A Luneta Âmbar - Fronteiras do Universo, vol.3, Philip Pullman,
Rio de Janeiro: Objetiva, 2013, 526 pág
Rio de Janeiro: Objetiva, 2013, 526 pág
Tradução: Ana Deiró
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Saudações Leitores!
A Luneta Âmbar (The Amber Spyglass, 2000) é o terceiro e último livro da trilogia Fronteiras do Universo escrita pelo britânico Philip Pullman. Este livro foi antecedido por A Bússola de Ouro e A Faca Sutil (ambos já resenhados no blog).
"Quando você escolhe um caminho dentre muitos, todos os caminhos que você não segue são apagados como se fossem velas, como se nunca tivessem existido."Concluir uma trilogia ou uma série é algo extremamente gratificante, mas também é doloroso dar "tchau" àquele universo, àqueles personagens. Com essa trilogia ocorreu o mesmo acrescido de uma euforia por reconhecer o final sensacional dessa estória. Philip Pullman realmente fechou com chave de ouro.
"Talvez, às vezes a gente não faça a coisa certa porque a coisa errada parece mais perigosa, e não queremos parecer medrosos, então vamos lá e fazemos a coisa errada só porque é perigosa; nos empenhamos mais em não parecer medrosos do que em escolher corretamente."Nesse volume teremos o destrinchamento de todos os pontos que já vinham se desenrolando durante os dois volumes anteriores: todos os seres, de todos os universos estão escolhendo um lado para a grande rebelião de lorde Asriel contra a Autoridade. Enquanto anjos, feiticeiras, padres e todos os seres de todas as fronteiras dos mundos escolhem seu lado.
Nesse ínterim, Will, Lyra e seus amigos terão a tarefa mais perigosa de irem ao mundo das sombras, onde nenhuma pessoa viva conseguiu entrar e sair de lá. Muitos mistérios e revelações são descobertas neste volume e a narrativa é algo extremamente eletrizante, de modo que, é particularmente difícil soltar o volume.
"Porque a terra dos mortos não é um lugar de recompensa nem um lugar de punição. É um lugar de nada. Os bons vêm para cá da mesma forma que os mais, e todos nós definhando aqui nessa escuridão para sempre, sem nenhuma esperança de libertação ou de alegria, de sono, de descanso ou de paz."Fiquei bastante impressionada com a trilogia Fronteiras do Universo que mesmo sendo de fantasia é tremendamente bem fundamentada, estruturada e bem escrita, de tal forma que é praticamente impossível apontar falhas na estrutura da obra, não obstante, devo afirmar que, para os cristão essa trilogia pode trazes alguns desconfortos, porque Pullman coloca em xeque muitos conceitos religiosos e da própria natureza humana de manipular ideologias.
"Mas deixei de acreditar que havia uma força do bem e uma força do mal que existissem fora de nós. E passei a acreditar que bem e mal são nomes que se dá ao que as pessoas fazem, não para o que elas são. Tudo o que podemos dizer é que uma ação é boa porque ajuda alguém, ou que é má porque prejudica. As pessoas são complicadas demais para terem rótulos simples."Essa trilogia traz fortemente uma severa crítica à religião, além de debates em campos como física, filosofia e teologia. Em especial, A Luneta Âmbar, trouxe vários argumentos e explicações assustadoras a respeito desses campos. O que me leva a crer que apesar de ser uma leitura de ficção-fantasia, não se trata de uma trilogia para ser lida por qualquer um, mas quem consegue entrar nesses "universos" da obra irá se envolver e se pegar pensando nos acontecimentos de uma maneira que fogem à realidade do livro.
Mesmo diante de todas essas controvérsias, acho essa trilogia sensacional e tornou-se uma de minhas favoritas!
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