Lá em 2019 eu li Moxie, da Jennifer Mathieu (estava numa vibe bem feminista), e lembro que adorei o frescor da narrativa, mas confesso que, com o passar dos anos, os detalhes da história foram se perdendo na minha memória. Eis que, em 2021, a Netflix lançou Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta, adaptação desse livro, e agora estava de bobeira zapeando pela plataforma e decidi assistir para ver se reacendia minhas lembranças. Resultado? Gostei bastante! A adaptação conseguiu captar o espírito feminista e rebelde da obra, e ainda trouxe um clima contemporâneo e acessível que me ganhou. Bora comentar?
Em 2014 li A Lista de Brett de Lori Nelson Spielman e apesar de fazer anos, tenho uma memória boa desse livro e reli minha resenha do livro e vi que o achei adorável, por isso vim trazer minha opinião sobre a adaptação, mas quero reforçar que não sei se conseguirei fazer um bom comparativo entre livro e filme, porque não lembro de todos os detalhes, mas o que eu for lembrando ressaltarei aqui - Eu sei que eu deveria ter relido, mas eu estava precisando tanto assistir algo quentinho que não fui esperar reler o livro, sabe? - Vamos ao veredito:
Título Original: The Life List
Ano: 2025
Direção: Adam Brooks
Duração: 123
Classificação: +14
Gênero: Comédia. Drama. Romance
País de Origem: Estados Unidos
Avaliação:⭐⭐⭐⭐
Sinopse: A pedido da mãe falecida, uma jovem, Alex (Sofia Carson) embarca em uma viagem de autodescoberta para realizar uma lista de desejos que escreveu na adolescência. Nessa jornada complexa de amadurecimento, ela precisará enfrentar o luto e encontrar a coragem para voltar a curtir a vida.
Enredo: encontro entre passado e presente
O enredo do filme é, claro, tinha que ser bem semelhante ao do livro, não é mesmo? Tem que ser, pois estamos falando de uma adaptação, porém, também devemos ter consciência que nem tudo será 100% adaptado e nem tudo será 100% igual ao livro e, pelo pouco que me lembro do livro (afinal faz mais de 10 anos que o li) eu achei bem similar: uma mulher que perde a mãe e que como condição para receber sua herança precisa dar "check" nos itens de sua lista de adolescente dentro do prazo de 1 ano.
No livro, Spielman cria um caminho delicado e inspirador, onde cada item da lista funciona como um ponto de virada emocional para Brett, que no Filme passa a ter o nome de Alex (interpretada pela atriz Sofia Carson), transformando sua vida em escolhas conscientes. No filme, esse caminho se mantém, mas sem pressa: é como saborear um chocolate quente numa manhã fria. A estrutura da lista continua sendo o fio condutor, só que com cores, sons, diálogos e aquela trilha sonora que te segura abraçado. Amei, amei. Amo essa premissa de realizar itens de uma lista.
Atuações: o quentinho que vem da tela
Não lembro de na época em que li ter pensado na personagem Brett, do livro, e ficado imaginando alguma atriz específica para fazer o papel, mas se eu tivesse pensado a respeito não poderia ter sido melhor interpretada do que pela atriz Sofia Carson (que já conferi outros filmes dela), pois a atroz conseguiu carregar para a tela a simpatia, vulnerabilidade e um charme que faz a gente torcer com sinceridade. Acredito que sua atuação como Alex foi tudo na medida certa, sem pesar o clima e nem deixar engraçado ou resistente demais, sabe?
Sobre os personagens ao redor de Alex, é perceptível que eles dão apoio emocional e um toque de leveza familiar ou romântica, afinal temos alguns romances se desenrolando no decorrer do enredo, que faz tudo brilhar um pouco mais, as atuações e as químicas são muito boas.
Com a união de todas as atuações no decorrer da película fica uma áurea acolhedora, reconfortante e doce.
