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Um Conto de Natal - Charles Dickens (resenha)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

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Um Conto de Natal está longe de ser aquele livro de Natal para deixar o coração quentinho, pelo contrário vai deixar o leitor com o coração apertado e reflexivo, pois percebemos que o que colhemos é fruto de nossas ações e de nossas próprias escolhas. Um conto fenomenal, o tipo de clássico que todos deveriam ler pelo menos uma vez na vida!

Saudações Leitores!

Enfim tive meu primeiro contato com Charles Dickens ao mergulhar nas páginas de Um Conto de Natal (A Christmas Carol, 1843) um livro que se passa na era vitoriana e que é um dos mais conhecidos do autor, principalmente porque Dickens ficou conhecido como o pai do Natal nos moldes que conhecemos atualmente por conta dessa história.

Não é pouca coisa, não é mesmo? Fica ainda melhor quando sabemos que não apenas a história tem um caráter reflexivo, crítico à sociedade da época (e, infelizmente, a sociedade atual), como também Dickens era um escritor dedicado a ponto de dar nomes a seus personagens com características cruciais dos mesmo.

Lendo Um Conto de Natal até chego a pensar nele como um conto de realismo mágico onde o real, o cotidiano,  cruza com experiências sobrenaturais como as vividas pelo protagonistas Ebenezer Scrooge, ao passo que também temos personagens caricaturais que de alguma forma carregam características das pessoas, além de espelhar personagens, situações e concepções vividas pelo próprio Dickens.

Mas vamos parar com essa "discussão" digna de cátedra e falar mais levemente sobre o conto e minha experiência de leitura – mesmo amando falar de forma mais teórica sobre os livros que leio, sobretudo clássicos.

Um Conto de Natal nos traz a história de Scrooge que é dono de seu próprio negócio, tem grandes posses, mas é muito avarento e sovina, de modo que seu coração é frio e não demonstra nenhuma empatia com os mais próximos. Então, nem é novidade dizer que a época mais festiva, caridosa e feliz do ano: o Natal é um verdadeiro Nada para Scrooge, ele considera uma época ruim onde só faz as pessoas gastarem e fingirem que são felizes.

A história desse homem avarento vai ter uma grande reviravolta quando o fantasma de seu antigo sócio Marley volta para "avisá-lo" de que se ele não mudar sofrerá como ele está sofrendo sendo uma alma penada (Marley era bem parecido com Scrooge), é aí que Marley proporciona a Scrooge a visita de três fantasmas: o espirito do Natal passado, o do Natal presente e o do Natal futuro.

Essas "visitas" totalmente fantástica vão colocar Scrooge diante daquilo que ele plantou e o confrontará até mesmo com suas próprias palavras ácidas de modo que o personagem irá cair na real e verá que sua vida não tem sido boa nem para ele e tão pouco para a sociedade.

Dickens consegue nos mostrar o verdadeiro espírito de Natal nesse livro, ressaltando aspectos como solidariedade, harmonia e esperança, mas através de tudo isso questiona o sistema capitalista, o consumismo exagerado, a falta de humanidade, enfim, são várias reflexões que eu poderia fazer uma dissertação, mas vou ficando por aqui, creio que consegui passar a ideia da importância de contos como Um Conto de Natal em relação ao caráter literário, como reflexivo sobre nossas ações e como levamos a vida e o que esperamos colher.

Espero que tenham se empolgado para ler e até o próximo post. Boas leituras!

FICHA TÉCNICA
Um Conto de Natal (A Christmas Carol, 1843)
Autor: Charles Dickens
Ilustração: Guilherme Petreca
Tradução: Leonardo Alves
Rio de Janeiro: Editora Antofagica
Ano: 2019 | 312 págs.

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