Recentemente/Finalmente li ao livro A Fera escrito por Alex Flinn e já fui assistindo a adaptação lançada em 2011 e dirigida por Daniel Barnz. Quem leu meu veredito do livro sabe que não foi um dos meus favoritos, na realidade achei bobinho mesmo... acho que passou muito da faixa etária para eu ler e ele fazer sentido, sabe? Mas mesmo assim, confesso que fui assistir ao filme com um pouco de expectativa demais, achando que a adaptação conseguiria me prender mais, no entanto, a película não conseguiu alcançar o impacto que esperei e foi tão insossa quanto o livro. Vamos ao meu veredito sobre essa versão cinematográfica.
Título Original: Beastly
Ano: 2011
Direção: Daniel Barnz
Duração: 86 min
Classificação: +12 anos
Gênero: Fantasia, Romance, Drama
País de Origem: Estados Unidos
Minha Avaliação: ⭐⭐
Sinopse: A história se passa em Manhattan, e a 'Fera' será um lindo e rico rapaz, com um pequeno desvio de caráter. Ao terminar seu relacionamento com uma garota de uma forma bem má, ela se torna bruxa e o amaldiçoa, fazendo com que ele se transforme em tudo o que mais odeia. A modificação grotesca em sua aparência faz com que ele comece uma caça ao amor verdadeiro, o único sentimento que pode acabar com essa terrível maldição.
FILME vs LIVRO
Alex Flinn tentou criar uma narrativa emocional em A Fera, onde a jornada de autodescoberta e transformação de Kyle Kingson é explorada, assim essa mesma jornada foi o foco da adaptação dirigida por Daniel Barnz, porém, houveram mudanças até na caracterização da Fera e apesar de parecer mais real, já que a narrativa se passa numa grande cidade contemporânea, o filme também parece não ter captado essa transformação em Kyle, principalmente porque as coisas acontecem de maneira muito mais rápida do que no livro e isso dá a impressão de que a transformação do personagem não é real, devido ao pouco tempo.
O filme segue a premissa básica do livro, mas perde muito do desenvolvimento de personagens que é crucial para a história. Enquanto o livro nos permite mergulhar um pouco mais nos pensamentos e sentimentos de Kyle, o filme falha em transmitir essa mesma intensidade, resultando em uma narrativa superficial e, por vezes, apressada, como já mencionei.A transformação de Kyle, que no livro é tanto interna quanto externa, é retratada no filme de forma mais visual do que emocional. A escolha estética de representar a "fera" como um jovem com cicatrizes e tatuagens pode até ter sido uma tentativa de modernizar o conto, mas acaba parecendo pouco inspirada e sem o impacto necessário para realmente transmitir a gravidade da maldição.
AMBIENTAÇÃO E DIREÇÃO
A direção de Daniel Barnz, infelizmente, não consegue elevar o material original. O filme apresenta uma estética moderna e estilizada, mas carece de alma e profundidade. As locações, embora visualmente agradáveis, não contribuem para a atmosfera de isolamento e introspecção que a história demanda, sobretudo para quem leu o livro, pois lá parece ser algo bem mais afastado de tudo, sei lá... quando li minha imaginação me levou para outros lugares e fiquei frustrada com a representação deles no filme.
ATORES E ATUAÇÕES
Alex Pettyfer, no papel de Kyle Kingson, entrega uma atuação que, embora tenha momentos de intensidade, não consegue capturar a complexidade e as emoções do personagem. Seu retrato de Kyle parece, em muitos momentos, raso e distante, sem a evolução gradual que vemos no livro.
Vanessa Hudgens, como Lindy, também não impressiona. Sua interpretação, embora doce, é um tanto genérica, faltando a profundidade e a conexão emocional que são tão essenciais para o desenrolar da história. Além disso, é triste admitir, mas a química entre Pettyfer e Hudgens é fraca, o que prejudica a credibilidade do romance que deveria ser o coração da narrativa (pelo menos ao meu ver).
Neil Patrick Harris, como Will, e Mary-Kate Olsen, como Kendra, oferecem performances que, apesar de esforçadas, parecem desconectadas do restante do filme. Harris, que geralmente é carismático, não consegue brilhar como o mentor cego de Kyle, e Olsen, como a bruxa que lança a maldição, não tem o impacto que o papel exige. Pareceu meio caricato.
VEREDITO: UMA ADAPTAÇÃO FRUSTRANTE
A Fera é uma adaptação que, infelizmente, não faz jus ao material original de Alex Flinn, que já é um material fraco. O filme, com suas mudanças superficiais e falta de profundidade, transforma a história em uma experiência cinematográfica fraca, mas que podemos caracterizar como um Comfort Movie, daqueles que assistiríamos na sessão da tarde, sem pretensão nenhuma. Acho que a culpa da minha experiência com a película não ter sido tão boa foi ter esperado algo melhor que o livro e encontrei algo ainda mais aquém.
Para os fãs do livro, essa adaptação pode ser uma decepção, e mesmo para quem não leu, o filme dificilmente deixará uma impressão duradoura, a gente assisti e esquece os detalhes.
Espero que tenham gostado da crítica e até o próximo post!
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