Saudações Leitores!
Hoje postarei a resenha de um livro que particularmente me encantou: um livro de poesias de Alberto Caeiro, um dos muitos heterônimos de Fernando Pessoa, sua poesia é de tal magnitude que é considerado o Mestre de todos os outros heterônimos e inclusive do próprio F. Pessoa. Vale a pena ler a obra!!!
Alberto Caeiro é um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Entretanto, Caeiro, é considerado o mestre de todos os outros heterônimos inclusive do próprio ortônimo de Pessoa. Caeiro é o poeta da natureza, um poeta sem metafísica, que vê as coisas como elas são sem pensar muito já que “Pensar é essencialmente errar” (p.116).
Nesta coletânea de poemas de Caeiro somos apresentados a um poeta cuja suas poesias são inspirações da natureza, suas poesias são de uma objetividade e de certa forma racionalidade incríveis. Suas poesias estão arraigadas nas sensações: "Talvez quem vê bem não sirva para sentir” (p.87) já que "Sentir é estar distraído." (p.105).
Nesta obra temos três poemas “O Guardador de Rebanhos”: “Sou um guardador de rebanhos./ O rebanho é os meus pensamentos/ E os meus pensamentos são todos sensações./ Penso com os olhos e com os ouvidos/ E com as mãos e os pés/ E com o nariz e a boa.” (p.38); “O Pastor Amoroso”: "Amar é pensar./ E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela./ Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela." (p.86); e “Poemas Inconjuntos”: "Uma vez amei, julguei que me amariam,/ Mas não fui amado./Não fui amado pela única grande razão - / Porque não tinha que ser." (p.104).
Esta obra com certeza tem um halo inspirador. Sem sombra de dúvida, Fernando Pessoa é um poeta de imensurável importância para a literatura não só portuguesa, mas mundial. Sendo assim, indico a leitura dessa obra para todos os amantes de poesia, para aqueles que buscam inspiração e conseguem ver nas palavras motivos para viajar, Caeiro nos proporciona uma viagem maravilhosa!
Camila Márcia
Adorei conhecer um pouco mais aqui, Myla, deste livro, do Fernando Pessoa.
ResponderExcluirAh, amei!
"Uma vez amei, julguei que me amariam,/ Mas não fui amado./Não fui amado pela única grande razão - / Porque não tinha que ser."
Vontade de ler!
Quero muito ler Clarissa do Érico Verissimo por sua causa, rs.
O blog está fantástico!
um beeijo*