Temas: sonhos, autoconhecimento e superação
Tudo bem que esses temas de sonhos, autoconhecimento e superação são batidos e clichês, mas a vida é sobre isso, então sempre vai ser inspirador e gostoso ver diversos enredos que abordem as temáticas.
Desse modo, tanto o livro quanto o filme falam sobre sonhos adiados, autoestima recuperada, perdão e a força de se reinventar. Mas, no filme, tudo isso ganha uma dose extra emocional: as situações parecem mais vivas, as mudanças mais viscerais, e o impacto revestido de uma esperança colorida que fez meu coração pulsar com força, porque a película mostra com cores, cenários e atuações aquilo que só vemos de maneira muito subjetiva com nossa mente durante a leitura, então fazer com que tudo o que lemos se torne mais tangível tem uma emoção a mais, um apelo a mais, não é mesmo? Confesso que em alguns momentos até fiquei com os olhinhos marejados - porque sou dessas que chora em quase todos os filmes dramáticos ou emocionantes.
Livro vs Filme: coração em sintonia
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No livro: a escrita é suave, íntima, rápida e cada passo no caminho de Brett nos transforma com delicadeza.
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No filme: esse processo aparece muito mais fluído e também árduo, mas com sorrisos, cenários e gestos que amplificam o afeto sem perder a doçura e a essência da história que encontramos no livro.
Apesar de pequenas mudanças no roteiro (como elenco, nomes de personagens, diálogos ou cenas extras), senti que o filme manteve a alma da narrativa e dá pra dizer que deu match com minhas lembranças afetivas. E foi nesse abraço caloroso que me reconectei com aquela Brett que eu já havia amado, mesmo que no filme ela tenha recebido o nome de Alex.
Resumo da treta:
O livro sussurra ao coração, o filme canta uma melodia. E, mesmo com minhas lembranças meio embaçadas, o filme conseguiu, com delicadeza e cor, despertar toda a ternura que Spielman me fez sentir anos atrás.
Conclusão:
Se você leu A Lista de Brett, prepare os lenços o filme vai te fazer reviver cada sonho, cada medo, com um sorriso no rosto. E se você ainda não leu considere ver o filme e depois corra para o livro, porque Spielman sabe como encher a alma da gente de esperança e acho que uma obra complemente a outra, independente se leu ou assistiu primeiro, sempre vale conferir as duas.
Obrigada por me acompanharem até aqui! Até a próxima postagem!
A Lista da Minha Vida (2025) (Filme)
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
Lembro que li A Última Carta de Amor há alguns bons anos, tipo em 2012 (rsrsrs) e, confesso, já não tinha tão frescas na memória todas as minúcias da trama escrita por Jojo Moyes, uma escritora que gosto muito. Mas quando eu só podia estar dentro de uma bolha e não sabia dessa adaptação até ela ser sugerida pra mim nas buscas pela Netflix, corri para assistir e, olha… foi como revisitar velhas lembranças. A experiência foi emocionante e, em vários momentos, senti que a atmosfera do livro estava ali, viva na tela. Vamos conversar sobre isso?
A Última Carta de Amor (2021) (Filme)
segunda-feira, 8 de setembro de 2025
Saudações, Leitores!
Lembro que quando li A Garota no Trem, lá atrás (em 2015), não achei lá grandes coisas e deve ter sido por isso que nunca me empolguei para assistir ao filme (tem uma versão de 2016 e uma mais recente -e indiana- , de 2021, que foi a que assisti). Foi uma leitura que terminou e logo caiu no esquecimento, tanto que, até assistir ao filme de 2021, eu já nem lembrava mais direito sobre o que a história se tratava. A adaptação serviu ao menos para refrescar um pouco a memória, mas confesso: achei tudo tão paradinho que nem o suspense conseguiu acelerar o coração. Querem saber mais como foi minha experiência? Basta seguir a postagem...
A Garota no Trem (2021) (Filme)
segunda-feira, 1 de setembro de 2025
Razão e Sensibilidade (1995) (Filme)
terça-feira, 26 de agosto de 2025
Saudações, Leitores!
