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It: A Coisa (Parte 2) (2019) (Filme)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Saudações, Leitores!

Eu não achei que fosse assistir ainda este ano It: A Coisa (Parte 2) porque não estava na vibe, mas também pensei que seria interessante assistir logo pois estava com tudo "fresco" na minha memória, já que em novembro, finalizei - finalmente - a leitura do calhamaço It: A Coisa, obra prima de Stephen King, além disso meu amor sugeriu maratonar os dois filmes um seguido do outro e lá fomos nós para essa maratona. Como já fiz meu veredito da Parte 1 de It: A Coisa e quando reli o veredito sigo pensando o mesmo, vou só postar sobre a parte 2 que ainda não tinha assistido, certo?

ATENÇÃO QUE VAI TER SPOILER!

Vamos lá aos meus comentários sobre o filme?

Título Original: It: Chapter Two
Ano: 2019
Direção: Andy Muschietti
Duração: 169 min (2h49)
Classificação: +16
Gênero: Drama. Fantasia. Terror.
País de Origem: Estados Unidos
Minha Avaliação: 
Sinopse: 27 anos depois, Mike percebe que o palhaço Pennywise está de volta à cidade de Derry. Ele convoca os antigos amigos do Clube dos Otários para honrar a promessa de infância e acabar com o inimigo de uma vez por todas. Mas quando Bill, Beverly, Ritchie, Ben e Eddie retornam às suas origens, eles precisam se confrontar a traumas nunca resolvidos de suas infâncias, e que repercutem até hoje na vida adulta.

O PESO DAS EXPECTATIVAS E AS MUDANÇAS

O primeiro filme, de 2017, fez um trabalho esplêndido em capturar a essência da amizade e do terror da infância. Contudo, preciso ser honesta: a segunda parte, apesar de grandiosa em produção, deixou a desejar em muitos aspectos.

Eu estava extremamente ansiosa para ver as crianças como adultas e em ação. A escalação foi excelente: James McAvoy como Bill Denbrough, Jessica Chastain como Beverly Marsh, Bill Hader como Richie Tozier, Andy Ben como Stanley Uris, Isaiah Mustafa como Mike Hanlon, Jay Ryan como Ben Hanscom e até a participação especial com algumas falas do próprio Stephen King sendo um vendedor.

Mas na medida que ia assistindo fui percebendo que o filme não corresponderia minhas expectativas e o pior estava muito aquém. Deixem eu explicar um pouco, o filme acerta em muitas coisas, mas quando erra, erra - no meu ponto de vista - feio.

O filme acerta quando foca nos traumas individuais e na necessidade de relembrar. A cena de Beverly voltando à sua antiga casa, encontrando a sinistra Sra. Kersh e, em seguida, sendo confrontada pelo que parecia ser mais uma forma de Pennywise no apartamento, é uma das sequências mais eficazes do longa, o momento em que os demais também estão relembrando o passado e A Coisa tenta impedi-los é também interessante. Porém, mesmo com um elenco de peso adulto, os mesmos não tiveram tanta química quanto o elenco infantil.

Não dava para sentir o entrosamento dos atores quando atuavam juntos, ficou uma bagunça em diversos momentos da história quando se voltava para o passado e os adultos lá estavam criança novamente. Era um vai e vem gigantesco que sei que houve no livro, mas no livro me pareceu melhor interligado.

Eu também compreendo bem que por ser um filme, haveriam mudanças e quem acompanha minhas postagens de comparação sabe que eu sempre espero que haja divergência entre livro e filme, mas aqui foi demais. Ao meu ver adicionaram coisas que achei desnecessárias e tiraram desdobramentos e arcos incríveis.

Uma cena que não tem no livro e tem no filme, que acho desnecessária e ainda mais ter havido um tipo parque de diversões que não existe no livro foi a que Bill tenta, desesperadamente impedir a morte de uma criança, que acaba encontrando Pennywise no labirinto de espelhos em um parque de diversões. A dor de Bill por não conseguir salvar seu irmão George é revivida de forma cruel e a cena no parque é cruel, mas a forma como ele sai impulsivamente, sem dialogar com os colegas para tentar salvar essa criança foi imatura, embora dê para compreender, mas não funcionou bem para mim.

O FILME E O LIVRO: O QUE ROLOU AQUI?

Como já mencionei, apesar de reconhecer o talento do elenco e ter me empolgado com a escalação, as atuações deles foi sem química e isso contribuiu também para eu não ter gostado da parte 2 do filme, sem contar as mudanças do próprio enredo que não se voltou a construir quem os personagens eram enquanto adultos.

Mas também a parte 2 optou por injetar muito mais comédia, em grande parte através da atuação excessiva de Bill Hader como Richie Tozier que tudo fazia piadas... Não rolou para mim. No livro, a jornada dos adultos é pesada, melancólica e o horror é palpável, mesmo quando estavam longe de Derry, imagina quando todos retornam... No filme, a piada entra com muita frequencia para quebrar a tensão, o que, para mim, diluiu o medo e o impacto dramático.

Outro ponto que me frustrou foi a mudança no clímax. No livro, o Ritual de Chüd é um conceito cósmico e místico, uma batalha de vontades e mentes que lida com a verdadeira natureza de A Coisa (uma entidade cósmica ancestral vinda do Macroverso) e que acaba mostrando sua verdadeira forma... Sei que no livro é uma grande viagem, mas King faz a gente comprar a ideia e a forma como ele escreveu nos faz entender bem. 

Na adaptação, o Ritual é simplificado e, pior, a derrota de Pennywise acontece de forma quase ridícula: ao insultá-lo e chamá-lo de fraco, diminuindo-o a um monstro físico que pode ser esmagado. Essa escolha tira todo o terror da entidade e transforma Pennywise de um ser interdimensional em um "bicho-papão" vulnerável a bullying verbal, promovendo até a reflexão que o ódio se paga com o ódio, porque quem pratica bullying não deixa de ser agressor e a ironia é que quando crianças todos esses adultos já foram vítima de bullying. Trágico. Cômico. Triste.

Enquanto o primeiro filme conseguiu equilibrar perfeitamente a amizade com o horror, a segunda parte pendeu demais para o lado da fantasia de aventura e do humor, negligenciando a profundidade e o pavor que a fase adulta da história original.

VAMOS CONCLUIR QUE ISSO JÁ ESTÁ FICANDO GRANDE

It: A Coisa (Parte 2) é um filme que vale a pena assistir pela reunião do elenco e pela conclusão da história. É visualmente espetacular e a atuação de Bill Skarsgård como Pennywise continua perturbadora. No entanto, se você, como eu, é fã do livro de Stephen King, prepare-se para sentir a ausência da densidade e o peso emocional que tornam a história dos adultos tão memorável e assustadora no papel. O primeiro filme elevou o sarrafo para um nível que esta sequência, infelizmente, não conseguiu alcançar.

O final do livro que tem um quê de romântico com Bill Denbrough em sua silver aqui se tornou a leitura de uma carta... achei tão lei lá... O arco com a Beverly também foi completamente descontruído no final. Achei tão.... sei lá...

Mas recomendo que assistam, sim, vejam com os próprios olhos, mas de terror esse segundo filme tem bem pouco. Além disso, fique a vontade nos comentários se quiser dizer qual foi sua experiência assistindo.

Obrigada por terem lido, até a próxima postagem!

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