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Saudações Leitores!

Como li recentemente o livro Pessoas Normais e amei o volume, fui conferir quase de imediato a adaptação enquanto estava com a história fresca na minha cabeça e tal foi minha grande surpresa que irei relatar para vocês.  Acompanhem o post:

Pessoas Normais
Título Original: Normal People
Direção: Hettie Macdonald; Lenny Abrahamson 
Duração: 339 min (12 episódios)
Gênero: Drama, Romance
Ano: 2020
País de Origem: Estados Unidos; Irlanda; Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

Sinopse: Ao longo de vários anos, Marianne e Connel - ambos de uma pequena cidade do oeste da Irlanda, mas de origens muito diferentes - embarcam em um romance que começa na escola e continua até a faculdade, enquanto testam seu relacionamento, experimentam com outros parceiros e exploram diferentes verões de si mesmos.


A SÉRIE X O LIVRO

Pense numa coisa difícil é vir fazer um comparativo/ falar sobre a série e o livro, pois amei demais ambos, mas não posso deixar de mencionar que houve algumas modificações na série em comparação com o livro e em sua grande maioria foram muito boa e até suavizaram algumas partes mais pesadas encontradas no livro, sendo que continuaram trazendo a mesma conotação.

Algumas mudanças foram sutis e outras nem tanto como a parte em que Marianne e Connel se reencontram em Dublin, pois no livro Marianne passa a tratar bem Connel, já na série de TV é perceptível um desconforto em recepcioná-lo. As cenas de briga de Marianne com seu irmão Alan, no livro eram mais intensas do que na série.

Porém mesmo com as modificações - que não param apenas nos exemplos que dei - a série ficou perfeita e não consegui parar de assistir até finalizá-la.

OS ATORES E SUAS ATUAÇÕES

Como falar desse aspecto sem surtar: ELES FORAM PERFEITOS! Ambos tinham química e boa performance quando juntos ou separados. Daisy Edgar-Jone deu vida para uma Marianne perfeitamente. Já Paul Mescal, que atuou como Connell não poderia ter sido melhor. Não houve exageros e tudo neles exalou como algo real.

Os demais personagens que acompanham a trajetória do casal também foram incríveis. Todos eles, sejam os que atuaram como familiares, como amigos ou namorados. 

A FOTOGRAFIA, OS ASPECTOS TECNICOS E OS SENTIMENTOS QUE TRANSPÓEM A TELA

Eu sou o tipo de pessoa que gosta de observar a fotografia das séries e filmes que assisto, porque a escolha das cores nos afeta enquanto assistimos e elas passam uma mensagem valiosa. Ademais, também observo o figurino, o espaço cenográfico e tudo que gira em torno da ação, porque eles entregam também a atmosfera que a série que passar e, durante todos os episódios, esses aspectos exalaram sentimentos e nos introduz nos eventos.

Não é uma série tão fácil de assistir por conta dos personagens serem um pouco autodestruitivos, de suas relações familiares e com seus parceiros serem problemáticas, mas a gente vai aos pouquinhos entendendo a situação que os fizeram estar onde estão e é claro que acabamos fazendo uma grande reflexão de como o ambiente e as interações são capazes de modificar um ser humano.

Não vou passar o pano aqui para os personagens, todos os dois precisavam de tudo o que viveram para evoluírem e aprenderem a valorizar os sentimentos que tinham. Ver esse processo durante cada episódio foi fenomenal.

Pra finalizar, é claro que toda adaptação é uma adaptação, ou seja, não é todo o livro apresentado para a tela. Temos que ter consciência de que na própria construção de roteiro vai exigir que hajam modificações, mas o bom roteirista deve tomar as decisões de forma assertiva. Este foi o caso da Série Pessoas Normais. No final, considero-a tão boa quanto o livro e deixa aquela vontade de reler e rever. 

Pessoas Normais (Série)

sexta-feira, 22 de abril de 2022

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Pessoas Normais é um livro visceral que reinventa e dá uma nova roupagem aos romances jovens

Saudações Leitores!

Pessoas Normais (Normal People, 2018) foi escrito pela irlandesa Sally Rooney que já escreveu outros livros, porém este foi meu primeiro contato com uma obra da autora e, antes de mais nada, acho interessante reforçar que Sally Rooney tem ganhado muito destaque na literatura por fazer uma literatura jovem de uma maneira diferente.

Nesse volume, especificamente temos um mix de vários assuntos que são delineados de forma sutil, mas impactante, de modo que fala com a juventude de hoje de maneira peculiar. 