Hoje trago minhas impressões sobre o filme Feios, lançado pela Netflix e dirigido por McG, uma adaptação do livro homônimo de Scott Westerfeld (Resenha do livro AQUI). Confesso que fui assistir ao filme com baixas expectativas, especialmente porque já ouvi muita crítica negativa e também porque não fui completamente cativada pelo universo distópico criado no livro, portanto não vou dizer que me surpreendi pelo fato adaptação não ter conseguido me capturar: eu já esperava, mas os (d)efeitos especiais e algumas modificações me surpreenderam de tão ruins que foram. Vamos ao meu veredito.
Feios (2024) (Filme)
segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Hoje trago minhas impressões sobre o filme Lição de Amor (Scusa Ma Ti Chiamo Amore), uma produção italiana de 2008, dirigida por Federico Moccia, que também é autor do livro Desculpa se te chamo de amor (resenha AQUI) que inspirou o longa. Confesso que, como alguém que já havia lido o livro, fui assistir ao filme com altas expectativas imaginando como ele traria à vida uma história tão repleta de emoções e reviravoltas, mesmo com as ressalvas em relação a leitura e que sabia que encontraria na película. Então, vamos ao meu veredito!
Lição de Amor (2008) (Filme)
sábado, 23 de novembro de 2024
Recentemente/Finalmente li ao livro A Fera escrito por Alex Flinn e já fui assistindo a adaptação lançada em 2011 e dirigida por Daniel Barnz. Quem leu meu veredito do livro sabe que não foi um dos meus favoritos, na realidade achei bobinho mesmo... acho que passou muito da faixa etária para eu ler e ele fazer sentido, sabe? Mas mesmo assim, confesso que fui assistir ao filme com um pouco de expectativa demais, achando que a adaptação conseguiria me prender mais, no entanto, a película não conseguiu alcançar o impacto que esperei e foi tão insossa quanto o livro. Vamos ao meu veredito sobre essa versão cinematográfica.
A Fera (2011) (Filme)
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Recentemente assisti ao filme É Assim que Acaba, baseado no livro homônimo da autora Colleen Hoover, que li em 2018 (tem resenha AQUI). O filme foi lançado neste mês de agosto, dia 8, e é dirigido por Justin Baldoni, porém o assisti dia 10 de agosto. Para quem já leu o livro, a adaptação cinematográfica era aguardada com grandes expectativas, e hoje vou compartilhar minhas impressões sobre como o filme se compara à obra original. Vamos ao veredito!
Título Original: It Ends With Us
Ano: 2024
Direção: Justin Baldoni
Duração: 123 min
Classificação: +14 anos
Gênero: Drama, Romance
País de Origem: Estados Unidos
Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
Sinopse: A história gira em torno de Lily, uma jovem que se muda para Boston e conhece o neurocirurgião Ryle. Ela acaba em um relacionamento turbulento, violento e abusivo, além de ter que lidar com o ressurgimento de um antigo amor.
FILME vs LIVRO
Colleen Hoover nos presenteou com uma narrativa profundamente emocional e complexa em É Assim que Acaba, um livro que muita gente julga problemático, e a adaptação de Justin Baldoni consegue captar a essência poderosa do livro, mesmo com algumas adaptações necessárias para o cinema. A trama principal, centrada em Lily e seus desafios pessoais, permanece fiel à obra original, porém, algumas subtramas e ordem dos fatos foram simplificadas para melhor se adequarem ao ritmo cinematográfico, afinal um filme tem pouco tempo para desenvolver todo um livro, certo? Óbvio que alguma coisa iria ficar de fora.
O roteiro, adaptado por Christy Hall, equilibra bem o drama e a emoção, embora, em alguns momentos, a profundidade dos sentimentos presentes no livro não tenha sido totalmente explorada na tela. No entanto, isso não diminui o impacto da história, que continua sendo poderosa e cativante. Para os fãs do livro, algumas cenas icônicas estão presentes, enquanto outras foram adaptadas ou omitidas, o que pode ser uma surpresa para quem conhece bem a obra original.
