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É assim que se perde a guerra do tempo - Amal El-Mohtar e Max Gladstone (resenha)

segunda-feira, 26 de julho de 2021

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Em É Assim que Se Perde a Guerra do Tempo temos uma ficção científica voltada para um romance epistolar e sem muita descrição do universo criado pelos autores

Saudações Leitores!

É ASSIM QUE SE PERDE A GUERRA DO TEMPO (2019) escrito por Amal El-Mohtar e Max Gladstone, trata-se de uma ficção científica (sci-fi) vencedor dos prêmios Hugo, Nebula e Locus que chegou ao Brasil como uma grande aposta da Editora Suma e, como pouco leio ficção científica, mas com a vontade de ler mais, resolvi desbravar essas páginas.

Devo ressaltar que, mesmo lendo pouca ficção científica, os livros que já tenho lido tem me agradado e sempre fico com vontade de ler outros, então o título É ASSIM QUE SE PERDE A GUERRA DO TEMPO me chamou atenção e fui de peito aberto ler as pouco mais 190 páginas.

Não posso dizer que foi uma leitura fácil e fluída, porque não considerei assim, na verdade passei cerca de duas semanas para conseguir terminar É ASSIM QUE SE PERDE A GUERRA DO TEMPO já que eu tinha muita preguiça de ler o volume e quando o pegava ficava protelando.

Por que isso aconteceu? Tem vários motivos e é importante entender esse contexto para observar que o livro não é ruim, mas pode tocar os leitores de formas completamente diferentes. O primeiro ponto que levo em consideração é que não leio muita ficção científica e isso pesa muito quando você mergulha no gênero, o outro ponto é que esta ficção científica é, provavelmente, uma das mais diferentonas que podemos encontrar na literatura.

Em É ASSIM QUE SE PERDE A GUERRA DO TEMPO vamos acompanhar duas personagens chamadas Blue e Red que, basicamente, são rivais, ou seja, de "facções" inimigas e elas viajam por vários filamentos, que seria uma espécie de mundos e versões do mundo - não temos como ter certeza disse porque Amal El-Mohtar e Max Gladstone não se prenderam em detalhes sobre esse "universo" - e em algumas poucas ocasiões elas se vislumbram.

É em um desses vislumbres que Blue e Red começam a trocar cartas, que de início são sarcásticas e uma ferramenta para se vangloriem de uma ter derrotado os planos da outra, no entanto, em um breve tempo as cartão vão adquirindo um novo tom, um novo significado conforme os pensamentos e sentimentos uma da outra vai mudando no decorrer de suas viagens por infinitos filamentos.

Nesse meio tempo começamos a acompanhar a trajetória de personagens que deveriam se odiar e "matar" uma a outra, mas que recusam esse destino e passam a esconder de suas facções suas cartas trocadas e sentimentos que acabam surgindo, mostrando que mesmo diante da Guerra do Tempo é possível nascer algo bonito.

Confesso que a proposta do livro me chamou atenção, gostei das cartas trocadas por Blue e Red, também gostei dos autores não terem subestimado os leitores com uma enxurrada de explicações; pelo contrário, ter nos dado a possibilidade de criarmos nossas próprias teorias, contudo, achei a narrativa arrastada e não consegui me conectar com a história. Consigo ver vários aspectos estruturais e estratégias narrativas inovadoras para o gênero, de modo que admirei esteticamente o volume, mas, lamentavelmente, não me apeguei a nada do que li.

Não quero desmotivar ninguém a ler É ASSIM QUE SE PERDE A GUERRA DO TEMPO até porque, como já ressaltei, esse volume pode tocar cada leitor de uma maneira diferente e minha opinião a respeito dele é totalmente pessoal e mais: de uma pessoa que não costuma ler tanta ficção científica, então, espero que quem tenha ficado curioso(a) pelo volume vá em frente com a leitura, ok? Até breve!

FICHA TÉCNICA:
É assim que se perde a guerra do tempo
Autor: Amal El-Mohtar e Max Gladstone
Tradução: Natalia Borges Polesso
Rio de Janeiro: Suma
Ano: 2021 | 192 págs.

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