Em Pessoas Normais temos uma história de amor que permeia vários anos em uma relação conturbada que vai das vivências do ensino médio as experiências universitárias, mas mais do que um romance romântico, ao acompanharmos os personagens Marianne e Connell vamos nos deparando com tecituras da narrativa que evocam a sociedade contemporânea, explorando de forma sarcástica vários "silêncios", "maus entendidos", consciência de classes sociais, abuso familiar, problemas psicológicos, machismo, maternidade solo, autodescoberta, habilidades sociais. De certo modo Pessoas Normais é um volume que dá uma nova roupagem as velhas histórias românticas envolvendo jovens e adultos de forma a conversar com esses indivíduos hoje.

Sem dúvida Sally Rooney encontrou uma nova forma de escrever literatura jovem, sua estrutura narrativa é diferente da maioria dos livros para jovens que encontramos por aí e os dilemas e temas que a autora propõe abrange todo o universo jovem com muita força de identificação, pois todos - apesar de suas singularidades e de se acharem que são melhores ou piores que os outros - não passam de "pessoas normais".

Os clichês dos livros jovens no panorama de Sally Rooney e de outros escritores que já li fogem do padrão do felizes para sempre e mostram o que pode ser a "vida real" de verdade, preparando o leitor para as próprias frustrações cotidianas.

Marianne é a típica menina rica, com uma família complexa e que para se proteger acaba se fechando numa bolha, passando a impressão de que é superior, tornando-se impopular na escola e sendo considerada feia e esquisita - alguns dos estereótipos sociais que estão presentes dentro de todas as escolas. Já Connell é um jovem de classe baixa, sua mãe é doméstica e mãe solo, porém ele é inteligente e enturmado na escola, sendo popular - uma forma de máscara para esconder seus pensamentos e sentimentos. Ambos começam uma relação no ensino médio, mas por conta de vários silêncios e desentendimentos eles terminam de maneira abrupta e com mágoa.

Tempos depois os dois se reencontram na faculdade e aqui há uma reviravolta e inversão de papéis, agora Connell é o jovem que não se encaixa, não tem amigos e é tido como esquisito e já Marianne é popular, enturmada e com vários amigos e até um namorado.

Quando os caminhos de ambos se cruzam já esperamos que os dois fiquem juntos, certo? Porém, esse casal ainda terá que passar por muita coisa e são essas coisas que fazem o enredo ficar interessante, intimista, reflexivo, sarcástico e cheio de criticidade. A vida de Connell e Marianne não é fácil e percebemos desde o começo do livro que ambos seriam pessoas que mereciam fazer terapia, porque há várias questões emocionais e psicológicas que abrange ambos.

Sim, até mesmo essa questão abordada por Sally Rooney em Pessoas Normais é algo fenomenal, pois problemas psicológicos até bem pouco tempo era considerado tabus, porém atualmente, na sociedade que vivemos podemos dizer que é atípico a pessoas que não sofre com algum problema de ordem psicológica, Pessoas Normais afirma que nosso psicológico é afetado de inúmeras maneiras no decorrer do tempo.

Quando menciono isso estou me referindo a influencias internas e externas. Ou seja, somos afetados pela forma como nos relacionamos com os outros, como os outros nos veem e sobretudo por nossos relacionamentos sejam familiares, amorosos e de amizade. 

A forma como Sally Rooney coloca os pensamentos dos personagens, a forma como eles observam os acontecimentos e sua perspectiva e ponto de vista sobre diversos assuntos é real, reflexiva e deixa tanto os personagens como os leitores cientes de que Pessoas Normais é um retrato fiel de nossa sociedade, sentimentos e vivências, pois de alguma forma já sentimos, refletimos ou pensamos o que está sendo explorado no romance.

Definitivamente, Pessoas Normais é um livro que merece ser lido e quiçá relido em outros momentos de nossas vidas, pois acredito que dependendo da fase que o lemos podemos ter uma relação e uma recepção ao volume de uma forma completamente nova, trazendo, consequentemente, novas perspectivas de leitura e outras reflexões.

Pessoas Normais não é um livro clichê e por isso ele é tão interessante porque nos mostra situações imprevisíveis em livros de romance, mas mostra situações mais reais e isso pode agradar muitos leitores, mas também pode não ser interessante para quem busca leituras para fugir da realidade.

FICHA TÉCNICA
Pessoas Normais (Normal People, 2019)
Autor: Sally Rooney
Tradutor: Débora Landsberg
São Paulo: Companhia das Letras
Ano: 2019 | 264 págs.

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Pessoas Normais - Sally Rooney (resenha)

sexta-feira, 15 de abril de 2022

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