No entanto, confesso que estava preocupada em ver as cenas de violência, podia o filme abordar de maneira bem mais descritiva e pesada, mas achei que foi no tom certo e passa a ideia de que: isso é uma violência? Faz a gente refletir e se emocionar. Eu chorei no cinema! Fiquei realmente emotiva ali, me senti fragilizada, acreditam?
AMBIENTAÇÃO E DIREÇÃO
Apesar de toda a polêmica envolvida na direção do filme, não vou julgar isso, quero apenas frisar que Justin Baldoni, conhecido por seu trabalho em dramas, traz um toque sensível e cuidadoso para a adaptação. A direção é intimista, focando nos momentos de maior vulnerabilidade dos personagens, o que ajuda a criar uma conexão entre o espectador e a narrativa. As escolhas de locação e cinematografia ajudam a construir o mundo de Lily, com um visual que equilibra a beleza e a dureza da vida que ela enfrenta.
A trilha sonora, complementa bem o tom do filme, ajudando a elevar as cenas mais emotivas e a envolver o público na jornada de Lily. Cada escolha musical parece pensada para intensificar a experiência, fazendo com que cada momento chave tenha um peso emocional ainda maior. Muito das minhas lágrimas durante o filme são consequências dessa trilha sonora.
ATORES E ATUAÇÕES
Blake Lively, no papel de Lily Bloom, entrega uma atuação sincera e comovente. Ela capta com precisão a força e a vulnerabilidade da personagem, trazendo à vida as lutas internas de Lily com autenticidade. Sua interpretação é um dos pontos altos do filme, conseguindo transmitir as emoções complexas da protagonista de maneira convincente.
Justin Baldoni, além de dirigir, também assume o papel de Ryle Kincaid, o charmoso neurocirurgião que desempenha um papel central na história de Lily. Sua atuação é carismática e convincente, embora, em alguns momentos, o desenvolvimento do personagem tenha sido menos explorado do que no livro, o que pode deixar uma sensação de que faltou algo para capturar toda a complexidade de Ryle.
O elenco de apoio, incluindo Brandon Sklenar como Atlas Corrigan, também merece destaque. Sklenar traz uma sensibilidade ao papel que complementa bem a atuação de Lively, tornando as cenas entre Lily e Atlas particularmente tocantes, porém senti falta de maior desenvolvimento, no livro eu senti que a relação dos dois foi melhor trabalhada.
Além do mais senti que os demais personagens, como a irmã de Ryle ficou na obscuridade; no livro ela é muito mais presente, sabe? Senti falta dessa amizade, dela ser um apoio maior para a Lily.
VEREDITO: ADAPTAÇÃO EMOCIONANTE
É Assim que Acaba é uma adaptação que, embora faça algumas concessões em relação ao material original, consegue capturar a essência da história de Colleen Hoover. As performances, especialmente de Blake Lively, são envolventes e ajudam a transmitir o peso da narrativa. As mudanças feitas para a adaptação cinematográfica, em sua maioria, funcionam bem para o formato, mesmo que alguns detalhes do livro tenham sido simplificados, como já expliquei nesta postagem.
Em resumo, considero o filme uma experiência emocionalmente rica que faz justiça ao livro, enquanto se mantém acessível para aqueles que não conhecem a obra original. É uma história que continua a ressoar profundamente, seja nas páginas do livro ou na tela do cinema. Acho que a adaptação foi muito boa e correspondeu boa parte das minhas expectativas.
Pontos negativos mesmo são aqueles que falei de não ter explorado melhor algumas nuances de alguns personagens.
Espero que tenham gostado da crítica e até o próximo post!
É Assim que Acaba (2024) (Filme)
domingo, 11 de agosto de 2024
Não vou dizer que estava super ansiosa para assistir esse filme, pois estaria mentindo, acredito que o que me levou a querer assistir foi mais porque a atriz Anne Hathaway estava no cast desse filme como protagonista, assim, acabei lendo o livro Uma Ideia de Você primeiro para poder assistir a película. Sem mais delongas, vamos ao meu veredito sobre a adaptação - fazendo um comparativo com o livro.
