Saudações Leitores!
Acredito que os que acompanham o blog de longas datas ou mesmo me conhecem já me ouviram falar do quanto gosto da trilogia O Monstrologista e eu ficava na espera louca pelo lançamento dos volumes, enfim esse ano pude concluir a leitura e digo, já estou com saudade da escrita e da história assustadora que povoou todas as páginas dos três livros. Obrigada a Editora Farol Literário por ter me enviado este exemplar para resenha, foi maravilhoso concluir essa jornada com Will e Pellinore...
A
Ilha de Sangue, Rick Yancey, São Paulo: Farol Literário, 2013, 616
pág.
Traduzido por Ana Carolina Mesquita
The Isle of Blood foi publicado originalmente em 2011, pelo
escritor americano Rick Yancey, trata-se do terceiro e último volume da trilogia
O Monstrologista, composta pelos
livros O
Monstrologista, A
Maldição de Wendigo e este último A Ilha de Sangue. Rick Yancey
já escreveu outros livros (que torço para serem publicados também no Brasil) e
é ganhador de vários prêmios literários.
Como de praxe nessa
trilogia, Rick Yancey, incia falando que o que irá narrar foi tirado dos
diários de Will Henry e que após várias pesquisas para ter certeza se a
história é verídica ou a alucinação de um homem que para fugir da realidade ou
monotonia inventou tudo o que está escrito nos cadernos encontrados.
Tudo começa numa noite em
que um visitante inesperado aparece na casa do dr. Pellinore Warthrope e Will
Henry com uma encomenda secreta enviada pelo d. John Kearns: um nidus. O entregador atordoado,
assustado e ameaçado pelo John Kearns pensa que foi envenenado, de fato foi,
mas não pelo que supunha tê-lo envenenado, mas pelo pwder ser, após tocar o nidus
ele foi contagiado e se transforma no monstro.
Como todos os livros da
trilogia, Pellinore se sente instigado a encontrar o Typhoeus Magnificum, aquele que não pode ser visto, então a
primeira precaução do monstrologista é colocar o nidus num local seguro: na sociedade de monstrologia em Londres,
parte para lá e confessa suas suspeitas da Abram Von Helrung, seu antigo mestre
e presidente da sociedade.
"Suponho que não possamos evitar. Somos, todos nós, caçadores. Somos, na falta de uma palavra melhor, monstrologistas. Nossa presa varia dependendo da nossa idade, sexo, interesses, energia. Alguns caçam a coisa mais simples ou tola - o aparelho eletrônico mais recente ou a próxima promoção, ou o garoto ou garota mais atraente da escola. Outros caçam fama, poder, riqueza. Algumas almas mais nobres perseguem o divino ou o conhecimento, ou o aprimoramento da humanidade. No inverno de 1889, eu persegui um ser humano. Você pode estar pensando que estou falando do dr. Pellinore Warthrop. Não. A pessoa era eu." (p.192)
É em Londres que conhece
Tomas Arkwright um aficionado pelos trabalhos monstrologicos de Pellinore, que
como não é modesto encanta-se com o talento peculiar do aprendiz e acaba
deixando Will em Londre e sai em busca do Typhoeus
Magnificum ao lado de Arkwright.
Muitos contratempos e
descobertas virão à tona neste momento, muitas mudanças de personalidade e a
luta pela sobrevivência vão transformar irrevogavelmente Pellinore, Will e
todos a sua volta. Perigo, morte, sangue [muito sangue], viagens e a tal famosa
Ilha de Socotra ou Ilha de Sangue onde supostamente é o ancoradouro do Typhoeus Magnificum vão modificar o
significado do humano, desumano e monstrológico. Uma mudança na estrutura.
"Quando e era jovem, sempre me perguntava se a monstrologia trazia à tona a escuridão no coração dos homens ou se ela atraía homens com corações cheios de escuridão. Hoje penso que não é a natureza da monstrologia, e sim a natureza do homem." (p.276)
A Ilha de Sangue é um livro explendido, mas que tem um começo
diferente e segue um curso inesperado e bem diferente dos dois primeiros livros
e apenas bem depois da metade do livro ele segue o padrão dos outros, por ser
um livro volumoso a leitura não é rápida, isso se deve também ao fato das
muitas informações que há no livro, afinal, são os detalhes que tornam essa
obra fabulosa.
Não sei se foi apenas
impressão minha, mas eu achei as características do Typhoeus Magnificum muito similares as dos zumbis [a infecção por
contato, a fome de carne, o corpo se decompondo, a falta de racionalidade – a morte
do cérebro].
Só posso dizer que o final
de A Ilha de Sangue foi fabuloso e que nesse livro conhecemos um pouco
mais sobre o Will Henry e toda a sua propensão de servir o dr. Warthrope. O
epílogo em que o Rick Yancey volta a aparecer para concluir os cadernos de Will
Henry, afirma que há outros cadernos, mas que ele não tem coragem de ler ou
escrever sobre eles porque tem medo do que vai encontrar, ele segue aquele
pensamento de que há coisas que é melhor não saber, até porque mesmo que tudo
seja uma ficção ele encontrou jornais e alguns documentos que comprovam partes
da história.
Rick Yancey dá um final
magistral e ao mesmo tempo aberto para que ele possa voltar a escrever mais
volumes sobre a trilogia, embora eu ache que isso não vai acontecer. Não
obstante, essa trilogia assustadora é fantástica e se você, caro leitor, tiver
a oportunidade de ler, leia. Vale a pena. Já estou com saudade.
Camila Márcia
oh céus! Como fiquei interessada nesse livro, quero lerrr, tipo para ontem! haha
ResponderExcluirBeijos.
http://www.garotadolivro.com/
Olá Katrine,
ExcluirQuerida esse livro é ótimo, e um detalhe legal dessa trilogia é que apesar de ser uma trilogia a história começa e termina em cada livro e o próximo não é apenas a continuação, mas é os mesmos personagens. Para mim, apesar de poder ser lidos separadamente é muito mais saborosa a leitura se for acompanhada livro por livro.
xoxo
Mila F.