112 pág.

Procurando Mônica, foi escrito pelo carioca José Trajano, mais conhecido por ser diretor e uma referência para o jornalismo brasileiro e, atualmente, se jogou a um novo desafio ao escrever. Seu primeiro livro tem aspectos biográficos que relatam a maior história de amor do Rio das Flores, sua história de amor e loucuras.
Com uma narrativa fluida e bem leve, Trajano conta como conheceu Mônica e como a paixão foi fulminante (uma espécie de amor a primeira vista - coisa rara, sabe? Mas possível), além de contar suas aventuras para tentar se declarar para Mônica, Trajano, ou melhor, Zezinho, como era chamado vai contando também fatos históricos do nosso país, em especial do Rio de Janeiro, falando de lugares e pessoas comuns e que atualmente são famosos.
Por Mônica, Zezinho passou por maus bocados e muitas desilusões, inclusive num cruzeiro para a Europa. Sim, Zezinho, arriscou-se num cruzeiro só por saber que ela iria e achou que lá, estando apenas os dois, eles poderiam engatar um namoro, contudo, Mônica se engraçou de outro rapaz e Trajano teve que seguir viagem sofrendo [dor de cotovelo] e fazendo amigos que o ajudavam a superar. Eram noites e dias de fanfarras, bebidas e... Cadeia.
José Trajano e Mônica perderam o contato por longos anos, parecia que o destino não os queria juntos e cada um seguiu sua vida, escreveu sua história. Trajano casou e descobriu que Mônica também. Trajano se destacou no jornalismo esportivo e um reconhecimento nacional.
Mas como surgiu o livro? Bem, uma história de encontros e desencontros amorosos não poderia deixar de ser relatada. Trajano escreveu o livro, comunicou-se e encontrou-se com Mônica num encontro que será o desfecho deste livro. É emocionante ler as palavras e expectativas de Trajano.
O autor foi breve e sucinto, relatou de forma magistral vários anos de sua vida e seus sentimentos que o levavam a fazer loucura, era um homem apaixonado e nunca escondeu seu amor de ninguém, mas Mônica parecia não se interessar e isso foi algo mudou toda a trajetória da vida dos dois.
Procurando Mônica é um livro encantador e biográfico, para quem gosta do estilo é uma ótima pedida, para quem gosta de um romance real também é uma ótima opção, excetuando o fato de que o romance não é correspondido. A fluidez e perspicácia da escrita de Trajano fazem de suas aventuras e desventuras amorosas uma boa e rápida leitura.


*Esse livro foi cortesia da Editora Paralela, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Resenha: Procurando Mônica - José Trajano

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Saudações Leitores!
O que mais me chamou atenção em O Irresistível Café de Cupcakes* foi esse título lindo e também porque eu sou um amante de cupcakes - como com moderação para não ganhar quilos, rs - e só o título desse livro me deixou com água na boca e é claro que eu precisava ler. Se for para descrever esse livro em uma palavra seria: Adorável. Espero que leiam minha resenha e que ela os motive a ler o livro.

O Irresistível Café de Cupcakes, Mary Simses, São Paulo: Paralela, 2014, 288 pág.
Traduzido por Sonia Manski