Uma Ideia de Você (2024) (Filme)
sábado, 18 de maio de 2024
Não lembro se eu já sabia que o livro A Vida em Tons de Cinza (Ruta Sepetys), que li recentemente, tinha uma adaptação, mas sei que depois de realizar a leitura e preparar a resenha descobri/relembrei a existência dessa adaptação. Obviamente que iria querer conferir a película, até porque gostei bastante do livro e queria ver como tinha ficado a adaptação, afinal o livro já tem um impacto bem grande e, portanto, o filme com toda a parte visual deveria repassar ainda mais os impactos da temática e da situação representada.
Retratos de Uma Guerra (2018) (Filme)
sábado, 13 de abril de 2024
Apesar de não ter lido o livro de Elly Conway (e confesso também que, por agora, não tenho intenção de ler), mas como havia noticiado no post Livros com previsão de adaptação (filmes/séries) em 2024 fui conferir no cinema Argylle: O Superespião e nesta postagem venho compartilhar minha experiência com a adaptação cinematográfica.
Argylle: O Superespião (2024) (Filme)
terça-feira, 13 de fevereiro de 2024
Ano passado foi lançado de forma bem modesta o filme Amor(es) Verdadeiro(s) baseado no livro homônimo de Taylor Jenkins Reid que já li e comentei AQUI no site, mas ao contrário da série de TV que adaptou outro livro da escritora (Dayse Jones e The Six) e teve uma grande publicidade e a galera que leu o livro deu um up nas divulgações, o filme Amor(es) Verdadeiro(s) não teve tanta mídia e nem o mesmo destaque, o motivo? Talvez porque o próprio livro não seja um dos mais populares, de qualquer maneira, sem mais delongas, vamos ao meu veredito sobre a adaptação.
Título Original: One True Loves
Ano: 2023
Direção: Andy Fickman
Duração: 104 min.
Classificação: + 12 anos
Gênero: Drama. Romance
País de Origem: Estados Unidos
Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
Sinopse: Uma mulher é inesperadamente forçada a escolher entre o marido que há muito pensava estar morto e o noivo que finalmente a trouxe de volta à vida.
FILME vs LIVRO
Sei que Taylor Jenkins Reid é uma escritora bestseller e seus livros sempre alcançam bastante sucesso, mas o livro Amor (es) Verdadeiro(s) não é um dos mais populares, mesmo tendo sido um dos que li (da autora) que mais gostei, por isso que tanto ansiei para assistir a adaptação, mas mesmo depois de entrar nos streammings acabei protelando e só assistindo recentemente.
Como toda adaptação temos algumas mudanças entre livro e filme, mas o filme segue bem perto do enredo do livro, porém bem mais enxuto, tão enxuto que às vezes, impossibilita que nos conectemos com os personagens ou não entendamos de fato seus sentimentos, pois no filme não temos tanta riqueza de detalhes como temos no livro.
Ao passo que no livro conseguimos compreender os dilemas emocionais de Emma em relação ao seu marido supostamente falecido e de seu atual noivo, no filme não conseguimos captar a mesma profundidade e complexidade emocional presente na obra literária. O que aconteceu aqui é que a narrativa cinematográfica acabou simplificando muitos dos elementos que tornaram o livro envolvente, resultando em uma experiência bem simples ou até mesmo rasa para quem leu a história do livro.
O que quero dizer é que aos que primam por fidelidade da adaptação ao livro, vão achar o filme ruim, mas se o expectador for em busca de um complemente ou entretenimento vai gostar. No caso eu apreciei bastante, mesmo reconhecendo que poderia ter sido muito melhor.
ATORES E ATUAÇÕES
Como falar dos atores e suas atuações? Uma grande parcela do nosso gostar de um fim tem relação com as performances dos atores, ou sejas, eles terem "vestido" bem (caracterizado bem) os personagens, sobretudo quando já lemos o livro e conhecemos com mais detalhe os personagens.
