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Resenha: Treze - Nelson de Oliveira

quarta-feira, 28 de março de 2012

Saudações Leitores!
Eu tive que ler Treze para escolher um conto para analisar numa disciplina da faculdade e esse livro foi um professor que me emprestou, pois não consegui achar nenhum livro desse autor na biblioteca municipal da minha cidade e nem da universidade em que estudo, o que me remeteu a reflexão do quanto as bibliotecas não são atualizadas. Durante um ano centenas de livros são publicados e se pararmos para refletir será que todos os anos as bibliotecas recebem livros novos? Acho que não. Sabe quem sai perdendo? A sociedade, pois apropriar-se de um livro é apropriar-se de conhecimentos. E os conhecimentos precisam ser atualizados, portanto os livros também!
Enfim, eu peguei o livro e me assustei com a capa, fiquei pensando que eram contos de terror e tive receio de começar a leitura, mas após o início não parei mais. Li todos os contos em uma manhã. São bem interessantes. Confiram:


Treze, Nelson de Oliveira, Edições Ciência do Acidente, 1999, 99 pág.

Treze é um livro com treze contos, prefaciado por Moacyr Scliar e escrito por Nelson de Oliveira, escritor contemporâneo brasileiro. Oliveira possui o título de doutor em Letras pela USP e publicou romances, contos, ensaios organizou diversas antologias.
Nesse livro estão presentes os seguintes contos: Dies irae, o dia da ira; Fábula rasa; Doce dilema azul de bolinhas amarelas; Ela não vê no que seus olhos crêem; Gorducha; Merdra; Não Sei Bem O Quê, aqui; Duas quedas; Homenagem a Tróia; Monstro; Toleima?; O sr. McPiffs; Zede, o gado.
Gostaria de dar destaque para os contos: Não Sei Bem O Quê, aqui; Gorducha; Duas Quedas; Monstro e O Sr. McPiffs, pois foram os que mais gostei, claro que os demais também são bons, mas como todo leitor sabe, sempre gostamos mais de uns do que de outros.
Essa obra do Nelson de Oliveira apresenta uma linguagem fácil, mas os contos – como é práxis na literatura – apresentam uma abertura semântica imensa. Os contos são breves, o que nos remete a uma leitura contínua. Ao iniciar a leitura de um conto ele parece ter um ritmo próprio e a forma quase caótica de narração do Nelson faz com que o leitor sinta-se motivado a uma leitura rápida. Um detalhe especial é que quase todos contos são em primeira pessoa, apresentam apenas um cenário, um desenrolar rápido e em uma boa parte deles são psicológicos, como se fossem a narração do próprio pensamento.
Nesse livro ainda podemos apreciar no início de cada conto imagens – algumas assustadoras – de loucos, o que dá um caráter perturbador a obra, nota-se logo pela capa do livro.
Gostei bastante da forma que o autor escreve e dos recursos literários, mas ainda assim achei alguns contos confusões demais. Mas como dizem na literatura o que me toca a sensibilidade pode não lhe tocar ou vice-versa. Mas confesso que o livro não deixou-me com aquela ansiedade pra ler. Talvez o fato de estar lendo-o para fazer um estudo da faculdade tenha colaborado para minha apreciação reduzida da obra.
Contudo, acredito que por ser uma leitura breve e rápida, qualquer pessoa poderia – deveria?! – apreciar um leitor nacional e Nelson de Oliveira é um escritor que goza do status de ser um dos melhores contistas contemporâneos.

Camila Márcia

9 comentários :

  1. um dos melhores contistas contemporâneos? eu ainda não conhecia esse autor mas por tal reputação acredito que o livro seja bom, vou procurar na biblioteca vai que eu tenho sorte de encontrar. Adoro livros com contos.

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  2. Aii que show! Nunca tinha ouvido falar nesse livro...mas adorei! Vou ver se encontro ele. Flor, seu blog está estranho...com uns ícones de imagem com exclamação. Foi difícil comentar...ia para o Facebook!
    Beijos!
    http://palomaviricio.blogspot.com

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  3. autores nacionais tem pouco reconhecimento, mais a partir de postagem como a sua vamos ganhando conhecimento sobre esses autores, lendo sobre eles e ate virando fã

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  4. Eu gostei do livro pela resenha. Tenho alguns livros assim, que são divididos por contos. E eles são bons, pois não fica monótomo. Eu gosto. :)

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  5. Conheço esse livro, não gosto. Que me perdoem os teóricos e quem curte o Nelson, mas sua escrita caótica não me cativou, não consegui encontrar nenhum sentido nos contos desle e, particularmente, não suporto ler coisas sem sentido. Deixando claro que esta é minha opinião.

    Abraços.

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  6. A capa já demonstra não ser algo muito fácil. Não exatamente assustador, mas fora do lugar comum.
    Tenho dificuldade com contos porque eles sempre parecem faltar alguma e muita coisa, mas daria uma chance a um do autor, pra conhecer.

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  7. Deus sabe quanta coisa a gente tem que ler pra faculdade sem vontade nenhuma né, Mila? Apesar de "Treze" não ter me agradado tanto ele não é de todo ruim, pelo contrário, achei que o autor tem uma forma bem particular de contar contos.

    Abraços amiga.

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  8. Eu admiro muito livros de contos. Tenho um, que se chama Leituras de Escritor, em que o organizador é o Moacyr Scliar. Os contos que ele organizou e declarou como seus favoritos sempre tem um pequeno toque de mistério, são leituras leves e contemporâneas, apesar da carga pressional de eficiência de alguns que realmente fazer com que nós possamos entender sem precisar reler...

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  9. Comprei há um mês, os dois livros Coisas Frágeis, do Neil Gaiman, e li-os em 3 dias, rs. Nesses dois livros, se encontram os melhores contos (segundo o livro) do Neil Gaiman. Eu, particularmente, achei uns contos/poemas meio sem pé nem rabo. Eu até que aprendi a gostar de livros assim, composto por contos, porém nao se compara a um grande livro. "Treze" eu leria :)

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Muito obrigada pelo Comentário!!!!

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