The Irresistible Blueberry Bakeshop & Café é o livro de estréia de Mary Simses e tem a possibilidade de agradar a todos os fãs de romances. Embora este livro não tenha um romance açucarado e de arrancar suspiros do leitor, traz um romance agradável, encantador e cativante. Clichê e previsibilidade são uma constante no livro, mas Simses soube fazer a diferença na sua forma de contar a história.
Logo no principio do livro somos apresentados a Ellen, uma mulher bem sucedida como advogada, que mora em Manhattan e é uma típica mulher de cidade grande que está acostumada com a agitação e as comodidades de ter dinheiro e do consumismo exacerbado, além disso, ela está a três meses de seu casamento com Hayden, também advogado e com aspirações políticas.
Tudo parece perfeito na vida de Ellen até que sua avó Ruth morre e lhe deixa a missão de entregar uma carta a seu antigo namorado Chat Cummings que reside no interior do Maine na cidade litorânea Beacon. Ellen chega a Beacon com toda a sua elegância e se surpreende com a monotonia do lugar, tudo parece se arrastar na cidade e, para ela, a cidade parece estar atrasada anos-luz em desenvolvimento se comparada a Manhattan, o que a deixa terrivelmente deslocada e desconfortável.
Viram clichês até agora? Tem mais, Ellen vai para um píer e acaba sofrendo um acidente e caindo no mar, Roy a salva e ela acaba beijando-o numa ação impulsiva de agradecimento depois ela passa um tempo pensando nele, tem toda uma implicância entre o casal e BUM os dois estão apaixonados só que nenhum sabe se o sentimento é real ou passageiro, mas calma: Ellen não estava noiva de Hayden? Estava, não, está!
Com o passar do tempo Ellen está cada vez mais enrolada para entregar a carta a Chat Cummings e cumprir o ultimo desejo de sua amada avó e assim o tempo vai passando e Hayden resolve ir para Beacon ficar com a noiva, então podem esperar muito mais clichês e coisas estranhas.
O Irresistível Café de Cupcakes tem uma narrativa cativante, tem uma história adorável, mas há fatos que irritam um pouco: os personagens, por exemplo. Ellen tem uma mudança drástica em seu comportamento, pois deixa de ser uma garota irritante da cidade e consegue ver as belezas de Beacon e da simplicidade. Hayden que parecia ser um príncipe encantado apresenta um comportamento tão infantil e autoritário que me desencantou. Roy que parecia ser um cara durão e caipira se mostrou sensível e não teve como não me apaixonar. O triângulo amoroso está formado e vem cheio de esquisitices e cenas pra lá de engraçadas.
Nesse ínterim, diante do objetivo de fazer cumprir o ultimo desejo de sua avó, Ellen acaba descobrindo muitos fatos desconhecidos sobre sua avó e percebe que mesmo que a avó tenha falecido ela deixou toda uma história que nem mesmo seus parentes mais íntimos sabiam. Muitos mistérios sao desvendados e sonhos são realizados. O Irresistível Café de Cupcakes é um livro fofo e encantador, traz uma história simples e bonita, com descrições fantásticas o leitor é transportado para Beacon, no Maine e sente o sabor do sal, do mar e dos cupcakes de blueberries.
O Irresistível Café de Cupcakes não é um livro perfeito, faltou um pouco mais de carisma aos personagens principais além de mais calma nos momentos finais da narrativa, que ficaram muito atropelados e poderia ter acontecido de uma forma bem mais épica, provavelmente isso se deve a inexperiência de Simses como escritora de romances, entretanto, para um primeiro trabalho literário este livro me surpreendeu bastante e, com certeza, cativou-me.
Ora, um escritor que te transporta, através das palavras, para um lugar que você nunca foi e te deixa com água na boca só com as descrições fabulosas e deliciosas das receitas de cupcakes de blueberries merece um crédito enorme, espero poder ter a oportunidade de ler outro livro de Mary Simses. Vocês precisam ler!

Camila Márcia
 

*Este livro foi cortesia da Editora Paralela, para saber mais sobre o livro acesse Aqui.

Resenha: O Irresistível Café de Cupcakes - Mary Simses

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Saudações Leitores!
Confiram os lançamentos da Companhia das Letras, Paralela e Seguinte. Muita coisa boa chegando às livrarias e, espiem só: tem John Boyne \õ/ todos vibram \õ/

O cachorro amarelo, de Georges Simenon
Este romance leva Maigret até a cidade costeira de Concarneau, na região francesa da Bretanha. Após o assassinato de um mercador de vinhos, o comissário passa a desconfiar de Emma, uma garçonete submissa. A chave para a resposta, contudo, está num misterioso cachorro amarelo que vaga pelas redondezas e costuma repousar aos pés dela.

Mil rosas roubadas, de Silviano Santiago
Misto de memórias, ensaio e ficção, Mil rosas roubadas desafia as classificações de gênero ao reconstituir literariamente a amizade apaixonada entre dois adolescentes, despertada num encontro casual no centro de Belo Horizonte em 1952. Um dos rapazes, Zeca, se tornaria um ferino e influente jornalista cultural, crítico e letrista de música popular; o outro, que sobrevive à morte do amigo e narra a história, um respeitado pesquisador e professor universitário. Os temas do amor, da amizade e da arte, das experiências hedonistas, eróticas e comportamentais, entrelaçam-se com um retrato rico das transformações culturais do país nas últimas seis décadas, a par de uma reflexão constante sobre o próprio ato de escrever e os limites da literatura em sua ânsia de captar a vida como ela foi. Com a tarimba e a erudição habituais, Silviano Santiago, o premiado autor de Nas malhadas da letra, Em liberdade e Stella Manhattan, nos dá aqui seu livro mais ousado e revelador.