Já durante o filme eu fiquei me perguntando se eu consegui gostar dos atores e suas atuações e quando finalizei o filme eu fico com a sensação de que o elenco é variado em seu desempenho, sabe? Os mesmos atores em determinados momentos conseguem entregar bem a performance, outras vezes fazem o que é esperado e outras vezes deixa no superficial e isso desagrada.
Não obstante, Phillipa Soo, que interpretou a protagonista Emma, entrega uma atuação doce e sensível, mas em alguns momentos com seu triangulo amoroso deixa a desejar na química, sem contar que no filme descaracterizaram um pouco a personagem em relação a algumas atitudes e cenas que tiraram ou colocaram e não acrescentou profundidade ou camadas as emoções da personagem.
Luke Bracey, que interpresa Jesse, oferece uma performance convincente e cheia de energia e se destacou como um personagem carismático, incorporando e entregando bem um personagem bem próximo ao que encontrei no livro.
Por outro lado, meu personagem favorito no livro: Sam, interpretado com Simu Liu foi injustiçado pelo ator, sua atuação parecia estar no piloto automático, careceu de profundidade, emoção e a química entre ele e Phillipa Soo foi bem inconsistente, o que impactou negativamente na dinâmica do triângulo amoroso. Eu não consegui empatizar com esse personagem no filme, ele não tinha camadas e suas divagações foram todas com um grupo de jovem (que é total sem noção e tal fato não está presente no livro). Se eu posso dizer que algo me desagradou foi essa falta de química.
Em resumo, enquanto Soo e Bracey conseguem criar momentos tocantes, a atuação de Liu falha em convencer, especialmente nas cenas mais dramáticas.
VEREDITO: EXPECTATIVAS E REALIDADE
Por ser a adaptação de um livro que gostei bastante de ler, as expectativas eram até razoáveis, no entanto, o filme não correspondeu totalmente a essas expectativas e a culpa foi da atuação de Simu Liu interpretando o Sam.
Além disso, algumas escolhas de omissão e acréscimo ao filme - para diferenciar do livro - nem todas foram assertivas e algumas foram muito mais para o lado clichê da coisa descaracterizando alguns pontos que eu considerei relevante para eu ter gostado do livro.
A narrativa, apesar de abordar temas profundos como o amor e a perda, acaba se perdendo em convenções melodramáticas e flashbacks ineficientes. Embora o filme apresente algumas cenas visualmente belas, decepciona um pouco pela falta de coerência e impacto emocional.
Mas Mila, por que você deu 4 estrelas se você está falando mal? Calma, em nenhum momento disse que não gostei do filme, eu gostei, sim, bastante, porém a ideia aqui é comparar com o livro e fazendo essa comparação o filme deixa a desejar, mas se você for dar o play apenas para passar o tempo esse filme é um bom romance e drama digno de sessão da tarde.
Em suma, os fãs da obra original podem encontrar consolo em certos aspectos fiéis da história, mas a execução cinematográfica deixa a desejar, tornando a experiência aquém do esperado. Para aqueles que não conhecem o livro, o filme pode parecer apenas mais um romance melodramático de Hollywood, sem a profundidade necessária para realmente envolver e ressoar com o público, mas nem por isso a experiência de assistir a película é ruim. Apreciei bastante e assistiria novamente.
Espero que tenham gostado e por lerem até aqui. Até o próximo post!
Amor(es) Verdadeiro(s) (2023) (Filme)
terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
Recentemente assisti ao encantador filme Um Menino Chamado Natal, lançado em 2021 e dirigido por Gil Kenan. Esse filme é inspirado no livro homônimo (resenha do livro AQUI) de Matt Haig, o mesmo autor de A Biblioteca da Meia-Noite. Apesar de ter lido o livro no ano passado, consigo lembrar de várias coisas e perceber que essa produção trouxe uma lufada de ar fresco e magia, revivendo o espírito natalino com maestria. Confesso que não deixei crescer minhas expectativas, porque já conhecia o livro e sabia o que o filme poderia oferecer, felizmente, o filme correspondeu com o que li e tem uma característica de nos imergir na história, de modo que amei acompanhar essa aventura natalina. Vamos ao meu veredito sobre essa adorável adaptação.
