Título Original: Sense and Sensibility
Ano: 1995
Direção: Ang Lee
Duração: 136 min
Classificação: Livre
Gênero: Drama / Romance de Época
País de Origem: Reino Unido / EUA
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐
Sinopse: Após a morte do patriarca da família Dashwood, Elinor, Marianne, Margaret e a mãe delas se veem em apuros financeiros, já que a herança vai quase toda para o meio-irmão. Entre mudanças de vida, desapontamentos amorosos e as convenções sociais da época, as irmãs precisam equilibrar razão e sensibilidade para sobreviver — e, quem sabe, encontrar o amor.
Enredo: Austen do papel para a tela
O filme, Razão e Sensibilidade, é perfeitamente um presente para os fãs do livro. Ele mantém o equilíbrio perfeito entre a crítica social e o romance arrebatador que Austen escreveu (pelo menos do que consegui lembrar da história). Não é apenas uma adaptação, é uma tradução fiel da alma da obra. Tudo está ali: o humor, a dor, a contenção dos sentimentos, o peso da sociedade. E ainda assim, Ang Lee conseguiu imprimir sua marca, transformando cada cena em um quadro vivo, cheio de emoção.
Atuações: um elenco de respeito!
Aqui não dá nem pra fingir neutralidade: Emma Thompson é absolutamente brilhante como Elinor. Ela transmite toda a força contida, aquele autocontrole que beira o desespero silencioso, e quando se permite desabar... ah, meus amigos, não tem coração que aguente. Eu chorei junto!
Kate Winslet, por sua vez, entrega uma Marianne arrebatadora, pura paixão e intensidade juvenil que nos deixa chocados com seu comportamento tão liberal para a época em que se passa a história.
O restante do elenco, Hugh Grant, Alan Rickman, Greg Wise, só reforça a força desse clássico. Cada um em seu papel contribui para a magia do filme.
Fiquei ainda mais emocionada quando assisti ao filme do que lendo o livro.... Impressionante, não é mesmo?
Temas: razão, emoção e convenções sociais
Tanto no livro quanto no filme, as grandes questões continuam universais: como equilibrar razão e emoção? Até onde se pode ir contra as normas sociais sem perder a honra? Qual o preço do amor?
Jane Austen faz críticas afiadas à rigidez da sociedade inglesa e, no filme, tudo isso ganha vida com ainda mais impacto visual e dramático. É impossível não se identificar com as dores das irmãs Dashwood, mesmo séculos depois, ainda mais que a atuação das atrizes nos faz entender ainda com mais assombro o que lemos.
Livro vs Filme: quem emociona mais?
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No livro: você é conquistado pelas sutilezas, pela ironia fina e pela escrita inconfundível de Austen. O impacto vem aos poucos, crescendo em silêncio.
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No filme: você é arrebatado pelas atuações e pela emoção à flor da pele. A fotografia, os cenários e as expressões dos atores potencializam o que no livro era apenas sugerido.
As rachaduras da narrativa original foram polidas demais? Talvez sim. Mas, nesse caso, funcionou: o filme não perde o impacto, só o transforma em algo mais direto e visceral.
Resumo da treta:
O livro emociona com delicadeza e ironia.
O filme emociona com intensidade e atuações brilhantes.
E para quem nunca leu o livro, o filme já é suficiente para arrancar lágrimas e reflexões.
Conclusão: leia antes de ver
Se você quer a ironia e a genialidade em sua forma mais pura, vá direto no livro. Mas se já leu e quer ver as irmãs Dashwood ganhando vida em atuações memoráveis, o filme de 1995 é uma adaptação que entrega emoção na medida certa e deixa o coração apertado do mesmo jeitinho.
Agora, se você não leu, nem viu, nem sabe de nada...
Corra. Você está perdendo um clássico!
Obrigada por terem lido e até a próxima postagem!
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