A arte francesa da guerra, de Alexis Jenni
Híbrido de aventura e ensaio, o romance de Alexis Jenni investiga a identidade francesa a partir de um retrato detalhado da “guerra de vinte anos” que se estendeu entre a Segunda Guerra Mundial e a independência da Argélia.

Editora Paralela


A vida do livreiro A. J. Fikry, de Gabrielle Zevin
“Livrarias atraem o tipo certo de gente”. É o que descobre A. J. Fikry, dono de uma pequena livraria em Alice Island. O slogan da sua loja é “Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo”. Apesar disso, A. J. se sente sozinho, tudo em sua vida parece ter dado errado. Até que um pacote misterioso aparece na livraria. A entrega inesperada faz A. J. Fikry rever seus objetivos e se perguntar se é possível começar de novo. Aos poucos, A. J. reencontra a felicidade e sua livraria volta a alegrar a pequena Alice Island.

Editora Seguinte


Fique onde está e então corra, de John Boyne
Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados – enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar. Seu pai logo se alistou para o combate, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais perto do que ele imaginava. Determinado, Alfie mobilizará todas suas forças para trazê-lo de volta para casa.

Lançamento: Fique onde está e então corra... e outros

terça-feira, 17 de junho de 2014

Saudações Leitores!
Hoje trago uma notícia de um futuro lançamento da Editora Paralela: em outubro a editora irá publicar a série inspirada em integrantes do One Direction. São 600 milhões de leituras no Wattpad e um dos maiores lançamentos do ano nos EUA!!!!!!

Confira a notinha disponibilizada pela editora abaixo:

A Editora Paralela lançará, em outubro, no Brasil o novo fenômeno do mercado editorial internacional: a série Depois, que se inspira nos integrantes da banda de maior sucesso da atualidade, a One Direction, com 5 milhões de discos vendidos e turnês com shows superlotados no mundo todo.
Depois, escrita pela americana Anna Todd, atingiu a inacreditável marca de 800 milhões de leituras na internet, onde foi publicada como fanfic – um texto de ficção escrito por uma fã em homenagem a um ídolo (o megassucesso 50 tons de cinza foi escrito originalmente nesse formato por E.L. James).
Os três livros narram a paixão fulminante de Tessa, uma garota até então superdedicada aos estudos e certinha, pelo bad boy inglês Harry, personagem baseado em Harry Styles, cantor do grupo britânico. O primeiro volume será lançando no Brasil na mesma época do americano.
Os outros integrantes do One Direction – Niall, Liam, Zayn e Louis – também ganharam personagens com seus nomes. Moradora de Austin, Texas, e apaixonada pela banda, Anna começou a escrever sobre a história apaixonante de Tessa e Harry no Wattpad, plataforma de leitura que virou febre nos EUA.
O início da série Depois mostra Tessa, de 18 anos, saindo da casa da mãe para ir para a faculdade. Até então, sua vida se resumia a estudar e ir ao cinema com o namorado doce que conheceu ainda criança. Ela divide um quarto com uma amiga festeira e, no primeiro dia de aula, conhece Harry, um jovem rude, tatuado e com piercings, que implica com seu jeito de garota certinha.  Logo, no entanto, os dois se envolvem e Tessa, descobre novos desejos. Harry revela seu passado cheio de fantasmas e Tessa precisa decidir se deve se arriscar por esse amor intenso e avassalador. Uma coisa é certa: depois de Harry, Tessa nunca mais será a mesma.

Animados? Eu estou.... e olha que nem sou fã de One Direction, mas a sinopse é tãoooooo mega interessante que eu fiquei big curiosa.

Notinha 40#: Paralela lança série inspirada em integrantes do One Direction em outubro!!!!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Saudações Leitores!
Confiram os lançamentos da Companhia das Letras e Paralela da última semana, atenção porque cada lançamento pode roubar seu coração e você vai desejá-lo loucamente... hihihihi
Espero que gostem das novidades e babem como eu estou babando por esses livros: só lançamento bom!


