Estação Onze (1ª temporada) (Série)

Saudações Leitores!

Essa foi uma série que resolvi dar o play pouco depois de ter finalizado a leitura do livro Estação Onze, que apesar de ter gostado muito da leitura, teve alguns pontos soltos - como toda série apocalíptica tem - que eu sempre acho que poderiam ter sido melhor justificados, sabe? Além do mais, vi comentários positivos sobre a série da HBO e imaginei que ela poderia ser uma boa pedida. Precisava conferir então aqui estou para compartilhar minha experiência.

Estação Onze
Título Original: Station Eleven
Ano: 2021
Direção: Hiro Murai Jeremy Podeswa
Duração: 514 min. (10 episódios)
Classificação: + 16 anos
Gênero: Drama
País de Origem: Estados Unidos

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐

Sinopse: Vinte anos após uma gripe pandêmica causar estragos irreparáveis à humanidade, grupos de sobreviventes tentam reconstruir e reimaginar o mundo a frente enquanto se agarram ao melhor do que foi perdido.

UM COMEÇO REALMENTE PROMISSOR

Que Estação Onze é inspirada no livro, sabemos, mas é só uma inspiração mesmo, porque na prática, tiveram muitas mudanças entre série e livro. Apesar disso, também tiveram diversas semelhanças, então o cerne da história está na série.

A série, tal como no livro, demora a se revelar por completa, de modo que, quem não leu ao livro, vai esperar um bom tempinho para compreender o título da série. Com essa pequena revelação que já fiz dá para imaginar que a "narrativa" da série é um pouco lenta e em alguns momentos dá uma preguiça, mas ao redor de tudo tem elementos tão incríveis, como acontecimentos, mistério, desenrolar da trama e desenvolvimento dos personagens que vale a pena demais acompanhar tudo e aguentar essas partes mais lentas.

Mas é incontestável que a série nos prende, tanto para nos deixar envolvidos com toda a situação que dizimou boa parte das pessoas após contraírem uma gripe misteriosa, como pelo fato dos sobreviventes criarem uma nova conjuntura, uns optarem por manterem uma vida itinerante, uma trupe dramatúrgica (vivendo de sua arte) e outros por viverem em pequenas comunidade, outros que almejam reconstruir o mundo e ainda temos outros que são ainda mais extremistas e acham que este é o fim e que virá outro fim.

Tudo o que acontece nessa série é realmente envolvente, de verdade e, como já fui assisti-la muito tempo depois de seu lançamento (pois só a descobri recentemente) só vi comentários positivos.

Quando coloca a série e o livro em uma balança só consigo pensar que eu gosto demais das duas e de forma igual, sabe? Houveram mudanças na série que ficaram ótimas, em contrapartida teve algumas outras coisas que gostei mais no livro.

No entanto, devo admitir para vocês, a série tem mais picos de ação e adrenalina que no livro.

UMA SÉRIE PÓS-APOCALIPTICA E QUE ESTÁ LONGE DE SER FICÇÃO CIENTÍFICA OU DISTOPIA

Agora quero fazer um adendo sobre a série falar de uma pandemia que dizimou muita gente, mas a série não foca nesse episódio apocalíptico, mas o pós, entendem? Quando, no início da série somos apresentados ao acontecimento pandêmico: uma gripe suína que matou 999 pessoas entre cada 1000, temos apenas a conjuntura inicial, mas depois temos um salto temporal para 20 anos após o "fim do mundo"

Ainda como marco para a narrativa temos que a história inicia na noite da morte do ator Arthur Leander (interpretado por Gael Garcia Bernal) que morreu ao interpretar Rei Lear, daí vamos ter uma teia que enveredará por toda a história de forma poética e artística que inclui também uma HQ auto publicada por Miranda Carroll (interpretada por Danielle Deadwyler) e que chegam nas mãos da jovem atriz Kristen (interpretada por Matilda Lawler, quando criança e Mackendie Davis, quando jovem/adulta) que acaba cruzando sua vida com Jeevan (interpretado Himesh Patel).

A trama também vai trazer uma parte de fanatismos com a personagem O Profeta (interpretado por Daniel Zoyatto) e uma série de outras coisas que dão uma empolgação à trama que vai nos prendendo e cativando. O que não falta em Estação Onze são partes empolgantes e também - em igual proporção - partes tristes e tensas.

UMA ADAPTAÇÃO MUITO BOA QUE NOS DEIXA QUERENDO MAIS: VEREDITO.

Com as idas e vindas ao passado - época da pandemia e durante o presente, 20 anos após o fim - vamos nos inteirando sobre os acontecimentos e como cada personagem foi sobrevivendo no decorrer do tempo, bem como as histórias vão se conectando, sobretudo a Arthur Leander, que foi o primeiro a morrer na série (não por gripe suína, mas de infarto).

Vai ter momentos na adaptação que não vão fazer muito sentido, mas ao passo que a série vai sendo desenvolvida vamos observar que tudo fará sentido e tudo ali foi proposital, inclusive, nesse aspecto, acredito que a série tenha até mais coerência que o livro, pois tem uma justificativa mais plausível para os acontecimentos, já no livro a gente finaliza com muitas pontas soltas. 

Pra finalizar, pois não quero me estender muito, tendo em vista não quero entregar a série, pelo contrário, meu objetivo é instigá-lo a assisti-la, caso ainda não o tenha feito, mas queria mencionar a interação dos atores entre si e suas atuações dando vida aos personagens, porque gosto de fazer essa menção:

Matilda Lawler (que viveu a personagem Kristen) e suas interações com Himesh Patel (que interpretou Jeevan) foram simplesmente fenomenais, tão boas que eu ficava embasbacada com interpretações e química de atuação tão esplendidas. Em contrapartida, já não gostei muito da atriz que interpretou a Kristen quando jovem/adulta: Mackendie Davis, o problema não sei se foi da atriz em si ou da personagem que se tornou meio chata. Enfim... assistam e tirem suas conclusões.

Espero que tenham ficado curiosos e assistam a série, pois super vale a pena. 

Até o próximo post!