Hoje trago minha análise sobre o filme Amor e Gelato, que, para quem não sabe, é adaptação de um livro com o título homônimo (resenha do livro AQUI). Como fã de comédias românticas e especialmente por ser uma adaptação do livro de Jenna Evans Welch, minhas expectativas eram relevantes. No entanto, o filme não conseguiu atingir o potencial que eu esperava. Vem conferir o que achei com mais detalhes:
Título Original: Love & Gelato
Ano: 2022
Direção: Brandon Camp
Duração: 110 min
Classificação: +12 anos
Gênero: Comédia. Romance. Drama.
País de Origem: Estados Unidos
Minha Avaliação: ⭐
Sinopse: Para honrar o último desejo de sua mãe, Lina, uma jovem americana, viaja para a Itália antes de começar a faculdade. Lá, ela descobre o amor, a gelateria local e um diário que revela segredos sobre a juventude de sua mãe.
ROTEIRO E DESENVOLVIMENTO
Chega a ser bizarro o quanto esse filme é ruim, porque normalmente as produções da Netflix não são desse calibre, mas esse filme é um tiro no pé. Algo deu muito, muito errado quando mudaram muito a essência do livro que gerou essa adaptação, foi aproveitado apenas uma sutil ideia do livro, o resto foi um show de mudanças que desfavoreceram a adaptação e o olha que o livro, apesar de ser bom já tem muitos fios soltos, mas a adaptação só piorou as coisas.
Amor e Gelato tenta capturar a doçura e o charme da Toscana, mas falha - miseravelmente - em trazer uma narrativa cativante e bem estruturada. O roteiro é superficial e frequentemente previsível, repleto de clichês que tornam a trama cansativa. A tentativa de criar momentos emocionantes e românticos muitas vezes resulta em cenas forçadas e sem autenticidade.
O desenvolvimento dos personagens também deixa a desejar. Lina, que deveria ser uma protagonista adorável e cheia de vida, se torna um tanto irritante e inconsistente ao longo do filme,. Suas ações muitas vezes parecem imaturas e sem a profundidade que esperaríamos de uma personagem principal. Além do mais as incoerências de suas atitudes e idade são assustadoras, nada verossímil.
AMBIENTAÇÃO E DIREÇÃO
A ideia de situar o filme na Toscana tinha um enorme potencial para trazer uma nova dinâmica visual e emocional à história. No entanto, a ambientação é pouco explorada e muitas vezes serve apenas como pano de fundo superficial para uma trama que poderia se passar em qualquer lugar.
A direção de Brandon Camp não consegue capturar a essência vibrante e emocionante de viver em um novo país. As cenas em locais icônicos da Toscana são poucas e muito mal utilizadas, o que é uma oportunidade perdida para enriquecer a narrativa e oferecer algo único ao público.
ATORES E ATUAÇÕES
Susanna Skaggs, no papel de Lina, foi fraca e sua performance pode até ter sido prejudicada por um roteiro inverossímil e diálogos mal elaborados, mas achei também que a atriz não se entregou ao papel. Em muitos momentos, sua atuação é muito fraca e superficial, o que diminui a empatia que o público poderia ter por sua personagem.
Os demais membros do elenco também sofrem com a falta de profundidade dos personagens. Os interesses amorosos de Lina são mal desenvolvidos, com pouca química entre eles e Lina, tornando difícil torcer por qualquer relacionamento. A interação entre os personagens secundários é muitas vezes desajeitada e sem substância, o que enfraquece a dinâmica geral do filme.
Tudo é muito ruim: roteiro, inverossimilhança, atuações fracas, cenários e ambientações mal aproveitadas. Péssimo.
VEREDITO: EXPECTATIVAS E REALIDADE
Amor e Gelato tinha todos os ingredientes para ser um sucesso: uma adaptação de um livro querido, uma protagonista até carismática e uma ambientação diferenciada. No entanto, a execução foi decepcionante. O roteiro falha em entregar uma história convincente e envolvente, os personagens são rasos e a direção não consegue aproveitar o cenário da Toscana para enriquecer a trama.
Para os fãs da obra original, esta adaptação é uma grande decepção, até porque o que fizeram aqui foi usar o nome do livro, porque a história mesmo não foi aproveitada em quase nada. Dizem que o filme é a adaptação do livro, mas quem leu o volume vai perceber que de adaptação não tem nada (só o nome do filme), pois o que assistimos aqui não tem nada a ver com o que lemos.
Para completar, a falta de profundidade e o excesso de clichês tornam a experiência pouco gratificante. Não recomendo sequer para quem não leu o livro e não teria como comparar, pois até como um filme de romance jovem esse filme é péssimo, imagina para quem já leu o livro: PASSEM BEM LONGE.
Espero que tenham gostado da crítica, me digam o que acharam do filme, caso tenham assistido ou se tem vontade de assistir. Até o próximo post!
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