Coleção Georges Simenon:

Protagonizados pelo Comissário Maigret, os três primeiros livros da nova coleção Simenon seguem a ordem cronológica das histórias escritas pelo mestre da literatura policial:

(Tradução de André Telles)




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O réu e o rei, de Paulo Cesar de Araújo
Esta história omeça em 1965, quando um menino pobre de Vitória da Conquista, no interior da Bahia, ouve pela primeira vez “Quero que tudo vá pro inferno”. Magnetizado pelo poder da canção, ele se tornaria instantaneamente fã do rei da música brasileira. Estava ali a semente de Roberto Carlos em detalhes, a primeira grande biografia do ícone da Jovem Guarda, apreendida como resultado de processos movidos pelo cantor. Objeto de verdadeira polêmica pública, a batalha em torno da proibição do livro é o cerne deste relato. Paulo Cesar de Araújo conta a história da sua intensa relação com a música de Roberto Carlos, os dezesseis anos de pesquisa que embasaram a redação da biografia e, por fim, os meandros de uma das mais comentadas e controversas guerras judiciais travadas recentemente no Brasil. É uma história ainda sem ponto final, mas sobretudo por isso necessária, que deve ser lida por todos os que se interessam pelo debate em torno da liberdade de expressão em nosso país.


Dias de feira, de Julio Bernardo
Toda semana, na mesma rua, ela está lá: a feira livre, patrimônio cultural, gastronômico e social do Brasil. Mas entre os cachos de banana, pastéis fritos na hora e sobrecoxas de frango caipira – quem anima a feira? Como ela funciona? Que histórias estão por trás dessa forma tão antiga e ainda tão popular de comércio, até mesmo numa megalópole como São Paulo?
O texto divertido, leve, esclarecedor e assumidamente nostálgico de Julio Bernardo passeia pelas feiras de São Paulo, mostrando – com didatismo e humor – o funcionamento e toda a dinâmica social e econômica das feiras. Mais do que isso, o autor, que é filho de feirantes, chef de cozinha e um dos blogueiros gastronômicos mais ácidos da internet brasileira, recupera histórias, causos, tragédias e episódios de personagens que compõem a vasta e rica comédia humana que é a feira. Mocinhos e bandidos, gostosonas e espertalhões, justiceiros e paus d’água: tipos humanos inesquecíveis depois da leitura desse livro encantador.


Contos do nascer da Terra, de Mia Couto
Nesta reunião de 35 contos breves, a maior parte deles publicada originalmente em jornais e revistas, o escritor moçambicano Mia Couto leva o leitor a um passeio por notáveis cenas insólitas inspiradas no cotidiano de seu país.


Dez de dezembro, de George Saunders (Tradução de José Geraldo Couto)
Dez de dezembro é uma visão alucinante e sarcástica da vida contemporânea. Da história do sequestro de uma garota três dias antes do seu aniversário, passando pela parábola de ressonâncias kafkianas sobre um pai que reencena os principais eventos de sua vida em um poste diante do jardim de casa, à narrativa tocante da expedição imaginária de um garoto gordinho, os contos inventivos e emocionantes reunidos neste volume parecem sinalizar uma nova era para a narrativa breve em nossos dias. Com este livro, o norte-americano George Saunders sacudiu o cenário das letras contemporâneas de seu país, arrancando os mais rasgados elogios da crítica e de outros escritores graças, em grande parte, a uma escrita tão virtuosística quanto humana. Munido das ferramentas dos melhores ficcionistas, Saunders ergue com este livro um cenário singular. A prova de gênio de um ficcionista necessário e inesquecível. 


A cidade ilhada, de Milton Hatoum (edição de bolso)
Milton Hatoum reuniu em A cidade ilhada relances da experiência vivida em tramas brevíssimas, de dicção enxuta, em que tudo ganha nitidez máxima – e máximo poder de iluminação. As sementes destes contos não poderiam ser mais diversas: a primeira visita a um bordel em “Varandas da Eva”; uma passagem de Euclides da Cunha em “Uma carta de Bancroft”; a vida de exilados em “Bárbara no inverno”; o amor platônico por uma inglesinha em “Uma estrangeira da nossa rua”. Com mão discreta e madura, Hatoum trabalha esses fragmentos da memória até que adquiram outro caráter: frutos do acaso e da biografia pessoal, eles se mostram como imagens exemplares do curso de nossos desejos e fracassos. Breves como são, estas histórias guardem em si a mesma potência expansiva e explosiva que o leitor já conhecia desde Dois irmãos e Cinzas do Norte.

