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Era uma vez no outono (As Quatro Estações do Amor, vol. 2) - Lisa Kleypas (resenha)

domingo, 11 de abril de 2021

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Era uma vez no outono foi ainda melhor que o primeiro volume de As Quatro Estações do Amor!

Saudações Leitores!

ERA UMA VEZ NO OUTONO (It Happened One Autumn, 2005), da consagrada escritora bestseller de romances de época, Lisa Kleypas, trata-se do segundo volume da série As Quatro Estações do Amor, precedido por Segredos de Uma Noite de Verão e já quero começar dizendo que se amei o primeiro volume, este segundo superou minhas expectativas!

Em ERA UMA VEZ NO OUTONO vamos acompanhar a história de Lillian Bowman, uma das "Flores Secas", que são um grupo de quatro amigas solteironas que se comprometem em ajudar umas as outras a encontrarem casamento e nessa temporada é a vez de Lillian Bowman.

Já em Segredos de Uma Noite de Verão eu já tinha me encantado pela irreverencia da personagem, ela é uma rica herdeira de um empresário que vem dos Estados Unidos para Londres na expectativa de encontrar um bom casamento para suas duas filhas: Lillian e Daisy.

"A extraordinária insolência de Lillian a tornava diferente de todas as mulheres que Marcus já conhecera. Isso e o rounders que ela tinha jogado em roupas íntimas o convenceram de que Lillian Bowman era um demônio. E quando ele fazia um julgamento sobre alguém, raramente mudava de opinião."

No entanto, mesmo em uma Londres de 1843, passando por grandes transformações onde empresários tornam-se mais ricos do que os nobres e a nobreza está em decadência, encontrar um casamento para as Bowmans é uma tarefa muito difícil, pois os nobres querem casar com mulheres nobres, independente do dote que os Bowmans possam oferecer por suas filhas.

Lillian já está quase desiludida em encontrar um casamento, porém desde o volume anterior já sentimos as faíscas entre ela e o lorde Westcliff (ou se preferir Marcis Marsden), que arrogante acaba desprezando a origem de Lillian e sobretudo seu comportamento liberal, inteligente e irreverente.

Sim, eis aqui mais um clichê que segue os padrões do volume anterior: um casal que se despreza porque se ama demais e nenhum quer dar o braço a torcer, contudo, esse volume tem um quê a mais que o volume anterior da série: já estamos mais íntimos dos personagens e já senti uma química bem maior entre Lillian e Westcliff.

"Era uma pena que, na altamente distintiva sociedade nova-iorquina, fosse bastante simples para homens com fortunas recém-adquiridas arranjar bons casamentos. Mas herdeiras com linhagens plebeias não eram desejadas nem pelos homens de sangue azul nem pelos novos-ricos em busca de ascensão social. Por isso a única solução era caçar maridos na Europa, onde homens da classe alta precisavam de esposas ricas."

O romance cão e gato dos dois funciona demais, principalmente porque é regado de muita sensualidade e de muitas partes engraçadas e cômicas. Além do mais esse volume foca muito em quem são os personagens, em sua jornada de autoconhecimento e a percepção de que o amor, o sentimento não é de todo uma fraqueza, além do mais fala muito mesmo sobre preconceitos dos nobres, sangue-azuis, para com os empresários ricos e sobretudo norte-americanos.

É bem interessante ter um recorte dessa época em Londres, ver a sociedade, os costumes, os preconceitos e o desenvolvimento não só dos protagonistas como de outros personagens que vão se destacando já prenunciando a "Flor Seca" que será protagonista no próximo volume e sua atuação no epílogo de maneira bombástica já fazendo meu coração quase saltar pela boca.

"_ Querida _ disse Daisy em tom suave _ , na próxima vez que você estiver em uma sala cheia de desconhecidos... pode dizer a si mesma que alguns são apenas amigos esperando para ser descobertos."

O que mais gosto nessa série é que as protagonistas dela - até agora - não são mocinhas ingênuas esperando um príncipe encantado, mas mulheres que estão buscando fazer o melhor com o que tem e, de certo modo, sendo racionais demais e por tanto tempo boicotando sua felicidade, então quando se "rendem" aos sentimentos e aos instintos conseguem ser felizes sendo quem são: não damas perfeitas, mas mulheres potencialmente empoderadas e capazes de surpreender quem está a sua volta.

Estou cada vez mais encantada por As Quatro Estações do Amor e já estou ansiosa para ler o terceiro volume da série. Desse modo, como já não é mais novidade, para você que já chegou até aqui nesse review, super recomendo ERA UMA VEZ NO OUTONO que se tornou um queridinho meu.

Antes de finalizar, quero só ressaltar que vi alguém problematizando uma certa cena na biblioteca, contudo, devo admitir que não vi o que a pessoa salientou, posso estar errada, mas não consegui ver nada tão problemático assim no volume. 

Aliás, mesmo quando vejo problemáticas em romances de época tento ser crítica, mas relevar aquilo, pois se pararmos para refletir os romances de época que lemos são românticos demais e as mulheres passavam por poucas e boas nos anos em que se passam os romances, então, paro para ler apenas como entretenimento sem intenção de problematizar tudo, porque já sei que tudo ali é bem romanceado e não chega nem perto de ter as "problemáticas" reais  daquela época.

Então eu amei ERA UMA VEZ NO OUTONO e para mim foi ainda melhor que o primeiro volume da série. In love. Espero que leiam! Boa leitura!

"Não há nada mais bonito no mundo do que seu sorriso... nenhum som mais doce do que o da sua risada... nenhum prazer maior do que tê-la em meus braços. Hoje percebi que não poderia viver sem você, minha diabinha teimosa. Nesta vida e na próxima, você é minha única esperança de felicidade. Diga-me, Lillian, meu amor... Como conseguiu entrar tão fundo no meu coração?"

FICHA TÉCNICA
Era Uma Vez no Outono
Autor: Lisa Kleypas
Tradução: Maria Clara de Biase
São Paulo: Arqueiro
2021 | 384 págs.

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