A Garota no Trem (2021) (Filme)

Saudações, Leitores!

Lembro que quando li A Garota no Trem, lá atrás (em 2015), não achei lá grandes coisas e deve ter sido por isso que nunca me empolguei para assistir ao filme (tem uma versão de 2016 e uma mais recente -e indiana- , de 2021, que foi a que assisti). Foi uma leitura que terminou e logo caiu no esquecimento, tanto que, até assistir ao filme de 2021, eu já nem lembrava mais direito sobre o que a história se tratava. A adaptação serviu ao menos para refrescar um pouco a memória, mas confesso: achei tudo tão paradinho que nem o suspense conseguiu acelerar o coração. Querem saber mais como foi minha experiência? Basta seguir a postagem...

Título Original: The Girl on the Train
Ano: 2021
Direção: Ribhu Dasgupta
Duração: 152 min
Classificação: +16
Gênero: Suspense. Drama
País de Origem: Índia
Avaliação: ⭐⭐

Sinopse: Mira, uma advogada em crise após um trauma pessoal, encontra refúgio em viagens diárias de trem, onde observa casais e famílias pela janela. Quando testemunha algo suspeito envolvendo uma mulher que costuma admirar, acaba mergulhando em uma trama de mistérios, mentiras e assassinatos.

Enredo: o trem parou na estação errada

No livro, Paula Hawkins já entregava uma trama que, pra mim, foi lenta demais e não chegou a explodir como prometia. No filme de 2021, infelizmente, seguiu a mesma linha de não empolgação. O suspense existe, mas não pulsa. As reviravoltas acontecem, mas sem aquele impacto, aliás, para quem tem hábito em assistir filmes de suspense, parece bem previsível...

Ao invés de um thriller psicológico eletrizante, parece mais um passeio turístico sem pressa.

Atuações: competentes, mas não empolgam

O elenco até se esforça, mas parece preso na mesma letargia que a narrativa impõe. Parineeti Chopra, como protagonista, segura o papel com intensidade em alguns momentos, mas falta aquele magnetismo que faria a gente acreditar no desespero dela. Os coadjuvantes também não conseguem trazer camadas que sustentem o suspense. Resultado: a trama soa mais distante do que deveria.

Para completar, por ser um filme indiano a gente ainda tem sua dose de música, piruetas e danças... o que destoa de um thriller psicológico tradicional, como estamos acostumados.

Temas: alcoolismo, trauma e obsessão

O livro já trabalhava com temas pesados como vício, violência psicológica e o limite entre realidade e paranoia. O filme tenta abordar tudo isso, mas acaba fazendo de forma superficial também, sem aprofundar os conflitos internos da protagonista. O que deveria ser denso e perturbador se dilui em um roteiro que não consegue transmitir a claustrofobia da mente dela e suas descobertas e até autodescoberta parecem ser, no máximo, mornas.

Livro vs Filme: quem decepciona mais?

• No livro: a leitura é lenta e às vezes arrastada, mas ainda há um mistério que, se você embarcar, pode segurar até o final.

• No filme: esse mistério perde força, e a execução tira quase todo o impacto. No entanto por ser um filme, mesmo que em alguns momentos o ritmo seja lento, acaba fazendo a gente seguir assistindo, mas vamos combinar, não tinha necessidade de ser mais de 2 horas de duração...

As rachaduras da narrativa original não foram polidas, na verdade, ficaram ainda mais visíveis.

Resumo da treta:

O livro já não era tudo isso.
O filme seguiu o mesmo rumo e com uma parte em musical.

No fim, A Garota no Trem mais pareceu um expresso da monotonia. Ele relembrou algumas coisas do enredo que eu já tinha esquecido, mas não trouxe emoção nova, inclusive, vou confessar um segredo: assisti ele em duas partes, na primeira vez que assisti eu dormi na metade, e na segunda vez dei um cochilos e resolvi passar para a metade do livro e assistir apenas a parte que tinha dormido na primeira vez.

Conclusão: leia antes de ver (ou talvez nem precise ler ou ver)

Se você já não achou o livro tão bom, talvez o filme não vá melhorar sua opinião. Agora, se nunca leu nem viu, prepare-se: o mistério pode até prender em alguns momentos, mas não espere aquele thriller eletrizante que o título promete.

Porque, no fim das contas... não é tão eletrizante assim.

Será que arrisco assistir o filme de 2016? Se eu assistir, vocês querem que eu venha comparar os dois filmes e o livro?

Acredito que era isso que eu tinha para escrever, caso você tenha lido ou assistido e queira deixar sua opinião nos comentários, fique a vontade, no mais, obrigada por ter lido e até a próxima postagem!