Editora Paralela


O Planeta Neymar, de Paulo Vinícius Coelho
Paulo Vinícius Coelho, o jornalista que mudou a maneira como o brasileiro vê futebol, foi o primeiro a escrever sobre o craque Neymar, quando ele ainda tinha treze anos. Para PVC, como é conhecido o comentarista da ESPN e colunista da Folha de S.Paulo, Neymar, o melhor jogador da Copa das Confederações de 2013 e a grande esperança brasileira para a próxima Copa, não só representa a retomada da boa tradição do futebol arte, como significa também uma grande mudança na maneira como os craques nacionais gerenciam a própria carreira.
Neste livro, Paulo Vinícius Coelho analisa a carreira do atacante do Barcelona desde o tempo em que, garoto, jogava futsal em São Vicente, no litoral paulista, passando pela vitoriosa carreira em um dos melhores times do Santos e culminando com a espetacular atuação pela seleção brasileira na Copa das Confederações. Ao contrário do argentino Linoel Messi, Neymar preferiu se formar e jogar por cinco temporadas no Brasil, antes de ir para a Espanha. Sua carreira, muito bem planejada pelo pai, é um sucesso nos gramados e fora dele.

Lançamento: A Cidade Ilhada... e outros

terça-feira, 27 de maio de 2014

Saudações Leitores!
Essa postagem está um pouco atrasadinha, porque é pra falar dos lançamentos da semana passada das editoras Companhia das Letras, Seguinte e Paralela. Por que a postagem saiu tão tarde? Ora, esse caos que é a minha vida com o trabalho, retas finais da pós-graduação e a temida monografia, concursos, leituras, namorado, amigos e muitas outras coisas com que tenho que dividir meu tempo... Enfim, o que importa é que a postagem não deixa de sair e vem linda e recheada de ótimos lançamentos: espiem!!!

Dias perfeitos, de Raphael Montes
Aos vinte anos, o carioca Raphael Montes impressionou crítica e público com Suicidas, livro finalista de diversos prêmios literários, entre os quais o prêmio São Paulo de Literatura e o Machado de Assis, concedido pela Biblioteca Nacional. Aos vinte e três anos, escreveu este Dias perfeitos, seu segundo romance. A exemplo do anterior, traz suspense, violência, diálogos ágeis, trama vibrante e pleno domínio do andamento narrativo. Mas agora as doses de ironia e perversidade são redobradas, num mergulho pela psique de um assassino metódico, engenhoso e sobretudo apaixonado.


Almanaque 1964, de Ana Maria Bahiana
Em 1964, o mundo fervia. O Brasil começava a viver sob uma ditadura militar desde que, em 31 de março, o Exército tomara o poder, sufocando a democracia e restringindo diversos direitos individuais. Tudo mudava. No exterior, a Guerra do Vietnã, a tensão entre as potências que detinham a bomba atômica e a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos mostravam um mundo em convulsão. E não só na política. Antigos valores ruíam, anunciando um mundo novo – para o bem e para o mal. De Nara Leão a Bob Dylan, de Chico Buarque aos Beatles e Rolling Stones, passando por Glauber Rocha, os filmes de 007, o monoquíni, o frescobol em Ipanema – tudo na cultura e na sociedade daquele ano parecia estar em plena efervescência.
Este é o universo que Ana Maria Bahiana recupera – com inteligência e texto pop, rigor no tratamento dos fatos e atenção àquelas deliciosas miudezas que ajudam a retratar uma época – no Almanaque 1964. Lançando mão da linguagem mais descontraída do almanaque, com muitas fotos, texto leve e altamente informativo, o volume é um passeio delicioso e instrutivo por um tempo que ajudou a definir, com violência, paixão, som e fúria, o mundo de hoje.


Caninos em família, de Kevin Wilson (Tradução de Alexandre Hubner)
Annie é uma atriz de cinema com alguns bons papeis no currículo e uma indicação ao Oscar, mas o aspecto mais comentado de sua carreira é a série de fotos que vazou na internet e em que ela aparece de torso nu. Buster escreveu um romance mediano, sobrevive de bicos para uma revista e acaba de ser atingido no olho por um tubérculo fumegante durante a pesquisa par uma matéria sobre canhões de batata. Para além do infortúnio, eles têm algo mais em comum: Annie e Buster são irmãos. Filhos do casal de artistas perfomáticos Caleb e Camille Caninus, cresceram participando das perfomances radicais dos pais, cujo objetivo era gerar o caos e em seguida desaparecer de cena. Nesse ambiente, parece natural que Annie e Buster não tenham desenvolvido a capacidade de conduzir a prórpia vida. Mas agora que a confusão se instalou, o caminho de volta ao universo paralelo dos pais parece ser a única saída. Os combalidos Caninus, entretanto, têm outros planos para a velhice – e desta vez tudo indica que as crianças não foram incluídas no programa.


