O Caçador de Pipas é uma obra emocionante que tem um impacto profundo e poderoso, mesmo ao lê-lo pela segunda vez!
Saudações, Leitores!
Há muito tempo atrás, logo que O Caçador de Pipas ficou hypado li esse livro e me emocionei bastante, inclusive, quando o li foi um livro emprestado, daí depois comprei meu volume, mas ainda não o tinha lido até agora. Finalmente o reli recentemente e me emocionei tanto, como não tem veredito dele aqui no site resolvi compartilhar essa experiência. Livro escrito por Khaled Hosseini e publicado originalmente em 2003,o volume marcou profundamente a literatura mundial e, mesmo após tantos anos, ao relê-lo, senti a mesma intensidade de emoções que me arrebatou quando o li pela primeira vez. Aqui no site tem veredito de outro livro do autor: A Memória do Mar, caso queiram conferir.
Sem mais delongas, deixem-me situá-los: a história acompanha Amir e Hassan, dois meninos de mundos diferentes que crescem juntos em Cabul, no Afeganistão, durante um período que precede a invasão soviética. A amizade entre eles é profunda, mas também marcada por questões de classe e etnia que complicam seus destinos. O que começa como uma narrativa sobre infância e lealdade logo se transforma em uma jornada de culpa, redenção e sacrifício.
Reler O Caçador de Pipas me fez perceber o quanto Khaled Hosseini é habilidoso em explorar temas como culpa e redenção. A luta interna de Amir, sua necessidade de reparar um erro que o assombra durante toda a vida, é tão envolvente que me vi presa novamente na teia de seus dilemas morais e suas escolhas difíceis. A narrativa nos força a refletir sobre as consequências de nossas ações e até onde estamos dispostos a ir para encontrar o perdão.
É impressionante que, mesmo tendo amado o livro e o favoritado na época que o li, havia muitos detalhes que eu não lembrava tão claramente. A beleza da amizade entre Amir e Hassan, que ao mesmo tempo é repleta de fragilidade, me tocou de uma forma ainda mais forte agora. A fidelidade incondicional de Hassan é um dos aspectos mais comoventes do livro, e foi difícil revisitar sua história sabendo o que o futuro reservava para ele. Na verdade foi difícil ler esse livro sabendo que traria momentos de muita dor e desolação.
Ainda assim, há momentos no livro que, apesar da emoção, revelam uma previsibilidade no enredo, principalmente quando Amir busca sua redenção muitos anos depois. Certos acontecimentos parecem quase inevitáveis, e embora a narrativa continue a ser poderosa, alguns leitores podem sentir que a construção do arco de redenção de Amir segue um caminho já esperado.
Apesar disso, O Caçador de Pipas não perdeu seu brilho para mim. As descrições de Hosseini do Afeganistão pré e pós-conflito ainda me fascinam, trazendo à tona a nostalgia de um tempo de inocência e, ao mesmo tempo, o horror da guerra. A forma como o autor entrelaça política e relações humanas é sublime, e mesmo sendo uma história cheia de sofrimento, há momentos de grande beleza e humanidade.
Em suma, reler O Caçador de Pipas foi uma experiência tão impactante quanto a primeira leitura. A profundidade da trama, os personagens complexos e a rica ambientação no Afeganistão fazem deste livro uma obra que continua a ressoar com força. É uma história sobre amizade, traição e, acima de tudo, sobre o poder da redenção. Se ainda não leu, recomendo fortemente; e se, como eu, já leu antes, vale a pena revisitar.
FICHA TÉCNICA |
Título Original: The Kite Runner Autor: Khaled Hosseini Tradutor: Rodrigo Seabra Gênero: Ficção. Drama. Histórico. Editora: Globo Livros Ano: 2003/2013 | 352 págs. País de Origem: Afeganistão. EUA. Classificação: +14 Aviso de Conteúdo: Guerra. Violência. Estupro. Luto. Minha avaliação:⭐⭐⭐⭐⭐ (5/5) |
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