Pássaro Branco: Uma História de Extraordinário (2023) (Filme)

Saudações, Leitores!

Já faz um tempinho que li a Graphic Novel Pássaro Branco: Uma História de Extraordinário da R. J. Palacio e a história de Sara e Julian, ambientada na França ocupada pelos nazistas ficou marcada em minha memória. O livro, por ser uma HQ, já era visualmente impactante, mas a adaptação cinematográfica conseguiu levar essa emoção a um novo nível.

Desde a época que soube que haveria adaptação desse livro fiquei com vontade de assistir, mas o tempo passou e acabei esquecendo até ele aparecer como sugestão na minha Prime Vídeo e... Eu amei demais o filme! É uma adaptação linda, sensível e poderosa, com ótimas atuações e uma fotografia deslumbrante que honra a história em quadrinhos. Terminei de assistir com os olhos marejados, de fato, chorei de emoção.  Vem conferir mais detalhes:

Título Original: White Bird
Ano: 2023
Direção: Marc Forster
Duração: 121 minutos (2h01)
Classificação: +14
Gênero: Drama. Família. Guerra.
País de Origem: Estados Unidos
Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐💓

Sinopse: De R.J. Palacio, autora do best-seller “Extraordinário” - o livro que desencadeou o movimento “escolha ser gentil” -, vem o próximo capítulo inspirador. Em Pássaro Branco – Uma História De Extraordinário, seguimos Julian (Bryce Gheisar), um menino que tenta se reencontrar desde que foi expulso de sua antiga escola pelo tratamento que teve com Auggie Pullman. Para transformar sua vida, a avó de Julian (Helen Mirren) conta sua própria história de coragem durante sua juventude na França ocupada pela Segunda Guerra Mundial, onde um menino a protege de um perigo mortal. Eles encontram o primeiro amor em um mundo mágico e deslumbrante, criado pela imaginação deles, enquanto a mãe se arrisca para mantê-los seguros. Um filme inesquecível sobre como um ato de gentileza pode durar para sempre.

UMA CERTA POESIA DE ESPERANÇA EM MEIO AO MEIO AO CAOS

Uma pena eu ter demorado tanto tempo para ver! O que mais me impressionou no filme e que superou minhas expectativas mesmo depois de ter amado o quadrinho foi a fotografia. O diretor utiliza a paleta de cores para contrastar a beleza melancólica do interior da França com a escuridão da guerra e as emoções que estão sendo vividas pelos personagens. A forma como o esconderijo no celeiro e as interações entre Sara e Julian são filmadas é pura poesia. A luz suave e às vezes obscura do celeiro, em contraste com a neve fria do lado de fora, reforça a sensação de que a esperança e a humanidade podem florescer mesmo nas condições mais adversas. Sem contar que é lindo ver os adolescentes se apaixonando de forma tão ingênua e genuína. 

A atriz Helen Mirren como a vovó Sara está impecável. Sua narração repleta de sabedoria e dor é um fio condutor e uma baita proposta para nos fazer mergulhar de cabeça na história. A atriz que interpreta Sara jovem, Ariella Glaser, também consegue transmitir o medo e a insegurança, bem como a resiliência da personagem de forma comovente. A sinergia entre o elenco é o que torna a emoção mais palpável, justificando minhas lágrimas ao fim do filme.

UM FILME NOTAVELMENTE FIEL À RAPHIC NOVEL

Pássaro Branco é fiel ao espírito e à narrativa do livro, afinal o livro já é visual, transformar em película fez com que fosse bem fidedigno. As divergências foram poucas, mas pelo que me lembro da época que li, serviram para expandir e reforçar a mensagem do livro no contexto cinematográfico.

O quadrinho se baseia em desenhos e falas concisas para contar a história, já o filme utiliza o silêncio e as expressões faciais de forma poderosa. Os momentos de medo e solidariedade entre Sara e Julian no celeiro e as poucas vezes em que ele se afasta são transmitidos com uma intensidade que só o cinema pode capturar. Confesso que mesmo sabendo o que aconteceria eu ficava esperando os acontecimentos e sentindo exatamente o que os personagens estavam sentindo.

UMA DAPTAÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Pássaro Branco é uma adaptação de tirar o fôlego que transcende as páginas da HQ. Ao manter a essência da coragem e da bondade em meio ao horror do Holocausto e ao fazer poucas, mas eficientes, expansões na moldura narrativa, o filme entrega uma mensagem atemporal.

Se você amou o livro ou busca um drama histórico com toque de esperança, este livro e filme são obrigatórios. 

Espero que tenham gostado deste veredito... acho que fui muito mais emoção do que razão ao escrevê-lo, mas é sobre isso. 

Se você já assistiu ou leu e quiser compartilhar, nos comentário, o que achou vou ficar bem empolgada em ler. Até a próxima postagem!