Histórias de Mix, Max e Mex, de Luís Sepúlveda (Ilustrações de Noemí Villamuza / Tradução de Eduardo Brandão)
Mix e Max eram amigos inseparáveis, como só um garoto e um gato podem ser. Enquanto Max estava na escola, Mix protegia os cereais preferidos de seu dono; enquanto Mix passeava pelos telhados da vizinhança, Max enchia o pote de comida de seu parceiro – e assim, lado a lado, eles cresciam.
Acontece que o tempo dos gatos é diferente do tempo das pessoas, e quando Max se tornou um jovem cheio de planos, Mix já estava velho e mal conseguia enxergar. Mas, sem poder se aventurar pelos terrenos vizinhos, ele não imaginava que conheceria um rato tagarela disposto a lhe mostrar com palavras tudo aquilo que seus olhos não viam mais – e muito menos que esse rato pudesse virar seu companheiro leal e fazê-lo sentir-se feliz mais uma vez. Esse era o Mex.

Editora Paralela


Sem medo de falar, de Marcelo Ribeiro
O abusador sexual é alguém próximo. Um parente, um amigo da família, um professor, um padre, um treinador, um maestro de coral. Seu maior aliado é o silêncio. A criança não denuncia porque tem vergonha, medo. Porque acha que ninguém vai acreditar. Marcelo Ribeiro perdeu o medo de falar. Neste livro corajoso, ele conta como, ajudado pela mulher, conseguiu enfrentar o trauma e a condenação ao silêncio. Sua vida é um exemplo de superação: das dores, tirou lições fundamentais para aqueles que desejam a felicidade das crianças e para todos que querem encontrar caminhos para que a sociedade possa se prevenir desse crime monstruoso.

Editora Seguinte


A garota certa, de Ali Cronin (Série Garota <3 Garoto, vol. 5) (Tradução de Rita Sussekind)
Cass terminou com Adam. Jack não quer mais nad com Cass. Donna resolveu dar mais uma chance ao amor. Mas e Ollie? Ollie é apaixonado por sua melhor amiga, Sarah, desde sempre. Ela parece não se dar conta disso, e ele morre de medo de perdê-la.

Lançamento: Dias Perfeitos... e outros

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Saudações Leitores!
Conheçam os últimos lançamentos da Editora Companhia das Letras, Seguinte e Paralela, tem muita coisa bacana em nossas livrarias e é imprescindível conhecermos.

O mundo é plano – uma breve história do século XXI, de Thomas L Friedman (Tradução de Cristina Serra, Sergio Duarte, Nruno Casotti, Cristina Cavalcanti)
Elogiado pela crítica e sucesso mundial de vendas, O mundo é plano tornou-se já referência na história das relações internacionais. Thomas Friedman, um dos principais articulistas do New York Times e vencedor de três prêmios Pulitzer, foi pioneiro em enxergar e definir a “nova globalização”, era em que os avanços da tecnologia e da comunicação permitiram que os indivíduos se conectassem como nunca antes, transformando as noções conhecidas de distância, tempo e trabalho. Momento este, defende o autor, que se mostrou positivo para os países emergentes, seus negócios e meio ambiente, ao contrário da era da “velha” globalização, que só beneficiava quem já detinha capital. Através da ideia de achatamento do mundo, Friedman descreve como as pessoas passaram a colaborar umas com as outras e também competir em um mundo de forças mais igualitárias, e procura assim explicar a ascensão de novos players mundiais, como Índia e China. Leitura indispensável para a compreensão do novo jogo de forças do capitalismo social.

Entre amigos, de Amós Oz (Tradução do hebraico e notas: Paulo Geiger)
Nas oito histórias interligadas que compõem Entre amigos, Amós Oz recria com precisão a realidade de um kibutz. Inicia com o solitário Tzvi Provizor, que se ocupa diligentemente de seus jardins, mas no tempo livre espalha com especial prazer as notícias de tragédias e calamidades que escuta no rádio. A narrativa final retrata os últimos dias do velho sobrevivente do Holocausto, Martin Vanderbeg, que acredita na abolição de todos os estados nacionais e numa fraternidade mundial e pacifista, coroada pelo uso do esperanto como idioma comum a todas as pessoas. No arco que compreende essas duas histórias, outras passagens da vida no kibutz trazem caos de amor e traição, inveja, orgulho e abandono. Partindo dos males do mundo que Tzvi espalha de seu rádio para chegar à esperança do velho Martin no futuro, Amós Oz cria uma pequena comédia humana, que dá conta de dramas universais sem sair do kibutz Ikhat.