Um Menino Chamado Natal (2021) (Filme)
sábado, 16 de dezembro de 2023
Quando acessei minha conta na Netflix vi como sugestão o lançamento O Mundo Depois de Nós, li a sinopse, gostei e assisti ao filme, depois que descobri que ele era a adaptação de um livro escrito por Rumaan Alam que agora estou com muita vontade de ler, porém, certamente, por já ter assistido o filme vou ficar protelando a leitura.
De qualquer maneira, mesmo sem leitura vou contar minhas impressões assistindo ao filme, "sigam-me os bons"...
O Mundo Depois de Nós (2023) (Filme)
sábado, 9 de dezembro de 2023
Vocês já viram a resenha que fiz do volume Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Fleet Street escrito por Thomas Peckett Prest e James Malcolm Rymer? Para mim, foi um livro cinco estrelas e por isso não pestanejei quando tive a oportunidade de assistir ao filme.
Porém, confesso que fui sem muita informação; só sabia de duas coisas 1. o filme era dirigido por Tim Burton e 2 Johnny Depp interpretaria Sweeney Todd, mas quando apertei o play fui surpreendida por ser um filme musical. Então, venham saber como foi minha experiência (surpresa) assistindo.
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007) (Filme)
sábado, 25 de novembro de 2023
Olha eu aqui pra falar sobre um filme de 2011, mas que só assisti este ano (2023) após ler o livro Água para Elefantes de Sara Gruen. Realmente eu fugi do filme porque queria ler ao livro primeiro. Lembro que tanto o livro quanto o filme fizeram um sucesso na época de seus respectivos lançamentos e consigo entender os motivos, mas em 2023, após ler tantas outras coisas, achei o livro OK e agora que conferi ao filme, tenho essa mesma opinião, mas vou detalhar para vocês.
Água para Elefantes (2011) (Filme)
terça-feira, 21 de novembro de 2023
Estou tão feliz porque o filme A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes realmente veio, uma pena que não vi tanta divulgação do lançamento, mas como estava antenada, no dia da estreia (ontem, dia 15/11) estava lá no cinema com meu baldão de pipoca e minha latinha de sprit, porém.... a sala estava bem vazia (fiquei triste por isso). Enfim...
Li o prequel de Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes em 2020 (também fiz resenha em vídeo aqui) e gostei bastante, pecou só um pouquinho no ritmo, mas no geral amei e agora que conferi a película, venho compartilhar com vocês o que achei:
Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes (2023) (Filme)
quinta-feira, 16 de novembro de 2023
Mesmo tendo o livro Como eu era Antes de Você na estante há bastante tempo, somente recentemente o li e apenas agora vim conferir, de fato, o filme e compartilhar minha experiência com vocês. Vamos lá:
Como eu era Antes de Você (2016) (Filme)
sábado, 7 de outubro de 2023
O Pior Vizinho do Mundo, para quem não sabe é uma adaptação norte americana de um livro sueco intitulado Um Homem Chamado Ove que, inclusive, tem uma adaptação para filme sueca já assistida por mim e analisada AQUI. Infelizmente, a versão americana não conseguiu chegar aos pés da adaptação sueca e explico na análise abaixo:
O Pior Vizinho do Mundo (2022) (Filme)
sábado, 2 de setembro de 2023

Saudações Leitores! Sejam bem-vindos ao DLL. Meu nome é Mila Ferreira, sou formada em Letras, Pedagogia e tenho especialização em Psicopedagogia e Neuropsicopedagogia, mas por gostar muito de ler há mais de 10 anos compartilho essa paixão aqui e nas redes sociais.