Cem Anos de Solidão é um grande épico que ao passo em que é fascinante exige muita paciência e atenção do leitor, o que pode ser enfadonho
Saudações, Leitores!
Faz tanto tempo que queria ler esse livro e, por conta da série de televisão que saiu final do ano passado, finalmente dei o pontapé inicial para a leitura de Cem Anos de Solidão, do aclamado escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez. Inclusive, é importante ressaltar que este volume é um dos maiores clássicos da literatura latino-americana. Ressalto também que este é o primeiro contato que tenho com um livro do autor e finalmente consegui mergulhar na saga da família Buendía e na mística Macondo. A experiência foi intensa, desafiadora e, ao mesmo tempo, fascinante.
Cem Anos de Solidão é um tipo de livro que mistura realidade e ficção, o que chama-se popularmente de realismo mágico e, por conta disso e outros fatores, tive bastante dificuldade de entender o que estava acontecendo, mas ao tentar me recontar o que eu lia percebi que entendi, ao passo que fui me acostumando com o estilo de narrativa (com vários blocos de textos e com poucos diálogos) comecei a entender mais e a reconhecer alguns dos personagens.
A história encontrada em Cem Anos de Solidão acompanha várias gerações da família Buendía, repleta de personagens excêntricos, acontecimentos surreais e uma atmosfera que mescla realidade e fantasia de forma bastante interessante, o leitor - mesmo com as estranhezas - acaba comprando a ideia que está sendo contada. A escrita de García Márquez é envolvente e repleta de metáforas, criando um universo único onde o tempo parece fluir de maneira circular, prendendo os personagens em ciclos de destino inescapáveis.
O ponto forte do livro, sem dúvida, é sua riqueza narrativa e simbólica. García Márquez constrói uma obra densa, cheia de camadas e significados, que retrata temas como solidão, destino, poder e decadência. A maneira como o autor insere o realismo mágico na trama, tornando o extraordinário parte do cotidiano, é brilhante. Além disso, a ambientação de Macondo é tão bem construída que se torna quase um personagem por si só.
No entanto, como já mencionei, a leitura pode ser desafiadora, especialmente pela quantidade de personagens com nomes repetidos — José Arcadios e Aurelianos surgem a cada geração, o que pode causar confusão. Além disso, o estilo narrativo é denso e, por vezes, não linear, exigindo atenção total para não se perder nos saltos temporais e nas inúmeras histórias que se entrelaçam. Não é um livro para ser lido com pressa, mas sim com paciência, absorvendo cada detalhe. Para vocês terem uma ideia demorei 1 mês e 5 dias para finalizar a leitura e eu estava lendo apenas este livro!
Cem Anos de Solidão é uma leitura grandiosa, com uma escrita primorosa e reflexões profundas, mas definitivamente não é uma experiência fácil ou rápida. Para quem gosta de literatura rica, poética e carregada de simbolismos, é uma obra indispensável. No entanto, se você prefere histórias mais diretas e com uma narrativa mais fluida, pode ser uma leitura um pouco difícil. Eu achei difícil e por vezes, fiquei bem cansada da leitura. Agora só me falta assistir a série e ver o que acho da adaptação.
Espero que tenham gostado desta resenha. Se você já leu Cem Anos de Solidão me conte nos comentários o que achou! Até a próxima leitura! 📚
FICHA TÉCNICA |
Título Original: Cien Anos de Soledad Autor: Gabriel García Márquez Tradutor: Eric Nepomuceno Gênero: Ficção. Realismo Mágico. Clássico Contemporâneo. Editora: Record Ano: 1927/2021 | 430 págs. País de Origem: Colômbia Classificação: + 16 Aviso de Conteúdo: Incesto. Relação adulto/menor. Pedofilia. Guerra. Conteúdo Sexual. Violência. Minha avaliação:⭐⭐⭐(3/5) |
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