A cabeça do santo, de Socorro Acioli
Sob o sol torturante do sertão do Ceará, Samuel empreende uma viagem a pé para encontrar o pai que nunca conheceu. Ele vai contrariado, apenas para cumprir o último pedido que a mãe lhe fez antes de morrer. Quando chega à cidade quase fantasma de Candeira, encontra abrigo num lugar curioso: a cabeça gigantesca de uma estátua inacabada de santo Antônio, que jazia separada do resto do corpo. Coisas extraordinárias começam a acontecer depois que Samuel descobre ter o dom de ouvir as preces e os segredos do coração das mulheres das redondezas, que não param de reverberar dentro da cabeça do santo.

Doze anos de escravidão, de Solomon Northup (Tradução de Caroline Chang)
Doze anos de escravidão narra a história real de Solomon Northup, negro americano nascido livre que, por conta de uma proposta de emprego, abandona a segurança do Norte e acaba sendo sequestrado e vendido como escravo. Durante os doze anos que se seguirem ele foi submetido a trabalhos forçados em diversas fazendas na Louisiana. Este relato autobiográfico, publicado depois da libertação de Northup, em 1853, logo se tornou um best-seller, e hoje é reconhecido como a melhor narrativa sobre um dos períodos mais nebulosos da história dos Estados Unidos. Verdadeiro elogio à liberdade, esta obra apresenta o olhar raro de um homem que viveu na pele os horrores da escravidão.

Orlando, de Virginia Woolf (Tradução de Jorio Dauster)
Neste que é seu romance mais celebrado e popular, uma obra construída com exuberância estilística e imaginativa, Virginia Woolf (1822-1941) conebeu um dos personagens mais emblemáticos e paradoxais de toda a literatura universal. ascido no seio de uma família de boa posição em plena Inglaterra elisabetana, Orlando acorda com um corpo feminino durante uma viagem à Turquia. Como é dotado de imortalidade, sua trajetória então atravessa mais de três séculos, ultrapassando as fronteiras físicas e emocionais entre os gêneros masculino e feminino. Suas ambiguidades, temores, esperanças, reflexões – tudo é observado com inteligência e sensibilidade nesta narrativa que, publicada originalmente em 1928, permanece como uma das mais fecundas discussões sobre a sexualidade humana. Esta edição inclui introdução e notas de Sandra M. Gilbert, especialista em estudos de gênero e literatura inglesa, e uma brilhante crônica-ensaio de Paulo Mendes Campos, um dos grandes leitores brasileiros da obra de Virginia Woolf.

Goya à sombra das luzes, de Tzvetan Todoroy (Tradução de Joana Angélica d’Avila Melo)
Mais da metade da produção de Francisco José de Goya y Lucientes  (1746-1828) – cerca de mil desenhos e gravuras, além de várias pinturas destinadas à fruição privada do artista – se compõe de trabalhos que somente foram expostos ou publicados anos depois de sua morte. Nessas criações secretas, que coexistiram com as encomendas de cenas religiosas e retratos da nobreza que lhe cabiam como pintor oficial da corte espanhola, o artista visionário dos Desastres da guerra exorciza numerosos demônios particulares através de experimentos formais que antecipam o impressionismo e a arte moderna. Indiferente à opinião pública, Goya tematiza as principais questões filosóficas e políticas a Europa nos anos 1790-1820 soba influência das ideias iluministas, sem contudo negligeniar suas trágicas consequências na realidade histórica. Neste ensaio provocativo e esclarecedor, Tzvetan Todorov reconstitui a singular trajetória artística de Goya, desvendando as articulações ideológicas e estéticas de obras decisivas.

Quando é dia de futebol, de Carlos Drummond de Andrade
Nove Copas do Mundo, o auge de Pelé, o caráter mesmerizante de um esporte sobre todo um povo. É isso que Carlos Drummond de Andrade oferece – em prosa e poesia – nesta seleção de textos que tem o futebol como mote. São crônicas e poemas líricos, bem-humorados e meditativos escritos a partir de grandes jogos, lances geniais e episódios pitorescos do universo futebolístico. E não ficam apenas nisso: o poeta mineiro se vale do esporte bretão para tentar ler as inúmeras transformações pelas quais a realidade brasileira passou ao longo do século XX.

