SOCIAL MEDIA

Resenha: Sonetos - Florbela Espanca

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Saudações Leitores!
Resenha nova no ar, dessa vez de um livro de sonetos. Sim, a poesia entrou na minha vida e veio cheia de luzes e cores, primeiro com Vinícius de Moraes, depois Fernando Pessoa e agora Florbela, sem dúvida, cada vez fico mais e mais encantada. Espero que gostem da resenha e sintam-se estimulados a lerem a obra!


Sonetos, Florbela Espanca, São Paulo: Martin Claret, 2009, 128 pág. 

        Em “Sonetos”, de Florbela Espanca encontramos algumas das composições poéticas dessa grande poetisa portuguesa, nascida em 8 de dezembro de 1894 e morta em 8 de dezembro de 1930, teve uma vida breve – apenas 36 anos – mas muito intensa e cheia de conflitos íntimos. Os temas principais de suas composições poéticas são o amor e patriotismo.
        Apesar de uma vida breve, Florbela transbordava poesia e em vida teve duas antologias publicadas: Livro de Mágoas (1919) e Livro de Soror Saudade (1923) e, após seu falecimento, foram publicadas as antologias Charneca em Flor (1930) e Reliquiae (1931). Nesta edição da Martin Claret trás exatamente as composições destes quatro livros.
        Em “Livro de Mágoas” temos uma Florbela que diz: “Eu sou a que no mundo anda perdida,/ Eu sou a que na vida não tem norte..." (poema: Eu, p.24), uma poeta que busca se encontrar e que está voltada para seus sentimentos. Em “Livro de Soror Saudade” Florbela saudosa, triste que vive numa mixórdia de sentimentos: “Ódio seria em mim saudade infinda,/ Mágoa de o ter perdido, amor ainda./ Ódio por ele? Não... não vale a pena” (poema: Ódio?, p.57).
        Já em “Charneca em Flor”, vamos encontrar os questionamentos “Quem nos deu asas para andar de rastros?/ Quem nos deu olhos para ver os astros?/ _Sem nos dar braços para os alcançar?” (poema: ?, p.83). E em “Reliquiae” temos o fragmento “Eu bem sei, meu Amor, que pra viver/ São precisos amores, pra morrer,/ E são precisos sonhos pra partir.” (poema: Amor que Morre, p. 111).
        As poesias de Florbela são tão intensas e profundas, capazes de desnudar a alma e o próprio leitor entra neste mundo poético repleto de quimeras, em que a poetisa busca um amor que a complete. Ama a tudo!
        Em suma, neste livro a sensibilidade aflora e os sentimentos de Florbela, que apesar de serem tão centrados no “Eu”, parecem ser coletivos. Uma busca constante pelo amor certamente vem arraigada de muitas expectativas que não se realizando deságuam em frustrações. 

Camila Márcia

2 comentários :

  1. Assumo que gosto de poesia Mila, quando lemos um poema é como se nos encontrassemos com nossa alma, nossa essência. Simplesmente lindo.
    Florbela Espanca é maravilhosa...

    Sua resenha ficou maravilhosa.

    Abraços!

    Ps.: Andei sumida daqui por conta das inumeras tarefas do trabalho. Mas o DLL já é cativo meu. Sempre que dá eu passo aqui.

    ResponderExcluir
  2. Não sou muito fã de livros de poemas, prefiro catá-los ao meu gosto. Coletâneas geralmente desmerecem alguns e merecem outros, e isso vai tanto ao gosto do leitor que parece bobo separá-los. Adoro vários sonetos de Luis de Camôes, mas nunca li nada da Florbela.

    ResponderExcluir

Muito obrigada pelo Comentário!!!!

Instagram