Vocês já viram a resenha que fiz do volume Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Fleet Street escrito por Thomas Peckett Prest e James Malcolm Rymer? Para mim, foi um livro cinco estrelas e por isso não pestanejei quando tive a oportunidade de assistir ao filme.
Porém, confesso que fui sem muita informação; só sabia de duas coisas 1. o filme era dirigido por Tim Burton e 2 Johnny Depp interpretaria Sweeney Todd, mas quando apertei o play fui surpreendida por ser um filme musical. Então, venham saber como foi minha experiência (surpresa) assistindo.
Título Original: Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street
Ano: 2007
Direção: Tim Burton
Duração: 116 minutos
Classificação: +18 anos
Gênero: Drama. Musical. Suspense. Terror.
Países de Origem: Estados Unidos. Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Sinopse: Benjamin Barker (Johnny Depp) passou 15 anos afastado de Londres, após ser obrigado a deixar sua esposa e sua filha. Ele retorna à cidade ávido por vingança, agora usando a alcunha de Sweeney Todd. Logo ele decide ir à sua antiga barbearia, agora transformada em uma loja de fachada para vender as tortas feitas pela sra. Lovett (Helena Bonham Carter). Com o apoio dela Todd volta a trabalhar como barbeiro, numa sala acima da loja. Porém o grande objetivo de Todd é se vingar do juiz Turpin (Alan Rickman), que o enviou para a Austrália sob falsas acusações para que pudesse roubar sua mulher Lucy (Laura Michelle Kelly) e sua filha.
UM BANQUETE VISUAL E AUDITIVO DE TERROR E TRAGÉDIA
Tim Burton é conhecido por sua habilidade em criar mundos sombrios e personagens excêntricos, e em Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, ele atinge um novo patamar de excelência. Baseado no famoso musical da Broadway, o filme é uma jornada emocionante e macabra pelo submundo de Londres vitoriana, repleto de vingança, amor perdido e, é claro, muito sangue.
Além de sua estética impecável e performances memoráveis, Sweeney Todd também oferece uma narrativa envolvente e profundamente perturbadora. A história de vingança e redenção de Todd ressoa com temas universais de amor, perda e loucura, enquanto questiona a natureza da justiça e da moralidade. É uma obra que desafia as expectativas do gênero e convida os espectadores a mergulharem nas profundezas mais sombrias da alma humana.
ATUAÇÕES DE DEIXAR O QUEIXO CAÍDO
É impossível não começar a falar sobre a atuação de Johnny Depp que entrega uma performance arrebatadora como o atormentado barbeiro Benjamin Barker, mais conhecido como Sweeney Todd. Sua expressão sombria e sua voz melancólica dão vida ao personagem atormentado por uma tragédia pessoal e consumido pelo desejo de vingança.
Ao lado dele, Helena Bonham Carter brilha como a parceira cúmplice de Todd, Mrs. Lovett, trazendo uma mistura irresistível de malícia e carisma para o papel. Essa atriz sabe fazer uma vilã perfeita!
As atuações fazem jus aos personagens que encontrei durante a leitura do livro, É perceptível que o elenco se entregou completamente aos personagens criando a atmosfera adequada para o ambiente sombrio da história.
TRILHA SONORA E MUSICAL
Por ser um musical, a música é uma parte fundamental da experiência de Sweeney Todd, e a adaptação cinematográfica não decepciona nesse aspecto. Com composição de Stephen Sondheim, as canções oscilam entre o belo e o grotesco, criando uma atmosfera hipnotizante que envolve os espectadores desde o primeiro acorde até o último suspiro.
Mas é um pouco cansativo porque o filme é totalmente musical, todas as falas, em todas as cenas, em todos os momentos.
Admito que apesar de gostar de filmes musicais, não são os meus favoritos e depois de uma certa minutagem fico entediada, mesmo quando o filme é bom. E este é bom, mas ter sido pega "desprevenida" sobre ser um musical me prejudicou bastante, talvez se eu soubesse antes (tivesse tido o trabalho de pesquisar) teria garantido uma experiência melhor.
Ademais, deixem eu reforçar o quanto admiro filmes musicais porque transforma tudo em música e precisa encontrar uma melodia e ritmo, acho sensacional o trabalho do compositor e dos atores em cantar suas falas. Essa parte é absolutamente admirável, encantadora.
CENÁRIO, FIGURINO E EFEITOS ESPECIAIS
Tim Burton é um mestre em criar mundos visualmente deslumbrantes e Sweeney Todd não é exceção. A Londres sombria e decadente que ele retrata é um personagem por si só, repleto de becos escuros, vielas sujas e uma atmosfera de desespero palpável. Criou-se uma atmosfera claustrofóbica mesmo nas cenas ao ar livre. Sensacional!
O figurino é igualmente impressionante, capturando perfeitamente a estética gótica e melancólica da época.
Os efeitos especiais, embora não sejam excessivamente elaborados, são utilizados de forma eficaz para realçar a brutalidade e o horror da história.
VEREDITO
Reconheço em Sweeney Todd uma obra-prima do cinema gótico, que cativa e perturba em igual medida. Com sua combinação única de performances arrebatadoras, trilha sonora envolvente e estética visual deslumbrante, o filme é uma experiência verdadeiramente inesquecível, mas que não foi uma experiência totalmente boa para mim por conta de ser musical.
Aliás, acredito que por ser um filme musical é possível que não agrade a todos os públicos, nem todo mundo gosta do gênero, mesmo quando encontram-se na adaptação atores de peso e que a mesma seja dirigida por Tim Burton, mas sem dúvida, é uma adaptação que deixa uma marca bem grande em quem assiste.
Obrigada por conferirem até aqui, caso queiram deixar seu comentário gostarei muito de ler. Até o próximo post!
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