O corpo no escuro, de Paulo Nunes
Entre o lirismo e a observação lancinante sobre o ciclo da vida, a ausência de religião e a metafísica, um olhar inaugural e o manejo seguro da tradição da poesia em língua portuguesa, o mineiro Paulo Nunes faz de sua estreia em livro um desses momentos que devem ser saudados pelos leitores da nossa melhor lírica. O corpo no escuro é seu primeiro livro, mas reúne uma copiosa e consistente produção (conhecida apenas entre alguns leitores de revistas literárias) que cobre um período de mais ou menos vinte anos, o tempo que o autor, reservadíssimo e aplicado, levou para reuni-la nesta obra.
Dividido em duas grandes seções, “Óbvni” e “Tempo das águas”, o volume traz, articuladas ao longo dos poemas, meditações, observações e tentativas do autor de perscrutar a realidade em praticamente todos os seus aspectos. De feição sóbria, ostentando uma voz algo clássica e falando de temas maiúsculos da poesia (como o amor, o desencanto, o tempo e a morte), o conjunto impressiona pela coerência. Prova disso são poemas como “Um astronauta” (reproduzido na quarta capa), “Parapeito” e “O vigia”, entre outros. Anotações líricas em que a solidão e o abandono do homem contemporâneo – esse “corpo no escuro” – recebe contornos clássicos, arrebatadores. Mas a lírica de Paulo Nunes também versa sobre alguns lados luminosos da vida, especialmente os afetos. São as paixões, as amizades e o encantamento pelo outro que parecem reorganizar a visão do poeta, convertendo os momentos mais difíceis em oportunidade de pleno entendimento das coisas: “pensar, sentir: a penumbra/ confunde seus habitantes/ quase os devora, mas/ por um triz a pele reluz”, anota o poeta. Eis em síntese, talvez, a fórmula de toda essa poesia.

Editora Seguinte

Contos da Seleção, de Kiera Cass (Tradução de Cristian Clemente)
Antes de a Seleção começar… Aspen era o namorado secreto da America. E havia outra garota na vida do príncipe Maxon. Todo mundo já conhece as dúvidas e angústias de America quanto aos seus sentimentos, assim como as intrigas entre as Selecionadas. Mas alguém sabe o que se passa na cabeça dods dois homens que lutam pelo coração da garota? É exataemnte isso que será revelado em O príncipe e O guarda: os verdadeiros pensamentos e inquietações do misterioso Maxon, que precisa escolher uma esposa até o fim da disputa, e as ideias e emoções do jovem Aspen, ex-namorado de America que vai trabalhar como soldado no palácio durante o concurso. Leitura indispensável para os fãs da série, esta antologia inclui, ainda, um final estendido do conto O príncipe; bônus exclusivos, como uma entrevista com a autora e dados inéditos sobre os personagens; além dos três primeiros capítulos de A escolha, o aguardado desfecho da trilogia.

Editora Paralela

Um desejo selvagem, de Sylvia Day (Tradução de Alexandre Boide)
Neste segundo livro da série, Vash, a segunda vampira mais importante do mundo, e Elijah, líder dos licanos, assumem o papel central. Além de serem representantes de duas espécies que sempre se perseguiram, Elijah e Vash se odeiam, mas são obrigados a se aproximar em busca de parceria numa guerra contra os anjos. O único problema é que o ódio entre eles vai se transformando em uma paixão incontrolável. Vash, uma mulher dura e determinada, perde a concentração nas lutas, passa a ter ciúmes e a não controlar mais seus sentimentos, enquanto Elijah parece decidido a conquistá-la, usando os mais tentadores artifícios.

Tabuleiro dos deuses, de Richelle Mead (Tradução de Guilherme Miranda)
Justin March, um investigador de religiões charmoso e traiçoeiro, volta para a República Unida da América do Norte (RUAN), após um misterioso exílio. Sua missão é encontrar os responsáveis por uma série de assassinatos relacionados com seitas clandestinas. Sua guarda-costas, Mae Koskinen, é linda, mas fatal. Membro da tropa de elite do exército, ela irá acompanhar e proteger Justin nessa caçada. Aos poucos, os dois descobrem que humanos são meras peças no tabuleiro de poderes inimagináveis.

Lançamento: Contos da Seleção... e outros

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

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